quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Umbandista de internet - por Douglas Fersan


Internet é terra de ninguém, isso é fato.

Posso escrever aqui o que eu quiser sem que se comprove a veracidade.  Qualquer um pode publicar os maiores absurdos em blogs, sites pessoas, facebook, sem que ninguém fiscalize e comprove se as informações ali contidas são fidedignas.  Essas informações podem se espalhar livremente (ou viralizar, como se diz em linguagem de internet) e muitos podem tomá-las como autênticas.  Alguns passam até a defender esses impropérios como verdades absolutas e questionáveis.

Quando se trata da nossa religião, a Umbanda, a situação fica ainda mais perigosa.
Muitos caem na ilusão de buscar informações via internet.  Em primeiro lugar se esquecem do que foi dito logo acima: que a internet é livre, é terra de ninguém e cada um publica nela o que bem entender, inclusive informações falsas.  Esquecem também que já que a Umbanda não possui uma "Bíblia" ou um código de conduta, cada casa possui suas particularidades.  Então, se você busca informações na internet, pode até encontrar algumas que sejam sérias e verdadeiras, mas que não se adaptam à liturgia da casa que você frequenta.

A situação fica pior quando a pessoa passa a buscar informações sobre a "sua" entidade na internet.  Experimentem encontrar a história do Exu Caveira, do baiano Zé do Coco ou de qualquer outra entidade.  Encontrarão pelo menos três histórias diferentes para cada uma delas (lembre-se que as entidades trabalham em falanges e cada uma delas que pertence a essa falange possui sua própria individualidade e história).

Só é possível piorar a situação se você tentar descobrir o ponto riscado da sua entidade via internet. Aí o caldo entorna de vez...   Pontos riscados, além de serem a assinatura das entidades, são os portais abertos por elas.  Aí você "estuda" (sim, entre aspas mesmo) pela internet e passa a reproduzir o ponto que viu em um site, mas esse site não é confiável e aquele ponto não corresponde à realidade.
Lascou...  você sabe para quem abriu um portal?
Nem eu. E prefiro não saber.  Deixe que a própria entidade risque seu ponto, jamais tente passar à frente dela para isso.

Esses foram apenas alguns exemplos dos perigos que se corre quando se fala em estudar a Umbanda pela internet.  Claro que não podemos descartar totalmente esse instrumento tecnológico, mas jamais o substitua pela experiência.

Então se você quer estudar a Umbanda, o faça  em seu terreiro.  Sente-se aos pés de alguma entidade e converse com ela.  Observe a forma de agir e trabalhar quando elas estiverem em terra.  Camboneie bastante (esse deveria ser o estágio obrigatório dessa faculdade chamada Umbanda), pergunte aos mais velhos e experientes.  Mas jamais pense que você sabe muito por ter pesquisado na internet, pois você ter perdido seu tempo e pior, pode estar reproduzindo rituais e comportamentos que não condizem com a realidade da nossa religião.

Douglas Fersan

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Sou eu ou a entidade que está falando?





“Sou eu ou a entidade que está falando?” Como se livrar da eterna dúvida?

Esta é talvez a dúvida mais comuns aos médiuns iniciantes. E se sua resposta fosse simples, não seria mais dúvida alguma. Na verdade, a interferência de médiuns no contexto da incorporação é muito comum no princípio do desenvolvimento e deve ser encarado como algo normal. Somente com o exercício, o médium diminui sua ansiedade e cede espaço para que a entidade se manifeste com liberdade e clareza. Durante este período o médium precisa de entrega absoluta esta experiência. Ignorar o julgamento alheio e recorrer sempre aos dirigentes do terreiro para ajustar o que for preciso.

Não há regras absolutas. Contudo, há alguns indicadores típicos de interferência dos médiuns seja na comunicação, seja na movimentação do corpo. O médium está comumente travado, restringindo a ação da entidade, quando:

A entidade incorporada não fala nada, mal se move nem sai do lugar;
O médium tropeça, se desequilibra ou cai com frequência no processo de aproximação;
O médium inicia o processo de incorporação mas ele se rompe “no meio do caminho”.
Por outro lado, são indicadores de animismo, de exacerbação da ação do espírito, quando:

A entidade grita muito, fala muito alto ou se movimenta exageradamente;
Quando há um excesso de tiques nervosos, sotaques ou ações incompreensíveis;
Quando o que ele diz não corresponde com a realidade ocorrida;
Quando o espírito manifesta opiniões que na verdade são do médium e não dele.

Este último caso é sempre uma questão delicada de se analisar. Contudo há uma dica que pode ajudar: A palavra de um espírito de luz possui um tipo de sabedoria claramente identificada em seu discurso, mas que dificilmente pode ser vista no discurso do encarnado. Eles não tomam partido em conflitos terrenos.
Guardam uma imparcialidade ímpar nestes conflitos, mesmo quando seus aparelhos estão envolvidos, pois reconhecem todos como filhos de Deus carentes de esclarecimento e auxílio nesta terra. Esteja atento a este tipo de sabedoria. Onde você encontrá-la, estará falando com um guia autêntico.

Fonte: https://www.facebook.com/MundodeAxe/?hc_ref=NEWSFEED&fref=nf

sábado, 17 de dezembro de 2016

A sereia e o marinheiro - Douglas Fersan



Dizem que o marinheiro navegava solitário pela imensidão do mar.
Já não tinha fé, esperança e nem mesmo desejo de voltar para a terra e para os seus. Estava desiludido com tudo, preferia a solidão do mar.
Certa noite, o marinheiro que já não acreditava em mais nada, estava na proa de seu barco olhando as estrelas e se lembrou que seu avô, um velho marinheiro também, contava que a Rainha do Mar não desamparava ninguém, sempre enviava alguém para consolar o coração daqueles que já haviam perdido a fé na vida e no amor. Foi quando o marinheiro ouviu um canto... um doce e belo, afinado como o mais perfeito dos instrumentos musicais. Procurou de onde vinha aquele canto até que viu uma bela sereia rodeando seu barco. Ele não teve dúvidas: lançou-se ao mar e beijou a linda sereia.
Todos contam que o barco voltou vazio ao cais. Mas poucos sabem que o marinheiro reencontrou sua felicidade com a sereia no fundo do mar.

Douglas Fersan

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Ossaim e Saci - Tema de estudo



Ossaim e saci (tema de estudo): antes de criticar leia até o fim.

Acredita-se que lenda do Saci Pererê date do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras deste ser encantado.
Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um menino brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como uma entidade maligna. Normalmente é descrito como uma criança, um negrinho, de uma perna só, que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos - como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos.
Segundo algumas lendas, existem três tipos de Sacis: o Pererê (menino negro), o Trique (moreno e brincalhão) e o Saçurá (de olhos vermelhos). Dizem também que ele também se transforma numa ave chamada Matiaperê, cujo assobio melancólico dificilmente se sabe de onde vem.
Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci e se alguém jogar no redemoinho um rosário de mato bento ou uma peneira, pode capturá-lo. Se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de um desejo.
Alguém perseguido por ele, deve jogar cordas com nós, pois o Saci vai parar para desatar os nós; ou procurar um curso d´água, pois ele não atravessa córregos nem riachos.
Alguns afirmam que entre os índios Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho negro de uma só perna que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. Também, de acordo com a região, ele sofre algumas modificações: dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos.
Há quem diga que o Caipora, famoso personagem das lendas brasileiras, é seu Pai.
Uma outra versão diz que o Saci foi iinspirado em Osain, o "Orixá das Folhas", que vive nas florestas e possui apenas uma perna.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Malditos sacerdotes!



