sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Oração ao Pai Oxalá

Oração a Oxalá 

Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, encaminhamos até a sua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia.

Que a luz, a eterna luz que o senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a cabeça daqueles que a ti estão ligados numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces.

Oxalá nosso Pai, dai-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas cometidas, e com espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, vício, ódio e, maldade, na certeza de que com toda esta humildade alcançaremos o Senhor.
Pai Oxalá, sabeis que a razão humana é fraca, e pode enganar-nos, mas a verdadeira fé não pode ser enganada.

Obrigado Pai Oxalá por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos unidos, que o senhor nos escolha para sermos mais alguns dos vossos íntimos amigos.

Assim seja!


Originalmente publicado em www.ruadasflores.com

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ligue-se ao Orixá de forma consciente - Ricky Tavares




Muitas pessoas se sentem frustradas porque apesar de seus esforços espirituais continuam distantes de seus objetivos.
Algumas precisam lidar com depressões freqüentes e se sentem malsucedidas. Outras lidam com problemas contínuos de saúde. 
E há ainda as que se sentem terrivelmente solitárias.
Elas se perguntam o que estão fazendo de errado.

Simplesmente estão procurando uma solução rápida no lugar errado. 
Veja, nossas almas anseiam por se religar de novo com nossa fonte divina por saber que somente através da ligação com Luz de Olorun e dos Orixás nossos problemas físicos podem se resolver de forma permanente. 
E para que serve uma iniciação, senão para uma consciente correção. Quantos de nós vive no “piloto automático”, ai vai a um terreiro e acham que LÁ tudo vai se resolver.
Acham que com velas, banhos e ebós, tudo vai acontecer instantaneamente. ERRADO. Se não estivermos conscientes de quem somos, do que somos, do que somos feitos, do que temos que manter e o que temos que abandonar,nada que se faça terá valor, nem resultado.

A dificuldade aqui é que pais e mães de santo por aí, não falam sobre isso e alimentam esperanças mal focadas e vazias nas pessoas que frequentam suas casas, prometendo com trabalhos ou iniciação uma vida feliz e próspera para a pessoa, mas isso acontece primeiro de DENTRO PARA FORA.
Assim, perdemos o desejo, e buscamos soluções do 1% (mundo físico) para nos trazer felicidade. 
É por isso que digo, temos que por em nossa mente, nosso ORI o seguinte:
“Imploro a Olorun e aos meus Orixás que eu tenha uma real aproximação com o que é divino e assim eu tenha a capacidade para reconhecer o que é real e o que não é, em mim e a minha volta, pois só assim chegarei onde meu ORI E MEU ORIXÁ podem me levar.” Essa é a única forma de escaparmos de nossa ilusões.

Este é um dos desejos mais difíceis de se cultivar. 
Precisamos sempre lembrar que existe uma realidade mais elevada.
Precisamos continuar um processo de despertar; a se lembrar que este mundo é simplesmente um reflexo dos mundos superiores.
Desejar uma real ligação com os Orixás, se render e pedir por ajuda das profundezas do coração – é isto que acende a Luz, que nos conecta com nosso Criador, que permite que a correção aconteça.
O que isto quer dizer é que quando lidamos com nossos problemas no nível espiritual, a Luz prepara o caminho para que as coisas se resolvam da melhor forma possível no nível físico. 
Sendo assim, se estivermos passando por um divórcio, por exemplo, e lidarmos com o assunto primeiro no nível do 99%, de alguma forma encontraremos o advogado certo que não nos arrastará por tribunais por anos e anos, enquanto esvazia nossa conta bancária.
Ou se estivermos lidando com um bloqueio criativo, ao implorar ao Criador por um lampejo, de repente estaremos numa aula de matemática e o professor dirá alguma coisa que ativará uma virada criativa. 
Seja lá o que for, a Luz de seu Orixá encontrará uma maneira de chegar a nós. 

