domingo, 23 de setembro de 2018

Mediunidade na infância: como agir?




Uma pessoa é considerada médium quando se comunica de forma clara com os espíritos. A mediunidade pode ocorrer através de uma intuição, visão, fala, audição ou pela psicografia de textos ditados por espíritos. Não há idade específica para o princípio destas ocorrências. Mas, existem relatos de algumas pessoas sobre como acontece o início da mediunidade na infância.

OS PRIMEIROS SINAIS DE MEDIUNIDADE
As comunicações com espíritos tendem a aumentar assim que a criança começa a falar. Ver e ouvir costumam ser as primeiras interações dos pequenos, que podem acontecer ao mesmo tempo. Na maior parte dos casos, as crianças não têm medo daquela presença e não conseguem entender como os pais não veem o que eles estão enxergando. Como nesta fase eles ainda não entendem o conceito de morte, encaram com ingenuidade aquela companhia.

OS FANTASMAS DO BEM
As crianças que manifestam mediunidade costumam ter contatos positivos. Eles podem enxergar espíritos protetores e amigos de vidas anteriores. Por isso, é comum ver bebês rindo sem motivo. Também ocorre a visita de parentes desencarnados e de espíritos que assumem uma fisionomia infantil, para ter a amizade das crianças com facilidade.

MEMÓRIAS PASSADAS
Algumas pessoas que nascem com a mediunidade aflorada, conseguem ter lembranças de vidas passadas e em alguns casos até rejeitam a família atual. Segundo o filósofo francês, Léon Denis, que é seguidor da doutrina espírita, as crianças médiuns podem ser grandes mentes do futuro. Ele acredita que os espíritos podem manipular para que estas pessoas sejam verdadeiros gênios amanhã.

OS AMIGOS IMAGINÁRIOS
De acordo com pesquisas, três em cada dez crianças falam sobre um amigo invisível. Isso quer dizer que todas elas são médium? Não necessariamente. Segundo Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, não existe uma forma exata de constatar que uma criança possui mediunidade. O aconselhável é que os pais estejam sempre por perto e observem o comportamento dos filhos, proporcionando todo o apoio necessário.

ALGUMAS DICAS PARA OS PAIS
O primeiro conselho é encarar tudo com naturalidade. Crianças médiuns são saudáveis e não possuem sinais de depressão ou apatia. Veja um manual prático rápido abaixo:
– Tentem conversar com os filhos sobre o assunto sem demonstrar espanto. Esta é uma forma de conseguir mais informações a respeito das ocorrências;
– Nunca acuse a criança de estar mentindo. Isso pode fazer o pequeno negar sua mediunidade e acreditar que está com problemas psicológicos. Também não é interessante incentivar em excesso essa habilidade, para não a fazer se desinteressar pelo mundo físico;
– Procure apoio num centro espírita de confiança ou com um psicólogo. Apesar da Psicologia não acreditar na mediunidade, psicólogos consideram normal a presença de amigos imaginários na infância. Um acompanhamento pode ajudar seu filho a passar por isso sem problemas.










quinta-feira, 14 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda. 15: tenha paciência com os mais novos e respeito pelos mais velhos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

15. Tenha paciência com os novos e respeito pelos mais velhos.
Nunca duvide do potencial de alguém. Muitas vezes, quando um médium jovem começa seu desenvolvimento num templo de Umbanda, outros costumam torcer o nariz e se esquecem que um dia já estiveram nessa condição. Todos um dia começaram... somos todos eternos aprendizes.

Por outro lado é comum (ainda mais em tempos de internet, que facilita o acesso a informações - nem sempre confiáveis) vermos o conhecimento dos mais velhos (e experientes) ser menosprezado ou colocado em dúvida. Não podemos esquecer que a maior faculdade de Umbanda é o terreiro e os maiores mestres são os pretos velhos, caboclos, exus... De nada valem cursos, faculdades, ter dado duas, três ou quatro obrigações aos orixás... Nada disso equivale à experiência, e isso só se adquire com o tempo, que nem todos têm paciência para respeitar.