MALDITOS SACERDOTES!!!

Se um Sacerdote cobra o serviço que faz é um vigarista,
Se ele não cobra, não sabe nada.
Se não ensina é um ignorante,
Se ensina, exige muito, demasiadamente.
Se pede uma contribuição aos membros do Templo é um “bon vivant”,
Se não pede, reclamam que no Templo nunca há nada.
Se as sessões são curtas, sua incorporação é débil ou está cansado,
Se as sessões são longas é um charlatão, só quer se mostrar.
Se não dá aulas descuida dos seus, quer todos ignorantes,
Se dá aulas, não assistem, não acompanham, reclamam que o nível é muito alto.
Se não faz uma visita, não liga para os seus,
Se o faz é porque quer se meter na vida dos outros.
Se diariamente os procura, não para de encher o saco,
Se não o faz, não “dá bola” para ninguém.
Se faz muitas cerimônias, rituais e reuniões é porque não tem vida social e não quer que ninguém tenha,
Se não faz, não está nem aí com a religião e com as pessoas.
Se tem personalidade e temperamento fortes é um arrogante exibido,
Se for ao contrário não se impõe, é um fraco!
Malditos Sacerdotes!!
Que nos escutam
Que nos dão atenção
Que nos consolam
Que nos recebem em suas casas
Que nos dão seu tempo
Que nos abrem suas portas
Que nos dão conselhos
Que nos dão consolo
Que toleram e perdoam nossos erros
Malditos Sacerdotes !!!!
(Awo Korede Odupawo)

sábado, 10 de dezembro de 2016

Exu Pimenta



EXU PIMENTA

O Exu Pimenta Viveu na Europa entre os anos de 1420 à 1480 mais ou menos, estabelecendo-se em Portugal, muito embora, acredito, não tenha nascido nesse país. Enriqueceu como comerciante, usando de seu raciocínio rápido e habilidades retóricas. Passou, assim, a fazer parte da nobreza, frequentando a corte, período em que constituiu carmas relativos ao uso desvirtuado do dinheiro e do poder adquiridos. Segundo ele: “Errei, penei, aprendi, compreendi, me transformei e venci. Hoje trabalho, sem reclamar, ajudando idiotas como aquele que eu fui”


Sr Pimenta é um Exú ligado, essencialmente, ao elemento fogo. Os outros Exús costumam chama-lo de “O Ardido”.

Essa ligação com a energia ígnea, dizem, associa-o ao Orixá Xangô, mas pessoalmente desconheço se essa afirmação é procedente. Um de seus parceiros inseparáveis é o Sr Exú Pinga Fogo, a quem atribui o destino daqueles trevosos vencidos que, orgulhosos, rejeitam suas ofertas de paz.

Também se associa aos demais Exús do fogo, como Sr Exú Brasa, Sr Exú Bara, entre outros.
Para realizar seu ofício de guardião, utiliza-se de armas diversas, a exemplo dos muitos e afiados punhais que carrega ocultos por trás de seu fraque bordô. Quando em demanda, apresenta-se acompanhado de enormes cães negros, nada amigáveis, semelhantes a rottweilers, mas de olhos vermelhos como o fogo.

Duas coisas irritam sobremaneira Sr Exú Pimenta: falta de respeito com os Exús e Pomba Giras por parte de nós encarnados e espíritos trevosos que utilizam o nome Exú para arriarem em terreiros.

Não gosta de brincadeiras e pode se tornar verbalmente muito agressivo se defrontado com algum tipo de desrespeito. Quanto aos falsos Exús, costuma ser implacável e demonstra prazer ao derrubá-los.

Não obstante essa personalidade forte, e suas alterações de humor a depender do teor dos trabalhos que realiza, Sr Pimenta é, de maneira geral, um espírito muito alegre e irreverente. Tanto que quando chega no Terreiro, através da incorporação, a primeira coisa que faz é, invariavelmente, abrir um longo sorriso.

Exu Pimenta: especializado na elaboração da química e dos filtros de amor. Dá o verdadeiro segredo do pó que transforma metais. É reconhecido quando incorpora por um forte cheiro de pimenta que exala no ar.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Salve Mamãe Oxum


Hoje, 08 de dezembro, é dia de Oxum. Deixamos aqui uma singela prece à orixá das águas doces, da prosperidade e do amor:

Oxum, dourada é tua luz, assim como é o outro que te pertence. Derrama a tua pureza cristalina, orixá das águas doces. Não permita que neblina alguma obscureça o meu desejo mais profundo, que é conseguir o amor mais verdadeiro, seguro, eterno e duradouro por toda a humanidade. Estás presente nas cachoeiras que são sagradas, portanto faz com que apague todo sentimento ruim que porventura brotar de mim. Não me deixei verter lágrimas por aqueles que desmerecem o amor, que não correspondem à verdadeira amizade e sentimento fraterno. Livrai-me, mãe, daqueles que se utilizam do teu nome e dos sagrados orixás para caluniar, difamar, intimidar e fazer mal uso do axé que carregam. Olhai por mim para que eu não seja mais um destes e caso um dia eu fraqueje, abre meus olhos com o brilho do teu ouro para que eu retorne ao caminho da retidão, ensinado por ti e pelos demais sagrados orixás.

Ora-yê-yê, Oxum.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Amarração: prática que difama a Umbanda - Douglas Fersan



No imaginário popular, quando se fala em Umbanda, muitos imediatamente pensam em práticas como amarração. Sem conhecer a Umbanda e a filosofia de respeito e amor que a norteia, imaginam que é comum entre os umbandistas usar os conhecimentos que adquirem e as energias que manipulam para obter e vender serviços como esse.

A verdade é que a Umbanda trabalha dentro dos princípios da Lei de Deus e, sendo que o próprio Criador respeita o livre arbítrio e suas criaturas, seríamos nós tão arrogantes a ponto de trabalhar para interferir nesse livre arbítrio?
E mais, sendo conhecedores da inevitável lei do retorno, seríamos tão pouco inteligentes a ponto de estabelecer essa dívida e ligações que mais tarde nos seriam cobradas?

Não se trata aqui de negar a existência da prática. Ela existe sim, e muita gente se aproveita disso para obter favores pessoas, extorquir verdadeiras fortunas daqueles que as procuram desesperadas. Essas pessoas usam o nome dos santos orixás para vender seu "produto", usam o nome da sagrada Umbanda, quando na verdade estão trabalhando com energias negativas, densas para atingir o campo energético daqueles que se encontram mais fracos e assim manipular sua vontade e sua vida. Mas que fique bem claro: isso não é Umbanda e esses aproveitadores não são umbandistas.