O ponto é: Neste ano que se aproxima, LIGUE-SE DE VEZ AO SEU ORIXÁ DE FORMA CONSCIENTE. 
Expanda o seu desejo. 
E lembre-se, assim como quando o aluno está pronto o mestre surgirá, da mesma forma, quando você desejar o auxílio do Criador, o Criador aparecerá.
Babá Ricky Tavares

domingo, 2 de dezembro de 2012

Festa a Iemanjá do Templo de Umbanda Lar de Preto Velho - 08/12/2012


   No dia 08 de dezembro de 2012, o Templo de Umbanda Lar de Preto Velho realizará a sua festa em homenagem á nossa Divina Mãe Iemanjá, agradecendo pelas conquistas do ano corrente e pedindo sua proteção e axé para 2013.  Os festejos terão início às 21 horas, na tenda número 100 da praia Agenor de Campos (próximo à plataforma de pesca), no município de Mongaguá, SP.

   O Templo de Umbanda Lar de Preto Velho foi criado em janeiro de 2011 a partir da união de um grupo de umbandistas que decidiu trilhar novos caminhos.  Bons e velhos amigos ficaram na lembrança, novos irmãos se juntaram, formando hoje essa família que se reúne periodicamente a fim de praticar a Umbanda em sua mais primitiva filosofia: a fé, a caridade e o amor.

   É com imenso prazer que, pela primeira vez, o grupo participa dos festejos a Iemanjá usando o seu próprio nome, devidamente reconhecido pela FUGABC.   Cada membro do grupo dedicou um pouco de seu tempo, do seu dinheiro e do seu trabalho para que a festa seja um sucesso.  Se depender da nossa fé e do axé da nossa Divina Mãe Iemanjá, teremos um novo ano cheio de prosperidade, saúde e realizações.


Salve a Umbanda Sagrada.
Salve o Templo de Umbanda Lar de Preto Velho e todos os seus médiuns, cambones e assistência.
Salve nosso Divina Mãe das Águas, que deu origem à vida e nos abençoa placidamente.
Salve Iemanjá - Odoyá nossa mãe.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tenha fé na Umbanda - por Alexandre Cumino



Se você que é Umbandista está pas­sando por dificuldades, lembre-se todos passam por dificuldades e não é por conta de ser adepto desta ou daquela religião e sim porque a vida tem algo para nos dizer, algo para se aprender dentro de nossas necessidades e mere­ci­mentos.

Procure dar um sentido a suas dores e frustrações. 
Tente olhar de fora e compreender melhor.

Medite, esvazie a mente, reze, converse com seus guias. Procure ir na natureza, veja como a vida é maior e mais preciosa que todas as dificuldades juntas.
Antes de sair cor­rendo para buscar receitas mágicas e mirabolantes da mão de pessoas que só tem interesse em rendi­mentos monetários a custo de sua dor e sofrimento, tenha fé na Umban­da.
Tenha fé em Deus e nos Orixás, agüente firme as difi­culdades que a vida nos dá,
busque com os Guias – Enti­dades/Espíritos – de Umbanda a melhor forma de passar por esta dor seja ela qual for. 