Então nunca esqueça: todos são importantes dentro de um ritual de Umbanda. Jovens que desenvolverão sua potencialidade e os mais velhos, que transmitirão seu conhecimento. A vida é uma eterna escola.

Douglas Fersan

quarta-feira, 13 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda: 14 - ouça mais e fale menos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

14. Fale menos e escute mais.
Somos todos meros aprendizes e se estamos em um templo espiritualista é porque os espíritos que ali se manifestam sabem mais que nós. Os mais antigos na religião também, portanto é fundamental manter os ouvidos abertos aos ensinamentos e às experiências que eles podem nos transmitir.

Dizem os antigos que "quem fala demais dá bom dia a cavalo", ou seja, acaba falando besteira, perdendo a grande oportunidade de ficar calado. Quem fala demais fala o que não deve, fala dos outros, é maledicente, inconsequente e se torna desagradável. Quem fala demais é porque cuida demais do comportamento e da vida dos outros e, por consequência, deixa de fazer a sua parte.

Não deixe de falar o que é necessário, mas antes avalie se realmente aquilo é necessário, senão você acabará caindo em descrédito, pois é isso que fatalmente acontece com quem fala demais. E quem fala de um, fala todos.

Os antigos também diziam que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca justamente para ouvirmos mais e falarmos menos. Sábios esses antigos...

Douglas Fersan

terça-feira, 12 de junho de 2018

15 dias de como se portar na Umbanda. 13: não apresse os acontecimentos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

13. Não apresse os acontecimentos. Tudo acontece no tempo certo.
A maioria das pessoas que entra para a corrente de Umbanda é tomada por um certo fascínio, o que é perfeitamente compreensível, afinal ver a dança dos orixás, ouvir as entidades cantando seus pontos, o som dos atabaques é algo indescritível e só quem está dentro de um templo de Umbanda compreende.

Assim, os novatos na Umbanda ficam ávidos pelos acontecimentos. Querem a todo custo desenvolver a sua mediunidade, querem dar passagem aos seus guias, querem fazer obrigações, amacis, e tudo mais que faz parte do ritual.

Mas na Umbanda não existe curso supletivo. Tudo é fruto de caminhada passo a passo, sem atalhos. É preciso paciência e resignação para vivenciar cada passo da caminhada do desenvolvimento. Primeiro sentir apenas alguns arrepios, depois a vibração das entidades e todo o processo até que elas tenham firmeza para estar realmente em terra e realizar seus trabalhos.

De nada adianta querer fazer obrigações a esse ou aquele orixá. É preciso antes de tudo estar preparado para fazê-las, pois é uma questão de responsabilidade, conhecimento e firmeza.

Cai em grave erro o médium que força a situação e coloca a carroça na frente dos bois. Assim ele estará impedindo que a mediunidade realmente se manifeste e estará "furando a fila", impedindo que seus guias consigam realmente ter o controle da situação.

A Umbanda é uma escola e as conquistas vêm de degrau em degrau. E subir respeitosamente os degraus nos torna mais fortes, sábios, competentes e responsáveis.

Douglas Fersan

segunda-feira, 11 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda: 12 - Acate as regras do terreiro - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

12. Acate as regras do terreiro. Elas são fruto de um trabalho construído.
Lembre-se que quando você chegou ao terreiro ele já existia e as regras que o regem também. Elas são fruto de um trabalho construído ao longo de anos, a partir das necessidades percebidas pelos dirigentes e pelas entidades da casa. Cada vertente umbandista (e existem várias) segue uma tradição, portanto não tente impor ou subverter uma tradição que é nova para você. Se em outro terreiro você praticava os rituais de uma forma diferente, lembre que você estava em OUTRO terreiro.

Você não é o dono da verdade e nem o juiz das situações. Muitas vezes não concorda com determinada regra ou forma de trabalho, mas ela foi instaurada a partir da observação atenta de quem já trabalhava na casa antes de você. Se não concorda ou não entende, procure o dirigente e pergunte, mas não tente ser o revolucionário tentando levantar bandeiras que irão subverter o que já existia antes e que provavelmente você não sabe a razão. Se essas regras e esses costumes existem é porque são necessários para o bom funcionamento dos trabalho.