Nós, umbandistas, não somos perfeitos, cometemos erros comuns, como qualquer ser humano comete no dia a dia, mas não usamos o nome da nossa sagrada religião para praticar o mal, obter vantagens pessoais e extorquir os leigos. Quem age assim não pode e não deve usar o rótulo de umbandista. Como diz o velho jargão, Umbanda é coisa séria para gente séria.

Douglas Fersan

terça-feira, 15 de novembro de 2016

108 anos de Umbanda - Douglas Fersan


Há 108 anos, numa casinha simples do subúrbio do Rio de Janeiro, era anunciada oficialmente a fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Moraes.

O culto aos orixás, as práticas ritualísticas, os conselhos dos pretos velhos e a ajuda dos exus já existia havia tempo, mas essa data tornou-se especial por oficializar perante a sociedade algo que já existia e que no entanto era marginalizado.

As portas foram abertas a todos os espíritos que quisessem trabalhar na prática do bem, independente de sua origem. Não era mais necessário ser doutor ou poeta, francês ou alemão, para trabalhar na caridade. Africanos, índios e até crianças encontraram a oportunidade de trabalhar fazendo o bem, espalhando o amor e a fé.

Tudo começou naquele casebre. E a prática continua acontecendo em vários casebres igualmente humildes, pois a Umbanda dispensa luxo e ostentação. Ela pede apenas fé, amor e honestidade. Isso basta... vamos praticar?

Douglas Fersan

domingo, 13 de novembro de 2016

Ser umbandista é cansativo - Douglas Fersan



Como é difícil ser umbandista.

Numa primeira visita a um terreiro as pessoas costumam se deslumbrar com o espetáculo que assistem - sim, porque para muitos soa como um espetáculo.  E nesse deslumbre resolvem aderir à religião.

Toda religião, quando levada a sério, requer entrega. E aí reside o problema, pois nem sempre se leva a sério o que merece tanta seriedade.  Ao primeiro arrepio o sujeito já acha que está incorporando suas entidades.  E mais: acha que a suposta entidade possui força e sabedoria acima das demais, que já trabalham com seus cavalos há tanto tempo no terreiro.

E quem leva a Umbanda a sério olha isso, muitas vezes se cala para evitar intrigas, mas se magoa.

O neófito procura o pai ou mãe da casa a todo instante, pelas coisas mais fúteis, para tirar as dúvidas mais triviais.  Mas com alguns poucos mesas na gira, já se acha no direito de criticar o dirigente e até suas entidades.

E quem leva a Umbanda a sério olha isso, muitas vezes se cala para evitar intrigas, mas se magoa.

Alguns mal sabem acender uma vela, mas recorrem ao "Pai Google de Oxalá" e fazem as mais estapafúrdias mazelas espirituais e acha que já tem conhecimento para criticar os mais experientes.

E quem leva a Umbanda a sério olha isso, muitas vezes se cala para evitar intrigas, mas se magoa.

Muitas vezes o médium em desenvolvimento não consegue resolver nem os próprios problemas, mas já usa o sagrado nome da Umbanda e dos orixás para resolver as intrigas pessoais e até intimidar pessoas de seu convívio.

E quem leva a umbanda a sério olha e isso e começa a acreditar que já não mais deve se calar.

Conselhos são dados.  Os mais velhos, experientes e o (a) dirigente da casa e suas entidades tentam sutilmente avisar que a pessoa está trilhando um caminho tortuoso, mas ela se faz de desentendida.

E quem leva a Umbanda a sério - em especial o (a), já não aguentando mais que usem o nome de sua sagrada crença para fins profanos, coloca a pessoa no seu devido lugar.

Aí essa pessoa deixa a casa, cuspindo no prato em que comeu, maldizendo e todos e reclamando que não foi acolhida e que faltou paciência com seu aprendizado.

E quem leva a Umbanda a sério respira fundo e parte para uma nova missão, mesmo sabendo o que o seu prêmio pode ser a maledicência e a ingratidão.  Às vezes cansa ser umbandista.

Douglas Fersan

domingo, 11 de setembro de 2016

A simplicidade é o grande segredo - Douglas Fersan

A simplicidade é o grande segredo.
Quando nos entregamos de coração aberto e desprovidos de sentimentos negativos, os trabalhos dentro de um terreiro de Umbanda tendem a ser tornar eficazes. Tomemos como exemplo os pretos velhos, as entidades mais humildes e sábias que se manifestam em terra. Mesmo já tendo sofridos horrores desde a separação de seus ancestrais da terra-mãe, hoje deixam toda a mágoa, toda a dor, todo o sofrimento e tudo aquilo que - até com certa justificativa - poderia travar o seu processo de evolução.

Mas preferem deixar toda essa carga de sentimentos negativos para trás e praticar a caridade pura e desinteressada. Humildemente se apresentam nos terreiros para aconselhar e curar as dores do corpo e da alma de pessoas que variam desde doutores até os mais simples agricultores. 

Conseguem isso justamente por abdicar dos desejos de vingança e rancor e, ao praticar a caridade e o perdão, sobem cada vez mais rapidamente os degraus da evolução.

Que sejam exemplos para todos nós, ainda tão imperfeitos e mesquinhos.

Douglas Fersan

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Quem ama liberta - Douglas Fersan

  Provavelmente a tarefa mais difícil na estrada da evolução é a prática do desapego. Nos apegamos às coisas materiais - dinheiro, objetos - além das ilusões de poder e de status. Mas existe também o apego afetivo, que ocorre dos dois lados: de quem fica e de quem vai. Todos passamos por momentos em que temos que nos separar daqueles a quem amamos e isso nos causa sofrimento, e que fique claro, sofrer é um direito que temos. No entanto, como pessoas espiritualizadas não podemos deixar que o nosso sofrimento se torne um obstáculo prendendo aqueles que partiram. Ao fazer desse sentimento um obstáculo, criamos um elo que impede a paz e a evolução de nossos entes queridos que se foram e, sem perceber regredimos também. 

  Sem perceber criamos (eles e nós) um círculo assombroso de lamúrias e prisões afetivas, o qual não merecemos e não nos faz bem.

  De onde estão, os que partiram sentem nossa angústia e não conseguem seguir em sua caminhada. Sofrer é um direito, amar é uma dádiva e libertar quem amamos é um ato de sabedoria.

Douglas Fersan

domingo, 28 de agosto de 2016

Você compreende Exu? - Douglas Fersan



Contam os antigos que um homem caminhava pelas ruas cheio de ira. Havia brigado em casa, não estava feliz com o trabalho e desejava todo tipo de mal e de vingança para os seus desafetos. Procurava uma encruzilhada, pois ali depositaria uma "oferenda" que haviam lhe ensinado para acabar com os inimigos. E assim o fez assim que achou uma encruzilhada escura e longe de olhares curiosos. Pediu que seus inimigos fossem destruídos e que sua mulher, com quem tivera uma briga feia, tomasse um corretivo. Após o despacho saiu de lá ainda mais irado, pois um bando de obsessores invisíveis que transitava pelo local assistiu à cena e o acompanhou a fim de se divertir atrapalhando ainda mais a sua vida. Na encruzilhada ficou o lixo depositado, pois era um trabalho sem fundamento algum. Ficou também Exu, o verdadeiro dono do lugar, lamentando pela mesquinhez da alma humana, pois aquele cidadão poderia, no lugar de desejar o mal e a vingança, pedir evolução, paciência e sabedoria para resolver seus problemas. "Os encarnados ainda têm muito o que aprender sobre nós" - lamentou o Exu.