Alexandre Cumino

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

15 de novembro: dia nacional da Umbanda


O porque do 15 de Novembro como Dia Nacional da Umbanda
Segue um texto muito pertinente com o mês corrente  extraído de  ”A Umbanda Brasileira”, livro de José Fonseca  publicado em 1978 , depois de passar pelo Jornal ” Gira de Umbanda” em 1976.  É uma carta de esclarecimento  do  C.O.N.D.U.  sobre  a escolha do 15 de Novembro como dia nacional da Umbanda, bem como o seu significado para a religião e o movimento umbandista.
O Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda foi criado em 12 de Setembro de 1971 sendo o primeiro órgão umbandista de caráter nacional, que conseguiu agregar em sua reunião de 1976 , 25 federações de Umbanda de todo o país,  totalizando mais de 40.000 terreiros e tendas  representadas no evento, que teve entre as suas pautas,  a escolha do dia nacional da Umbanda.
É interessante observar no  texto o desconhecimento existente na década de 70 de grande parte do movimento umbandista da história  ocorrida em 1908 – bem como do próprio rito original, cujo estudo e análise ainda hoje é renegado pela grande maioria dos umbandistas –  os motivos da escolha do 15 de novembro pelo próprio Caboclo das  Sete Encruzilhadas para a sua manifestação e a anunciação da nova religião, as considerações feitas sobre o 13 de maio, como sendo a data mais apropriada para representar a Umbanda, o que representa a existência de uma grande associação na época, da origem da Umbanda, o seu surgimento, com as religiões e a cultura afro-brasileira. Posição ainda sustentada por grande parte das vertentes africanistas de Umbanda, que relutam em reconhecer fatos históricos;  a Umbanda como religião puramente brasileira, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade,  Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas como os fundadores e precursores da Umbanda.
Acredito que  é  um texto de certa importância e riqueza para os umbandistas;
Boa leitura!
Pedro Kritski.
Porque Milhões de brasileiros escolheram 15 de Novembro como o DIA NACIONAL DA UMBANDA
O CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO DA UMBANDA-C.O.N.D.U. – por intermédio de sua representante no Estado do Amazonas, a Cruzada Federativa Espírita de Umbanda,  tomou conhecimento do comentário da sessão “Umbanda – Quimbanda”  do jornal  “ A Notícia”,  de Manaus,  em 11 do corrente mês,  sob o título “Escolha Justa”,  no qual se lê que  “ a suposta escolha de 15 de novembro para ser considerado o Dia da Umbanda,  sugerida num encontro umbandista, no Rio de Janeiro, vinha decepcionando”… e que  “a data diz respeito à  Proclamação da República,  nada tendo a ver com a Umbanda, o que significa que foi sugerida por profanos,  por quem desejava apenas homenagear um centro”… ”Os umbandistas amazonenses disseram que o 13 de Maio,  data da libertação dos escravos é realmente a mais indicada”.
O C.O.N.D.U. esclarece que:
A data de 15 de Novembro foi proposta pelas entidades federativas do Rio de Janeiro, na I Convenção Anual deste Conselho,  da qual participaram 25 federações,  representando a maioria absoluta dos Estados;  e que não opuseram qualquer objeção à escolha.
Entre as datas sugeridas – 13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos –  e 22 de Novembro – dia de Araribóia –  venceu por unanimidade 15 de Novembro.  Nessa data,  em 1908,  manifestou-se pela primeira vez,  numa sessão da Federação Espírita,  em Niterói,  uma entidade que declarou trazer a missão de estabelecer um culto,  no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual,  organizado no plano astral do Brasil.  Na época,  esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas,  mas as suas mensagens eram recusadas,  por serem eles considerados atrasados,  tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam.
A entidade,  que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual,  deu o nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.
No dia seguinte,  verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos,  Zélio Fernandino de Moraes,  de tradicional família fluminense.  A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto,  que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de Umbanda,  cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual,  através de passes, desobsessões e curas de enfermos.
O templo,  que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funciona ainda hoje,  no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial ( Cabana de pai Antônio ) num sítio em Boca do Mato,  Cachoeiras de Macacu,  completando,  em Novembro próximo, 69 anos de atividade.
Prosseguindo a sua missão,  o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7 templos,  cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera,  às quintas-feiras à noite,  para esclarecimentos sobre a doutrina espírita,  o Evangelho e as normas ritualísticas da Umbanda.  Estas normas determinavam:  médiuns uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem palmas ritmadas;  preceitos baseados apenas em água,  amaci de ervas,  flores e pemba, atendimento totalmente gratuito,  não sendo admitido estabelecer nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma.  Os templos, organizados administrativamente,  mantinham-se pelas contribuições dos associados.
Milhares de templos,  em quase todos os Estados,  descendem desse grupo inicial,  conservando, em sua maioria,  a pureza da doutrina e da ritualística.  Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada,  de início,  Lei de Umbanda,  ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os Pretos-Velhos.
Justifica-se,  portanto,  a escolha da data de 15 de Novembro,  por não se prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas:  Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na Constituição da República,  em 1889,  o Estado deixou de ter uma religião oficial,  permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina,  se difundissem livremente.
(Jornal “Gira de Umbanda” 1976)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SOU UMBANDISTA, APENAS UMBANDISTA!!! ESTA É A MINHA VERDADE!!! - Por Alexandre Cumino


Não vemos católicos que são judeus, não vemos muçulmanos pentecostais, não vemos budistas jainistas.

No entanto vemos umbandistas que são candomblecistas, umbandistas católicos, umbandistas espíritas, umbandistas evangélicos e etc.

Muito curioso, praticar duas religiões que tenham fundamentos totalmente diversos.

Sou umbandista, apenas umbandista, pois a Umbanda me basta em todos os sentidos e expectativas.