E mais importante ainda: JAMAIS USE O NOME DAS SUAS ENTIDADES para dizer que essa ou aquela regra está errada. Errado está você ao não compreender que quando suas entidades aceitaram trabalhar naquela casa, automaticamente elas já aceitaram as regras que haviam lá. Ao usar o nome das entidades para dizer o que você não teve coragem de dizer à paisana, você cai num duplo erro: o da insubordinação e o da mistificação. Então, se tiver que falar, fale por você, diga que VOCÊ não concorda, mas tenha fundamentos, argumentos sólidos e não esqueça que as regras já existiam quando você chegou lá e ao entrar, automaticamente você as aceitou.

Douglas Fersan

domingo, 10 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 11: Use menos o "eu" e mais o "nós" - por Douglas Fersan




11. Use menos o "Eu" e use mais o "NÓS".
Não se iluda. Sozinho você não abre uma gira de Umbanda. Sozinho você não dá passes, sozinho você não tem mironga e nem axé.


Sabe por que não? Porque sozinho você é apenas o médium, o instrumento, a ferramenta. Além dos seus irmãos encarnados, que fortalecem e fazem funcionar uma gira de Umbanda, você precisa dos orixás e dos seus guias (mentores), e sem eles você não é nada. Você não é um mago, um super-médium e nem nada disso.

Você é importante dentro dos trabalhos. Mas não é único e nem insubstituível, então pare de alimentar seu ego com falsas crenças num potencial ou num super-poder que provavelmente você não tem. Você terá sim, muita força para ajudar as pessoas, mas desde que tenha todos os seus irmãos fortalecendo a corrente, os guardiões dando a devida proteção, os orixás emanando as radiações necessárias e as entidades para falar através do seu aparelho. Senão, você será só o aparelho... desligado. Só isso.

Então pare de falar que fulano foi ao terreiro por causa do "seu" baiano ou do "seu" caboclo ou do "seu" preto velho. Eles não são seus. Você que é um mero instrumento para a prática da caridade. E só será um instrumento eficiente se estiver de coração e espírito puro e estar puro inclui lavar-se do ego também.

Então, se quer ser um bom trabalhador de Umbanda, pare com o estrelismo. Não precisamos disso. Deixe seu ego em casa, de preferência trancado num baú a sete chave e passe a usar o "NÓS" no lugar do "EU". Afinal, já diziam os antigos, que uma andorinha só não faz verão... imagina uma gira de Umbanda então.

Douglas Fersan

sábado, 9 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 10: cuide da linguagem e dos assuntos abordados no templo - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:


10. Cuide da linguagem usada e dos assuntos abordados dentro do templo.
O templo de Umbanda é nossa igreja, e assim sendo, merece todo nosso respeito. Não é um ambiente qualquer, não é um ambiente mundano e não deve ser profanado com palavras e assuntos inadequados.


Entendemos perfeitamente que além de ser a nossa igreja, é também o local onde encontramos nossos amigos, muitos dos quais só os vemos ali e só ali temos a oportunidade de conversar. No entanto, o respeito ao sagrado deve ser maior... sempre.


A palavra tem poder, isso é fato aceito por praticamente todas as correntes espiritualistas. Portanto, palavras de baixo calão não contribuirão em nada para o bom andamento dos trabalhos espirituais. Ao contrário disso, servirão para dispersar a atenção e até mesmo os seres iluminados que se fazem presentes e primam pelo ambiente respeitoso.


Pior ainda é quando além de palavras chulas, os assuntos abordados são de mau gosto ou má intenção. Fofocas, comentários maliciosos, abordagens deselegantes, piadas de mau gosto, maledicência... nada disso combina com o ambiente espiritualista e com certeza dão forças àqueles que querem encontrar uma fragilidade para quebrar a corrente.


Portanto, cuide de seus atos e pensamentos, mas cuide também de suas palavras. Elas possuem mais poder do que você imagina e portando-se de maneira adequada, você estará contribuindo com os trabalhos mais do que imagina.


Douglas Fersan