Douglas Fersan

domingo, 14 de agosto de 2016

Quem me protege não dorme... MESMO!!! - Douglas Fersan




Vemos inúmeras postagens nas páginas de Umbanda no facebook dizendo que "quem me protege não dorme", se referindo aos exus e às pombogiras. Essas palavras quase sempre vêm carregadas de um tom agressivo, provocativo e ameaçador (talvez com o objetivo de intimidar os leigos em relação à nossa fé). Nós, da página Lar de Preto Velho, queremos salientar duas coisas:

1. Ao usar um tom ameaçador, estamos contribuindo para os desconhecimento e para fortalecer aqueles que usam qualquer desliza de nossa parte para denegrir a nossa religião;

2. quem nos protege realmente não dorme e vigia tudo, inclusive a nós e aos nossos atos, portanto não basta ter um protetor, é importante, acima de tudo, ser merecedor dessa proteção.

Então tomemos cuidado com o que afirmamos sobre a nossa fé. Se não pudermos contribuir com o crescimento das informações sobre a nossa fé, é melhor ficar calado e não prestar um desserviço. Afinal, quem nos protege não dorme... e nos vigia também, já que tudo funciona segundo a lei do retorno.

Douglas Fersan

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Umbanda tem ritmo, mas não é só isso - Douglas Fersan


A Umbanda é musical, a Umbanda tem ritmo.
Ao entrar pela primeira vez em um templo de Umbanda muitos se deslumbram com a musicalidade dos pontos cantados e o consequente acompanhamento, pelos filhos de fé, que felizes batem palmas. Esse gesto parece, a princípio, apenas o acompanhamento daqueles que estão à vontade, felizes e interagindo com a curimba (atabaques) da casa. Mas não é não simples assim.

Ao bater palmas, ativamos os chacras localizados em diversos pontos das mãos, entramos em sintonia com a curimba, que deixa de trabalhar sozinha e passa a ter o apoio da corrente e assim conseguimos alcançar esferas espirituais às quais necessitamos para aqueles trabalhos.

O ponto cantado é uma prece, a curimba é a cadência que leva essa prece ao astral e traz o seu retorno, e as palmas ativam a energia dos chacras de cada membro da corrente (e até da assistência) para que haja fluidez nos trabalhos.

Portanto, cada um, mesmo sem perceber, desempenha um papel importante dentro da grande engrenagem que é uma gira de Umbanda. Ser um "médium samambaia" (daqueles que ficam estáticos, parados e nem se mexem) não condiz com o que necessitamos para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Tarefas aparentemente simples e espontâneas, como bater palmas são muito importantes para o bom andamento dos trabalhos. Faça a sua parte e terá um retorno espiritual maior.

Douglas Fersan

domingo, 31 de julho de 2016

O santo ritual da defumação - Douglas Fersan

O ato de defumar não consiste em simplesmente jogar ervas secas em um braseiro. É um ato de magia, portanto exige todo um critério, conhecimento e responsabilidade ao fazê-lo. Desde o momento de tratar e colher as ervas até escolher qual delas deve ser usada corretamente para cada fim, de que forma proceder durante a defumação... tudo isso faz parte da liturgia. Muitos se aventuram a sair defumando ambientes sem o devido conhecimento e os efeitos podem ser contrários ao esperado. O mesmo podemos dizer daqueles defumadores vendidos em tabletes em lojas de produtos de Umbanda, que não passam de serragem com alguma essência aromática. Queimar aquilo e um pedaço de papel tem o mesmo efeito, pois o elemento magístico simplesmente não existe nesse pseudo-ritual.
A Umbanda tem fundamento, é preciso preparar.

Douglas Fersan

terça-feira, 26 de julho de 2016

Uma lenda de Nanã - Douglas Fersan


Uma lenda em homenagem a Nanã, a mais velha dos orixás.

Quando alguém cometia algum crime na aldeia chefiada por Nanã, era amarrado a uma árvore a velha orixá mandava os eguns atormentá-los. Querendo esse poder para si, Oxalá foi visitar Nanã e lhe deu uma poção que a fez dormir. Então invadiu o jardim dos eguns e ordenou a eles que o obedecessem. Como ali só entrava quem tinha autorização de Nanã, os eguns passaram a obedecer Oxalá, mas quando ela despertou, ficou irada. Foi ao jardim e expulsou Oxalá de lá. Ela o perdoou, mas deixou claro que todo egum teria que passar primeiro pelo seu jardim, ali se purificar obedecendo as suas ordens, para só depois chegar a Oxalá. E assim foi feito. Mesmo sendo o maior dos orixás, Oxalá aprendeu a respeitar os domínios de Nanã.

Nanã de Burukê: a mais velha dos orixás.
Dia da semana: domingo.
Cores: lilás/roxo.
Saudação: Saluba Nanã (nos refugiamos em Nanã).
Ervas: manjericão roxo, colônia, quaresmeira, dama da noite, canela de velho, carobinha.
Bebida: champanhe.
Ponto de força: brejos, pântanos.
Filhos de Nanã: calmos, lentos, dignos, gentis, doces e mansos. Também são saudosistas, ranzinzas, autoritários, caseiros, sábios e justos.

Essa lenda é parte integrante do curso "Lendas dos Orixás", ministrado pelo Templo de Umbanda Lar de Preto Velho

sábado, 23 de julho de 2016

A causa da raiva - Douglas Fersan


Muitas vezes as pessoas nutrem a raiva e os sentimentos negativos diante da sua incapacidade de se nivelar ou superar aqueles que estão sob sua mira. E, com isso, acabam fazendo mal a si mesmo. Esse tipo de sentimento gera rugas, doenças psicossomáticas além expor publicamente a sua alma minúscula e a sua personalidade pobre e duvidosa. Para se livrar disso, o melhor remédio é tentar se superar, e não expor, ainda que de forma sutil, as suas baixas vibrações. Dicas de saúde mental e espiritual também se encontra na página Lar de Preto Velho.




Douglas Fersan

terça-feira, 19 de julho de 2016

Religião ou espiritualidade - Douglas Fersan




Muitos usam o nome sagrado da Umbanda para obter privilégios e explorar a boa fé daqueles que procuram ajuda e denigrem a imagem de toda a religião e seus seguidores. Os verdadeiros umbandistas não se prestam a esse papel; estão preocupados em prestar a caridade, em buscar o entendimento e a evolução espiritual. Os verdadeiros umbandistas não fazem da sua religião um meio de vida, fazem da Umbanda a sua filosofia de vida.

É preciso entender a diferente entre religião e espiritualidade. Religião é uma instituição oficial, muitas vezes usada como agente de reprodução da ideologia do Estado e até mesmo como forma de controlar a população a fim de manter a ordem vigente. Infelizmente, na maioria das vezes, as religiões estão mais associadas a questões políticas e econômicas do que espirituais.