Pertencer a uma religião é ter seus valores como valores de sentido para nossa vida. Viver com valores dissonantes é ter uma vida com caminhos dissonantes. Cada religião tem uma egrégora de energia própria, nem sempre as egrégoras se complementam, muitas vezes se chocam, por conta de seus valores e convicções diversos.

Pertencer a muitas religiões não é como fazer muitos cursos e pendurar seus diplomas na parede, cada religião chama, e algumas exigem, que seu adepto assuma seus valores em um caráter confessional, ou seja confissão de fé, aceitação de que alí está a sua verdade. Fica a pergunta: onde está sua verdade, onde está seu coração?

Pertencer a muitas religiões pode criar uma hipocrisia religiosa, num dia da semana você nega os valores que prega no outro dia da semana.

Multipla pertença religiosa tem sido usado como rótulo para dizer que é mais descolado, mais espiritualizado. O que não corresponde a verdade. O mais espiritualizado é aquele que vai mais fundo dentro de si mesmo para vencer suas dores e dificuldades e logo se torna um bem para todos... por se tornar alguém melhor, mais bacana, mais agradável.

Usamos palavras como humildade, paciência e desprendimento para rotular quem é mais espiritualizado e logo os interessados em ser mais espiritualizados vão forjando uma imagem de si mesmos, forjando uma máscara social de mocinhos e mocinhas da luz... este é o “ego espiritualizado”, uma hipocrisia espiritual.

Ser espiritualizado é ser você mesmo antes de tudo e tomar consciência da vida material, espiritual, mental e emocional tudo junto. Mesmo porque, querer ser espiritual, negando o corpo e a mente é um erro cometido por religiões repressoras que prometiam o céu a quem nega-se tudo que existe no mundo.

Mesmo nos dedicando muito a uma única religião, ainda assim não é fácil ter um aprofundamento da mesma em nossa alma e espírito... o que dirá praticando muitas... Não se consegue ter profundidade em nenhuma, fica sendo algo superficial. Nos enchemos de coisas e elementos externos para tentar tapar um buraco existencial, nossos medos e fraquezas.

Existem muitas religiões porque existem muitas formas diferentes de entrar em contato com o sagrado, com o divino, e cada grupo de pessoas se identifica de uma forma, ou cria uma nova forma de sentir e expressar sua espiritualidade.

A Umbanda por se tratar de uma religião nova, que nasceu no mundo moderno e se desenvolve no mundo pós-moderno e contemporâneo é muito moderna, inovadora, aberta, evolucionista e inclusiva. A Umbanda nos oferece uma quantidade infinita e inesgotável de recursos. A incorporação e o passe mediúnico são apenas dois dos inesgotáveis recursos da religião. O fato é que subestimamos a Umbanda e muitos na primeira dificuldade procura uma outra religião ou o sacerdote de outra religião para lhe orientar e este vai lhe cuidar segundo fundamentos de outra religião. O correto era ter paciência e confiar em seus guias de Umbanda. Se aprofundar e buscar respostas no lugar onde mora a sua verdade. Descobrir que a Umbanda tem fundamentos e recursos que vão se abrindo e se apresentando de acordo com nossas necessidades. Ao longo de muitos anos vários recursos vão se abrindo dentro da religião, muitos mistérios se descortinam, mas primeiro é preciso aprender o básico.

O que é Umbanda?
Qual é a minha religião?
Quais seus fundamentos básicos?
Qual o por quê de cada gesto ritual, de sua liturgia?
Qual é a sua magia, por que tantos elementos?

Dentro da umbanda existe um ambiente mais interno de iniciações na força dos Orixás, existe uma apresentação formal de muitas linhas de trabalho (caboclos, pretos velhos... etc) que se apresentam a quem queira se aprofundar no conhecimento sacerdotal....

Por isso e muito mais estudamos Teologia de Umbanda Sagrada e Sacerdócio de Umbanda Sagrada....

Porque queremos mais, muito mais, da NOSSA RELIGIÃO, da religião de UMBANDA. Queremos muito mas muito mais mesmo que apenas ir ao terreiro uma vez por semana “fazer nossa obrigação” ou “fazer a caridade”. Tudo rotulado, bonitinho, mecanicamente autômato... estamos e continuamos comprando um pedaço do céu agora chamado Aruanda.

Muitos continuam católicos, no inconsciente, continuam espíritas, continuam com velhos paradigmas... e perdem a oportunidade de ir mais fundo na Umbanda, estão presos na margem, na superfície, no raso...

Vamos fundo na Umbanda, com a Umbanda e para a Umbanda...

EU SOU... UMBANDISTA... ALEXANDRE CUMINO

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Oxum é a mãe das águas doces - Babalorixá Newton de Almeida




Num dia qualquer de minha vida, sem real porquê, sentado numa pedra, fiquei a contemplar as cascatas que despreocupadamente deixavam suas águas rolarem num torvelinho cristalino e invejei a natureza por ser dádiva divina.  Foi então que se fez presente uma forma de mulher, uma figura bela, de olhar tranquilo e profundo, como o mais profundo lago.  Vestida de azul com reflexos celestiais, ela se aproximou de mim, dizendo que a cachoeira que eu estava ali a admirar nada mais era que o véu puro que encortinava sua morada.

Chorei de emoção ao ouvir sua voz.  Ela, porém, num gesto muito terno, ofereceu-me a ponta de seu manto para que eu enxugasse meu pranto.  Sem ousar olhá-la, beijei-lhe com gratidão a fímbria de sua veste e nessa humildade encontrei a minha verdade.

Fui banhado então, não pelas águas da cachoeira, mas com pétalas de rosas que, com seus fluídos, fizeram-me renascer para a vida e para o amor, extirpando do meu ser todas as amarguras, fazendo-me ver nas desventuras apenas sombras fenecidas.  Flamejante, senti a força de sua luz que iluminou um novo caminho, um caminho melhor, sem mágoas e sem espinhos, que para gáudio meu, era um tapete florido de minha existência, que percorria compassos seguros, sem temer, guiado por sua mão.  Repentinamente a bruma da incerteza se esvaiu, dando passagem a uma visão futura, com a qual fiquei atônico, ao ver a mim mesmo.

Uma concha dourado entreabria-se, deixando que eu entrasse nela; atrás de mim restavam apenas folhas caídas de um passado outono.  Elas cobriam todos os dissabores, a inveja, a calúnia e até as pessoas que foram falsas amigas.  À minha frente estava ela, tão divina, tão graciosa na leveza de seus encantos.  Foi então que ao encontrá-la, Mamãe Oxum, encontrei a mim mesmo, pois dentro do meu ser somente existe lugar para o amor e a harmonia.

E mais uma vez bendigo tê-la achado, minha mãe, Divina Oxum.


Babalorixá Newton de Almeida

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A origem do Ogan - Autor desconhecido



Num tempo muito distante, o orun (ceu) era lugar de grandes festas. Os orixás (protetores de cabeças) lá se reuniam para celebrar a vida. Exu era o grande animador daquelas festas porque era ele quem tocava os tambores e 
que entoava as mais belas e alegres cantigas. E ele ficava todo prosa por exercer tal função. Certo dia, entendendo que estava difícil conversar ao mesmo tempo em que o som dos tambores ecoavam, os orixás pediram para Exu que parasse com aquela cantoria e toques. E assim se deu: Exu deixou de tocar e cantar nas festas.


 Sem muita demora, os orixás perceberam que festa sem tambores e sem cantoria, não era festa. Eles se reuniram novamente e decidiram pedir para que Exu voltasse com toda a animação. Mas ele não aceitou: estava profundamente magoado com o pedido do grupo, uma vez que ele desempenhava tais atividades com tanto fervor e o impediram de continuar. Os orixás insistiram bastante até que Exu disse: “Perdi totalmente a vontade de cantar e tocar para vocês, mas vou passar a tarefa para a primeira pessoa que se colocar na minha frente”.


 E assim aconteceu. Ogan, um jovem rapaz caminhou na direção de Exu. Exu olhou para ele e o escolheu para inicia-lo na arte dos cânticos e toques em louvor aos orixás. Ogan, prontamente aceitou o convite de Exu, era rapaz esforçado e que queria aprender.


 Tão bem Exu o ensinou Ogan e Ogan tão bem aprendeu a animar as festas dos orixás que em sua homenagem, Exu estabeleceu que todo o homem responsável por animar as festas dos orixás deveria receber o cargo de Ogan.