Já a espiritualidade é a entrega e a busca de si mesmo. É um tipo de entrega que não requer necessariamente abrir mão de seus bens materiais e uma vida normal. É possível fazer essa entrega e continuar desfrutando os prazeres da vida. No entanto é preciso também o bom senso de evitar prazeres mundanos (drogas, relacionamentos irresponsáveis, baseados unicamente na troca de prazer carnal) e sempre buscando o aprimoramento do próprio ser.

Instituições religiosas que não ensinam e não praticam isso, geralmente não passam de comercio disfarçado de religião. Ali podem sobrar religiosos, sacerdotes, rituais, etc. Mas certamente falta espiritualidade, pois por essa não se cobra e não se exige nada, a não ser a dedicação de cada em se tornar um ser humano melhor para si, para sua família e para toda a sociedade.

Douglas Fersan

sábado, 16 de julho de 2016

Magia é vida, é movimento - Douglas Fersan


A Magia na Umbanda

Magia nada mais é do que a manipulação de elementos e da energia neles contida. Como numa experiência alquímica, manipula-se esses elementos a fim de atingir um objetivo determinado, e não há nada de sobrenatural nisso. Sobrenatural seria aquilo impossível de se alcançar, já a manipulação mágica, sendo possível, é algo perfeitamente natural – o diferencial é que foge à compreensão convencional, o que a coloca à margem dos demais conhecimentos.

A arte da magia se faz presente em todas as civilizações conhecidas, desde as mesopotâmicas até as ameríndias, cada qual adaptando rituais e métodos de acordo com sua crença e cultura. Assim, a magia tem atravessado séculos, resistindo à perseguições e tentativas de minimizá-la ou então de classificá-la, de forma preconceituosa, como crendice popular. Mas na realidade, a crença na magia ultrapassa os limites das barreiras sociais e até culturais. Ao recorrer a simpatias, benzimentos, determinadas rezas, nada mais se está fazendo do que apelando para a magia.Assim, é possível afirmar que a Umbanda é a síntese da magia, pois agrega elementos dos mais diversos povos: europeus, africanos e ameríndios – isso sem contar as correntes que tentam inserir novos elementos à sua liturgia. Então, a Umbanda é magística por excelência. Entretanto, é sempre bom tomar o cuidado para não se deixar iludir e cair naquela crença infantil de que a magia é a solução para tudo.

A Inteligência Universal certamente atua sobre o destino de cada um, só permitindo que aconteça aquilo que for de seu merecimento ou necessário ao seu aprimoramento espiritual.

A função da magia, nesse caso, é fornecer “meios” para que os trabalhadores do Universo (que alguns chamam de anjos, outros de mentores, outros, simplesmente de “guias”) possam trabalhar e auxiliar os homens naquilo que necessitam.Existem aqueles que, deslumbrados com aquilo que acreditam ser possível conseguir com a magia, ou ainda, desconhecendo as Leis que regem o Universo, passam a acreditar que tudo podem conseguir usando essa ferramenta, buscando atingir seus objetivos, não importando os meios. Tentam – e acreditam conseguir – burlar as Leis mais primordiais que existem. Muitas vezes conquistam um sucesso efêmero, o que os deixa ainda mais iludidos, já que não possuem a compreensão das dívidas que contraem ao tentar (em vão) ludibriar os olhos do Astral, que nada deixam de ver. O uso da magia deve ser responsável.

As Leis de Umbanda são severas, usar seus meios requer responsabilidade e maturidade e infelizmente não são todos que estão preparados para isso. Aceitar a magia que a vida realiza naturalmente, dia a dia, é um grande sinal de resignação e sabedoria, pois quem assim o faz, respeita aquilo que preparou para si, já que tudo é fruto do merecimento. Manipular energias e elementos com responsabilidade é um trabalho nobre, mas é para poucos, pois são poucos os que sabem fazer isso sem interferir nas Leis do Universo, que é justo, como justa é a Umbanda, que caminha sempre à trilha das Leis de Deus.

Douglas Fersan

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Eu sou teu orixá - Autor desconhecido



Nessas horas
de escuro e frio
quando se tem tudo
e ainda está sozinho.
Eu que te levo.

Nessas horas
de coincidências
encaixes e desencontros.
Em que o encontro
é o pote de ouro no fim.
Eu que te levo.

Nessas horas
em que tudo pareceu em vão
e não tem mais pegadas no chão
pra voltar atrás.
Pela estrada a frente
desconhecida e diferente
Eu que te levo.

Nessas horas
em que você vê
que me ouvir valeu a pena
que não existem mais problemas
e que as reviravoltas
eram parte da minha surpresa.
Eu que continuo te levando.

E eu te levo e levarei
enquanto minha presença
for sua natureza
minha voz sua certeza
e pelos caminhos a fora
você quiser se deixar,
por mim, levar.

Eu que te levo
Eu que sou seu Orixá.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Jogos olímpicos? Estamos fora. - Douglas Fersan


As religiões de matriz afro (Umbanda e Candomblé) ficaram fora das cerimônias de abertura das olimpíadas no Rio de Janeiro. Nota zero para a democracia brasileira, nota dez para a intolerância religiosa. O Estado laico nada mais é do que uma utopia distante. Como falar em Estado laico num país que possui um grupo de parlamentares que se auto-intitula "bancada evangélica"?

Como pensar em democracia num país onde pobres pagam impostos sobre quesitos mais básicos, como a alimentação, e templos suntuosos estão isentos de tributação?

Como falar em Estado de direito num país onde o poder paralelo desafia claramente o poder constituído e as leis "não pegam"?

Difícil pensar em democracia num país em que negros, pobres, mulheres e homossexuais precisam de leis específicas que os protejam do ódio de grupos extremistas?

Muito difícil entender uma nação que não prioriza a educação e deixa seus jovens entregues à própria sorte, à criminalidade, às drogas e ao aliciamento dos donos do poder paralelo.

Rezemos pelo nosso país. Não só pelo fato de nossa crença não estar representada na abertura oficial dos jogos. Isso não abala nossa fé e não nos diminui em nada. Mas rezemos pela mentalidade daqueles que acham todas essas coisas normais, pois o que é normal demais acaba se tornando doentio.

Douglas Fersan

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Entenda o Exu - Douglas Fersan


Exu não troca favores e nem se vende. Exu é trabalhador e guerreiro de leis maiores que às vezes fogem à nossa compreensão. Exu não precisa que você acenda velas para ele, ao contrário do que você pensa, ele não é um ser das trevas em busca de luz. Talvez você não saiba, mas ele age em regiões densas justamente para combater as trevas.

Não perca tempo fazendo firmações sem fundamento para exu. Como trabalhador da Lei Maior, exu precisa ser firmado na fé, no coração e nas batalhas da vida. Não pense que exu é um espírito involuído, exu trabalha para que a evolução aconteça dentro de cada um de nós.

Enfim, fale menos sobre exu. Entenda mais o exu.

Douglas Fersan

terça-feira, 14 de junho de 2016

Os boiadeiros são espíritos destemidos que atuam como refreadores do baixo astral, e são guerreiros, altivos, sérios e rigorosos quando enfrentam aqueles que chamamos de trevosos na espiritualidade.