Autor desconhecido.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

07 de Outubro - Eleições 2012: dia de consciência e responsabilidade (Pai Ronaldo Linares)

               "07 de outubro -  Eleições 2.102"
 é dia de:
Consciência e Responsabilidade

            No dia 20 de setembro estive no evento promovido pela Mãe Maria Emília Campi:

Tocando tambor a gente se entende!

um encontro entre amigos com a presença de Sacerdotes, Ogãs e Mestres de Curimbas.

""Tambor é a forma mais antiga de comunicação entre os homens e a Ancestralidade."

            Entre os presentes estavam Pai Élcio de Oxalá, o Mestre Robson do Gantois, o vereador de SBC Tunico Vieira, além de nossos amigos Babalorixás, Ialorixás, Ogãs, Equedes, Chefes de Terreiros e Sacerdotes da Umbanda e Candomblé formando um grupo de aproximadamente 300 pessoas.

            Terminadas as demonstrações de capoeiras e as homenagens às lideranças presentes, houve uma animada confraternização entre os vários tipos de toques de atabaques que ali estavam.

            Em seguida, Pai Ronaldo Linares e Pai Élcio tomaram a palavra para evidenciar a importância do apoio à candidatura de Mãe Maria Emília, ressaltando a sua personalidade forte e guerreira, seu caráter e sua história de vida sempre lutando em defesa da Umbanda e do Candomblé.  Mãe Maria Emília há muito professa nossa religião tem sua Casa aberta a mais de vinte anos.  Desta forma, ela conhece muito bem as necessidades dos praticantes da religião.

            Entre os ditos populares que conhecemos sempre nos lembramos dos mais usados, por exemplo:
                        >> em  briga de marido e mulher não se mete a colher;
                        >> quem casa quer casa;
                        >> gato escaldado tem medo de água fria;
                        >> política e religião não se misturam;
                                              
            Pois bem, até hoje esses assuntos não se misturavam  mesmo, mas, não me lembro de ter visto em outra época, tanta associação de dois temas tão distintos como política (ciência da organização, direção e administração de Estados, Cidades, etc.) com religião (conjunto de sistemas culturais e crenças que ligam a humanidade com a espiritualidade).    Me parece que há uma corrida às Câmaras com o intuito de resolver problemas de determinados grupos religiosos em detrimento de outros.  Misturar política e religião nunca me agradou porque as coisas da espiritualidade não podem nem devem ser resolvidas em mesas de reuniões através de trocas de favores e bens materiais.

            Por muito tempo relutei em me envolver nessas disputas.  Procurei sempre tratar cada assunto em seu contexto, sem deixar que eles se misturassem de forma prejudicial.  Todas as vezes que me envolvi com política foi para conseguir algo para a religião, e sempre fiz questão de mostrar a todos e deixar bem claro quem nos ajudou nessa trajetória religiosa e por quais benefícios foram responsáveis.
            Só que agora percebo que alguns líderes religiosos preconceituosos, que sempre nos trataram como desiguais estão cada vez mais em cargos públicos, legislando a seu favor e da sua religião, e não para a população, como deveriam fazer.

            É por isso que estou dando esse depoimento em favor da Mãe Maria Emília, candidata à Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, bem como ao meu filho de fé Nilo Massone, candidato à Câmara Municipal de Atibaia, porque são pessoas idôneas, honestas, sem máculas em suas histórias de vida.

            Mãe Maria Emília é Assistente Social, pós-graduada em Administração em Projetos Sociais/ Gestão de Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão Social.  Atualmente atua nos programas da SEDESC (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cultural de S. Bernardo do Campo) e foi a responsável pela implantação do serviço de Geração de Renda na Terceira Idade e é atendente no Centro de Referência a Pessoa com Deficiência, onde atende, encaminha e defende os direitos da Pessoa com Deficiência com seriedade e respeito.

            A Umbanda e o Candomblé necessitam ter dentro das Câmaras pessoas íntegras e dispostas a lutar para que não sejamos, além de vítimas de preconceitos religiosos dentro de nossos Templos (não raramente invadidos), execrados também nos discursos das casas legislativas sem que alguém possa nos defender no mesmo tom.

            Por isso tudo, meus amigos, filhos de fé, Chefes de Terreiros, frequentadores do SANU e da Casa de Pai Benedito, alunos, filiados e  simpatizantes das religiões de origens africanas peço que deem um voto de confiança aos que se propõem, mais do que nos defender, a lutar para que nossa voz não emudeça, nossa bandeira não deixe de tremular e  nossos atabaques nunca se calem.