Seus símbolos astrais são o laço e chicote que constituem são suas armas espirituais e são verdadeiros mistérios, tais como são as espadas, as flechas e outras “armas” usadas pelos espíritos que atuam como refreadores dos ataque das hordas sombrias do baixo astral.

Assim como os pretos-velhos representam a
humildade e as crianças a pureza, os boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação dos desbravadores dos campos e sua necessidade de conviver com os elementos da natureza vegetais e animais, sempre de forma simples, mas com uma força e fé muito inomináveis. São habilidosos e valentes trabalhadores do astral cultuados nas casas de Umbanda mais tradicionais.

Salve os boiadeiros.
Douglas Fersan
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 09 - A busca pelo crescimento espiritual

Trabalhadores da Luz estão sempre sendo orientados a viver o seu melhor e ajudar os outros a alcançar o mesmo. Quem somos e o que vamos poder ser, visto em nossos hábitos diários, e como nós somos atraídos para a luz, procuramos nos cercar de inspiração, positividade e atividades de desenvolvimento pessoal. Esta poderia ser na forma de física, mental ou espiritual.

Por exemplo, você pode ser atraído para ler livros de auto-ajuda, praticar yoga, meditação, oração, seminários de desenvolvimento pessoal, correr, caminhar, ir à igreja, ouvir livros de áudio, etc.

Viva para aprender a amar.
Aprenda a amar para viver.
Ame viver para aprender
de modo que você possa viver a vida que você anseia.
– Rico Dasheem –

Acima de tudo, os trabalhadores da luz podem ser livres de procurar validação fora de si mesmos quando eles percebem o verdadeiro poder que está dentro deles. Cabe a cada trabalhador da luz continuar ajudando a espalhar essa mensagem brilhando sua própria luminescência para fora.

Fonte www.filosofiadobem.org

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 08 - A ligação com o cosmos.

Você já sentiu como se tivesse “outra casa” no grande espaço além? O trabalhador da luz tem um fascínio com as estrelas e expansão além da nossa mera existência terrena, sentindo-se como se estivesse conectado diretamente com algo além deste planeta.

A conexão do trabalhador da luz de fonte, o divino, e tudo o que há no Universo é forte em seu espírito, que são guiados para trazer a luz para onde estão agora.

Fonte: www.filosofiadobem.org

terça-feira, 31 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 07 - A vocação artística


Trabalhadores da Luz, muitas vezes agem como representante para a humanidade através de sua própria expressão criativa. Eles retratam as atividades mentais da sociedade através das artes liberais, dando voz aos pensamentos de cultura como um todo.

Ao longo da história, muitos sábios nos têm conectado através de uma representação de sua visualização das formas mais criativas. O trabalhador claro encontra a realização nesta auto-expressão. Sua criatividade, o conhecimento e a natureza intuitiva fazem um impacto sobre aqueles que se encontram e repercutem através humanidade.

Fonte: www.filosofiadobem.org

domingo, 29 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 06 - Ser contestador.

Como o trabalhador da luz é um pouco diferente, não parece muito “se encaixar” no molde da sociedade. Estruturas hierárquicas muitas vezes não funcionam bem em organizações tradicionais, e a autoridade que vai com eles muitas vezes fazem um trabalhador da luz sentir a necessidade de se rebelar.

Esta natureza antiautoritária está no cerne dos trabalhadores da luz. Ele é ligado ao seu trabalho de vida para definir um novo modo de vida que transcende os bloqueios de evolução espiritual aqui na Terra.

Fonte: www.filosofiadobem.org

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 05 - O respeito à obra divina.



O trabalhador da luz tem uma visão grandiosa do mundo. Como uma pequena engrenagem em uma máquina grande, trabalhadores da luz percebem que eles são uma parte pequena, mas integrante da vida que podem ter um efeito sobre o mundo. Quase como garimpar com uma câmera, o trabalhador da luz está em sintonia com um sentido espiritual que todas as coisas estão relacionadas, e que, com cada ação vem uma reação muito real.

Quando testemunham a destruição da Terra através das muitas atividades do homem, o trabalhador da luz pode sentir uma sensação de perda, e talvez até mesmo dor. Esta ligação profunda muitas vezes leva a uma estreita ligação com os animais e o ambiente, possivelmente, até mesmo levando seu trabalho de vida em um desses campos.

Fonte www.filosofiadobem.org

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 04 - O altruísmo.


Por causa da natureza empática de um trabalhador da luz, muitas vezes eles optam por carreiras de serviços para os outros. Seja como um conselheiro, enfermeiro ou mesmo professor de qualquer tipo, e tudo mais de dedicação de um trabalhador da luz para dar um contribuição sólida para o bem maior da humanidade.

Fonte: www.filosofiadobem.org

terça-feira, 24 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 03 - A empatia.



O trabalhador da luz é atraído por expandir seus sentidos de compreensão do mundo, e, muitas vezes, chegam em cantos escuros da vida para ganhar essa perspectiva. Mais do que apenas simpatia, o trabalhador da luz se preocupa com os outros a partir de um lugar profundamente enraizado dentro deles.

Eles continuam a crescer mais compassivos enquanto sua experiência se desenrola, e os efeitos diretos do esforço que visa em última análise, ajuda a crescer a empatia nos corações dos outros.

Fonte: www.filosofiadobem.org

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 02 - A introspecção e a solidão


Desde muito cedo em sua vida, um trabalhador da luz pode sentir-se isolado dos outros, solitário, ou mal compreendido. Enquanto eles vivenciam todos os desafios da vida, muitas vezes eles vão encontrar um isolamento ainda maior à medida que procuram o seu caminho único.

E porque eles captam facilmente os sentimentos e estados de espírito negativo das pessoas ao seu redor, é importante para eles passarem um tempo sozinhos em uma lugar fixo. Esta natureza introvertida realmente não vêm de uma preferência social ou temperamento; é simplesmente o cerne do espírito do trabalhador da luz.

Fonte www.filosofiadobem.org

domingo, 22 de maio de 2016

Nove sinais dos trabalhadores da luz: 01 - Alta sensibilidade


O espírito do trabalhador da luz é muito puro, e muitas das coisas negativas que acontecem neste mundo pode ser difícil para eles entenderem. Eles também podem encontrar dificuldade em lidar com as pessoas que exibem emoções intensas, tais como agressão e raiva.

Como o trabalhador da luz viaja através da vida e os eventos negativos ocorrem, para eles tem um efeito mais profundo, fazendo com que eles se sintam cansados, e sentindo a necessidade de auto-atendimento para restaurar seus níveis de clareza e de energia.

Fonte: www.filosofiadobem.org

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Um grito de liberdade? - Douglas Fersan


Para refletir:
Um grito de liberdade e a corrente se quebrou.
Saravá todos os pretos velhos.
Saravá Zumbi dos Palmares.
Saravá santa Isabel...