Mãe Maria Emília: Vereadora (São Bernardo do Campo) - 15.999
Nilo Massone: Vereador (Atibaia) - 40.007

Pai Ronaldo Linares

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A cachorrinha de Chico Xavier (Boneca)


A CACHORRINHA DE CHICO XAVIER (BONECA)


Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo.

Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.
O Chico então dizia: - Ah, Boneca, estou com muitas pulgas!

Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho.

Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas.

Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.

A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta.

A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra.

Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
- Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.

A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: "Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!"

Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu:
- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta.

É, Boneca está aqui, sim e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis.

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.

Por isso, quem maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.

sábado, 15 de setembro de 2012

Apologia à Ignorância na Umbanda


Pra Refletir...

Não participo de mais nenhuma comunidade Umbandista ou Espírita nem no Orkut ou em outro local a não ser esta como também não tenho curiosidade de ficar visitando outras comunidades porém, volta meia , recebo via email trechos de várias comunidades, sites, blogs e similares acompanhados de comentários ora divertidos, ora desanimados, ora irritados, ora assombrados . A mudança de humores das pessoas amigas que enviam variam de acordo com o tema . Este que comentarei foram vários , em dias diferentes, de locais diferentes acompanhados de todas as variações , de divertidos à estupefatos .

Óbvio que não citarei as fontes dos trechos pois vou comentar sobre fatos; As origens e seus personagens são de importância insignificante e dar publicidade aos fatos não é o mesmo que dar notoriedade à locais e personagens que quanto menos aparecem , melhor. Também deixo claro que não fui citado (já que sou tão desconhecido para eles como eles são para mim) portanto comento de forma neutra e impessoal.

Corre “à larga” nestas muitas comunidades, sites e blogs uma campanha cujo cerne é a apologia à ignorância dos Umbandistas.

Auto proclamados PDS e MDS postam minimizando e até ridicularizando o estudo sério acerca do plano espiritual, da Umbanda, da mediunidade e todo e qualquer tema que seja ligado à área religiosa .

Iniciam sempre dizendo uma verdade incontestável que “Umbanda se aprende nos Templos e junto aos Guias” para em seguida criticarem quem estuda as obras da Codificação, as obras pós Codificação (Leon Denis, Flamarion, etc), as obras de Chico e de quebra sobra até para Ramatís, Robson Pinheiro, Sarraceni e Matta e Silva. (Não que eu ache que os últimos sejam a “fina flor do conhecimento válido” mas muitos que desejam estudar precisam começar de algum ponto. O tempo dá o discernimento).

Isto é chamado de sofisma : “argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa”.

Seguem em tais criticas dizendo que quem estuda, quem busca explicações lógicas e coerentes nas manifestações e nos Templos na realidade nada conhecem da Umbanda, que possuem muita teoria que presta para o “Kardecismo” que é “frio”(???) mas não sabem nada de prática. Geralmente finalizam mostrando a importância dos PDS e MDS os quais tem as respostas corretas para qualquer dúvida dos ‘filhos” pois aprenderam diretamente com seus “Guias”.

Tudo isto temperado com as benditas frases:

1) A Espiritualidade tem muitos mistérios

2) Nada sabemos acerca da Espiritualidade

3) Ninguém é dono da verdade

4) Quem escreveu livros é tão falho como qualquer um.(misturando aqui Kardec, Denis com Sarraceni e Mata e Silva)

5) Quem psicografa pode colocar muita coisa da cabeça.(misturando aqui Chico com Hercílio Maes e Robson)

6) Umbanda é totalmente diferente do “Kardecismo”( tirando o bendito Kardecismo, concordo plenamente)

7) A Espiritualidade da Umbanda é totalmente diferente do “Kardecismo”( aqui não salvou nada).

Além disto sobram adjetivações onde quem estuda acaba virando dono da verdade, presunçoso, prepotente ,etc.

Afirmam que quem busca a Umbanda não quer saber de aprender nada, apenas ter seus problemas resolvidos ( triste ver que uma magnífica escola virou uma repartição pública na visão destes que devem pensar que Jesus quando passou ela Terra só tratou de resolver problemas dos outros).

Por fim geralmente terminam dizendo: “ Estudo é bom sim maaaaasssssssssssss........”