Comemoramos hoje, 13 de maio, o dia dos pretos velhos, entidades maravilhosas dos nossos cultos. Porém sabemos que existe uma aura de romantismo em torno do assunto quando se fala em abolição. Sabemos que não foi um ato de bondade, foi movido por interesses econômicos e políticos. E a princesa, tida como a grande redentora, não era santa.
Mas o principal: o que mudou para os negros após a libertação? Houve uma política que possibilitasse a igualdade social entre brancos e negros ou continuaram sendo tratados como população subalterna?
Em homenagem aos nossos queridos pretos velhos acho que devemos hoje não só fazer nossas preces, mas também refletir sobre essas questões.

Douglas Fersan
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sábado, 7 de maio de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 10 - Não abuse dos dons espirituais.


10. Não abusar dos dons espirituais.

Manipuladas, as informações espirituais servem de álibis ou justificativas convincentes para os piores retrocessos. Usar o conhecimento esotérico para fins particulares tem consequências graves, pois ninguém profana impunemente o sagrado que pertence a todos.

Antídotos: Retidão e integridade.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 09 - Não se dispersar.


9. Não se dispersar.
Estudar ou praticar demasiadas coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas leva a uma falsa sensação de saber. Nessa atitude, pode-se passar uma vida inteira andando em círculos, enquanto se faz passar por um sábio.

Antídoto: Concentração

terça-feira, 3 de maio de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 08 - Não agir com demasiada rigidez.


8. Não agir com demasiada rigidez.
Encantada com as novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa pode se tornar intolerante. Ela tem a tentação de impor a sua forma de pensar e os seus modelos de conduta aos demais. Limitando a sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas, ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.

Antídotos: Tolerância e relaxamento.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 07 - Não tome medidas inconsequentes ou que você desconheça.


7. Não tomar medidas inconsequentes. O excesso de entusiasmo pode levar uma pessoa a romper com o seu círculo profissional e familiar sem necessidade. A metáfora do “salto no escuro” não deve servir de incentivo deslumbrado e irresponsável para que neófitos desestruturem as suas vidas.


Antídotos: Prudência e serenidade.

domingo, 1 de maio de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 06 - Não se sinta o messias da sua religião.


6. Não se deixar levar por impulsos messiânicos.
A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal. A sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança. Essa ânsia desmedida obstrui os canais de conexão com o mestre interior e bloqueia o processo de autoconhecimento, além de interferir no direito ao “livre-arbítrio de cada um”.

Antídoto: Confiança na existência.

sábado, 30 de abril de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 05 - Não se sinta superior



Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais. Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a onipresença da consciência em todos os seres e caminhos. Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para o fanatismo.

Antídotos: Equidade e moderação.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 04 - Cuidado com o excesso de autoconfiança.


4. Não sentir excesso de autoconfiança. Quem se crê autossuficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e, não raro, vê-se envolvido por eles. Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se. O excesso de certezas, muitas vezes, funda-se em um alicerce carente de verdades.
Antídoto: Desconfiar de si mesmo.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Os dez mandamentos do trabalhos espiritual: 3 - Não se prenda a pessoas, e sim às suas mensagens.


3. Não se fixar em pessoas, mas nas suas mensagens. Você não monta uma casa em um túnel. Ele é só um meio para se chegar até ela. Assim também os mestres são fundamentais para nos “iniciar”, mas não para nos “continuar” e muito menos para nos “acabar”. A nossa realização terrena é missão de natureza personalíssima, ou seja, é indelegável, irrenunciável e, sequer, passível de ser partilhada, quanto mais entregue aos cuidados de outrem. Depender indefinidamente de um mestre terreno é optar por permanecer na infância da senda espiritual.

Antídotos: Responsabilidade e discernimento.

Os 10 mandamentos do trabalho espiritual: 2. Não desperte os dons antes da consciência.


Não despertar os dons antes da consciência. Os dons estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente. Buscar o dom antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam à consciência, os dons devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.

Antídoto: Equanimidade.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 01. Não se desconecte da matéria




Os Dez Mandamentos do Trabalho Espiritual

01. Não se desconectar da matéria. O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa. A matéria é tão importante quanto o espírito; ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.

Antídoto: Equilíbrio.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Quem denigre o nome da Umbanda? - Por Pai Carlos Pavão.




Hoje me deparei com uma postagem, onde tinha um desenho de uma mulher com celular na mão e uma faca com sangue na outra tirando foto de um casal que ela havia matado, na legenda uma tentativa de ponto cantado que dizia:

''O homem que eu amava eu matei com sete facadas''

Enfim, primeiramente que esse tipo de publicação me enoja, principalmente por difamar a figura da Pomba Gira e da Umbanda, segundo que minha indignação vai no alto por ver o tanto de gente batendo palma pra esse tipo de propagação baixa, pois, derruba a religião perante qualquer aspecto social e cultural, derruba seu conceito espiritual no mais baixo nível. Sempre disse que ponto cantado é a nossa reza, a nossa oração, o que movimenta o nosso culto, é o coração de nossos trabalhos, sempre disse também que ser curimbeiro não é apenas pegar um atabaque, decorar letras ou ''compor'' qualquer coisa e se denominar ''Ogã'', o buraco é muito mais embaixo pra essa molecada ficar postando vídeo atrás de status, se um dia alguém rezar para um espírito na minha presença o chamando de Pomba Gira e insinuando esse tipo de ato (vingança e raiva) vou olhar bem a fundo nos olhos do mistificador e pedir para que ele tome vergonha, para que procure uma religião que elime esses conceitos imorais e não um lugar pra ele expor seus miseráveis conceitos ridicularizando uma religião e todo o seu conteúdo. Se me provassem (o que jamais farão) que Pomba Gira vem em Terra alimentar sentimentos de raiva, vingança e outros eu sairia da Umbanda afirmando que umbandistas trabalham com o Baixo espiritual e não com Guias espirituais.

E você pseudo-umbandista, tome vergonha e pare de empurrar a Umbanda ladeira abaixo, você que posta e propaga uma sujeira dessa não venha depois com frases de ''Fé, amor e caridade'', nos poupe de sua hipocrisia, poupe a religião dela e não venha fazer campanha de que ''Exu não é diabo'' e de ''fora a intolerância religiosa'', você é o culpado pela religião ser má vista e pelos guias serem comparados a espíritos das mais baixas qualidades, seja homem ou mulher de verdade antes de bater no peito para dizer que é umbandista!

(Pai Carlos Pavão)

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O corpo dorme, o espírito trabalha - Douglas Fersan



Muitas vezes acordamos para um novo dia de trabalho felizes e dispostos, prontos para as batalhas que virão. Outras vezes, apesar de longas horas de sono (algumas delas mal dormidas, é verdade), temos, logo no início do dia, a sensação de cansaço.

Como explicar esse fato?

Claro que em vários casos existem efeitos físicos que explicam os distúrbios do sono, mas não podemos esquecer que a influência espiritual é mais perceptível quando estamos mais libertos da matéria.

Tudo que o fazemos, produzimos, falamos, pensamos, emanamos e sentimos durante o dia é percebido pelo espírito, que a é a nossa verdadeira essência. Assim, quando conseguimos seguir o milenar conselho de "orar e vigiar", permitimos ao nosso espírito absorver as energias que produzimos durante o dia. Se tratamos bem as pessoas, emitimos ondas de amor, solidariedade e tolerância, o espírito é alimentado de forma saudável. O oposto acontece quando deixamos a língua ferina e venenosa trabalhar, quando caímos na tentação das fofocas, da maledicência, da inveja, dos sentimentos mesquinhos.

Assim, ao se desprender parcialmente da matéria no momento do sono, o nosso espírito tem duas oportunidades: a de conviver com seres benignos, dispostos a nos auxiliar na evolução e no aprendizado (embora nem sempre lembremos desses trabalhos, pois tendem a permanecer em nosso subconsciente), ou se mistura aos semelhantes negativos que construímos antes da noite de sono. E da mesma forma, essa carga energética ficar impregnada em nosso subconsciente. Então, as escolhas que fazemos durante o dia determinam os encontros e aprendizados que teremos durante o sono, momento de encontros e lições espirituais.

Portanto vale lembrar que somos sempre responsáveis por tudo que fazemos e colhemos, até mesmo pelas sensações (positivas ou negativas) que nos acompanharão durante o dia, pois são resultado das companhia que escolhemos para os momentos em que o subconsciente trabalha - e embora ele não esteja na memória latente, possui imensa influência sobre as nossas vidas.

Douglas Fersan
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quarta-feira, 30 de março de 2016

Banho de sal grosso: use, mas não abuse - Douglas Fersan



O banho de sal grosso é provavelmente o mais popular de todos. Basta alguém passar por um dia difícil que já vem logo alguém dizendo que é bom tomar um banho de sal grosso. Mas será que é tão simples assim?

O sal grosso é um poderoso agente neutralizador, usado desde tempos memoráveis - não apenas como banhos, mas até mesmo em batizados de alguns cultos, por se acreditar que seu forte poder neutralizador seria capaz de promover uma limpeza energética tão grande a ponto de limpar o ser do próprio "pecado original" (sic).

A verdade é que, como já foi falado, o sal grosso é um poderoso agente neutralizante e realmente é eficiente na retirada de energias. Mas como tudo que existe no meio espiritual e também material, deve ser usado com conhecimento e cuidado. Não é por qualquer motivo, um simples dia difícil no trabalho, por exemplo, que já se vai tomando um banho de sal grosso.

Em primeiro lugar, por ser um agente neutralizante, ele "limpa" o campo espiritual da pessoa de TODAS as energias, tanto as negativas e indesejadas, quanto as positivas e que nos dão proteção. Traduzindo: ao tomar um banho de sal grosso, você retira sim as energias negativas, mas tira também as suas proteção, pois já que ele é um neutralizante, ele não faz a distinção entre o que deve e o que não deve retirar.

Depois é preciso observar o modo como se toma esse banho: sempre do pescoço para baixo, nunca jogando na cabeça, evitando assim atingir os chacras coronal e frontal.

É preciso observar também a regularidade com que se faz esse banho. Não se deve abusar, pelas razões já descritas: evitar de neutralizar as energias positivas e protetoras. Evite fazer esse banho mais de uma ou duas vezes por mês.

Por fim, e talvez o mais importante, SEMPRE que fizer o banho de sal grosso, faça em seguida um banho de ervas, para repor as proteções neutralizadas por ele. Pode ser banho de alecrim e manjericão macerados (não fervidos), também do pescoço para baixo, feito sempre APÓS o sal grosso. O banho de sete ervas também é recomendado nessas situações.

Então, cuidado com aquilo que parece popular demais. Atrás de uma verdade popular podem existir perigos que desconhecemos. Use sim o banho de sal grosso, mas com parcimônia e da forma correta. Assim conseguirá se livrar daquilo que o incomoda e terá as proteções que necessita.

Douglas Fersan
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quinta-feira, 24 de março de 2016

Tenha uma páscoa doce... e transformadora - Douglas Fersan


Estamos no período da páscoa, palavra que deriva de "passagem". É o período da passagem de um estágio para o outro, do pior para o melhor, da escravidão para a liberdade, da sombra para luz, da ignorância para o conhecimento.
A páscoa é mais do que uma data comercial, é o momento de refletir sobre a condição e sobre as necessidades de mudanças internas. É preciso se transformar a cada dia, a cada hora, a cada minuto. Metamorfosear-se é preciso, senão a passagem por esse plano cármico seria inútil.
De nada adianta viver anos sobre a Terra e retornar à pátria espiritual com os mesmos ranços que o prendiam a esse plano. Aqui temos a oportunidade de depurar nossas falhas, de refletir sobre elas e fazer de cada instante vivido uma páscoa. Não torne sua existência um tempo inútil.
Tenha uma páscoa doce, mas acima de tudo transformadora.

Douglas Fersan
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quarta-feira, 23 de março de 2016

Como Deus rezaria o Pai Nosso?




COMO DEUS REZARIA O PAI NOSSO?

Meu filho

que estás na Terra,
preocupado, solitário, desorientado.
Eu conheço perfeitamente teu nome,
e o pronuncio santificando-o porque te amo.
Não. Não estás só, mas habitado por mim
e juntos construiremos este Reino,
do qual tu vais ser herdeiro.
Gosto que faças minha vontade,
porque minha vontade é que tu sejas feliz.
Conta sempre comigo e terás o pão para hoje.
Não te preocupes.
Só te peço que saibas compartilha -lo
com teus irmãos.
Sabes que perdôo todas tuas ofensas,
antes mesmo que as cometas,
por isso te peço que faças o mesmo
com os que a ti ofendem.
Para que nunca caias na tentação,
toma forte a minha mão e eu te livrarei do mal.
Te amo desde sempre.
Amém.
Teu Pai.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Almas ficam onde se encantam - Douglas Fersan




Não são poucas as vezes que nós, umbandistas, somos procurados por pessoas interessadas em realizar magias para o amor, ou melhor, as populares "amarrações".


A Umbanda não se nega a ajudar as pessoas a encontrar a sorte no amor, a felicidade que tanto buscamos para a realização de uma vida plena, ao lado de alguém que se ama. Pedir ajuda para ser feliz no amor não é errado e nem pecado, assim como também não é errado ajudar alguém a encontrar essa felicidade.


Entretanto não faltam aqueles oportunistas, mercadores da fé, que não hesitam em realizar esses trabalhos de amarração, extorquindo verdadeiras fortunas daqueles que os procuram. Ambos estão errados. O que suja o nome da Umbanda ao realizar esses trabalhos e aqueles que pagam por isso, pois ferem algo que há de mais sagrado: o livre arbítrio.


Caminhos de sucessivas infelicidades se traçam para ambos, pois a lei do retorno é fatal. Quem paga para satisfazer um capricho pessoal, muitas vezes egoísta e quem recebe para violar as leis divinas um dia responderão por isso. Esquecem que a espiritualidade está à nossa disposição, mas para a prática da caridade, da solidariedade e do bem. Burlar esse princípio certamente acarretará em danos moras e espirituais futuros.


Não caia nessa armadilha, num primeiro momento o "feitiço" pode funcionar, mas a lei divina com certeza é mais eficiente. Almas não foram criadas para serem amarradas. Elas ficam onde se encantam.






Douglas Fersan

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