É !!! Que ponto chega a esperteza e a tentativa desesperada para a manutenção do “status quo” de manter médiuns na ignorância para não perder o “brilho” do cargo, para não ter afetadas suas conveniências pessoais e financeiras.

Na realidade médiuns na ignorância vão sempre “comer nas mãos” destes espertalhões pois sem um mínimo de conhecimento necessário e desmotivados à terem interesse buscar respostas em literaturas sérias jamais irão comparar as respostas destes marmoteiros e de seus supostos guias aceitando-as como verdadeiras e únicas.

Marmoteiros são assim, posam de saberetas e quando a pergunta aperta dizem que a resposta é mironga, de poderosos pois possuem “guias” que fazem e desfazem até o que Deus dúvida, se vestem como noiva em dia de casamento com quilos de colares no pescoço para quem entrar no local saberem perfeitamente quem manda porém cobram humildade e abandono da vaidade, falam de moral e caridade porque o discurso fica bonito, dá ares de iluminação e evita perguntas incômodas .

Embasam sempre suas respostas em experiências pessoais sem qualquer meio de comprovação a não ser a palavra deles mesmo; E como não poderia faltar, a frase “respeito à todas as formas de culto porque se estão aí é por vontade de Deus” (e tome saci, caipora, gnomo, ET , pombagira arrepiada ,exu caveira do forno crematório incorporando. Boiadeiros descendo ao som de Chitãozinho e Xororó, guias atendendo celular, etc. As drogas também estão aí, os assassinatos, a corrupção, a prostituição infantil; Também é vontade de Deus e por achar assim devemos respeitar??)

Já diz o ditado: “Quem sabe as letras reza a missa mal ou bem; Quem da missa não sabe o terço só resta dizer amém”.

Considero uma atitude criminosa desestimular, diminuir a importância e mesmo ridicularizar o estudo, a busca racional do conhecimento espiritual.

Duvido que algum destes marmoteiros iriam aconselhar ou mesmo dizer que não tem a mínima importância estudar para seus filhos de sangue. Sem estudo aqui na Terra as consequências podem ser bem ruins materialmente falando. Agora estudo espiritual vai atrapalhar seus interesses. E os médiuns??? Nem se preocupam porque a maioria destas pessoas na realidade não acreditam nem nelas . Importante é o que podem conseguir de vantagens: trocar de carro, comprar uma casa .

Infelizmente a Umbanda virou meio de vida e/ou um meio de ser o centro das atenções para diminuir o complexo de inferioridade e a baixa estima para muitos.

Qualquer pessoa que queira se tornar um Umbandista de fato, honesto e comprometido com a Umbanda e a Espiritualidade tem a obrigação de estudar sim.

A coisa acaba funcionando mais ou menos assim:

- Estudando adquire bons argumentos(base sólida) e também surgem dúvidas.

- Vai junto aos Guias e expõe as dúvidas. Tendo bons argumentos a conversa flui e vai longe.

- Em casa pensa e repensa as respostas recebidas . Compara as respostas com o que está estudando.

- Analise se as respostas são lógicas. Observe se as respostas são coerentes com as obras literárias sérias e confiáveis, com as Leis Universais e Morais.

Isto é estudar, isto é pesquisar, isto é aplicar um mínimo de metodologia científica, isto é ser racional, isto é buscar evoluir.

Ahhhh, mas o importante é fazer a caridade!!! É importante sim e já estamos carecas de saber disso .Não existe uma única bendita alma que esteja na Umbanda ou fora dela que não saiba disto( salvo as mentes tacanhas em questões espirituais), portanto ficar batendo nesta tecla como desculpa para deixar os estudos em segundo plano é estar se fazendo de bobo e achar que esta fazendo de bobo os outros também. Na realidade mais se fala sobre caridade do que realmente a pratica.

Ahhhh, mas as pessoas querem é ter seus problemas resolvidos!!!! Verdade. Quem não quer?? Só que 90% dos problemas tem origem na ignorância espiritual que produz reflexos na vida material. Caridade está no ensinar à pescar ou seja esclarecer tais pessoas da real origem dos problemas e como evitar que ele retornem sem que necessariamente elas tenham que assumir o compromisso de frequentar o Templo.

Ahhhh, mas a prática é tudo!!!!! Mas a prática é de quem, do médium ou do Guia? Quem que vai aconselhar, quem vai resolver o que tenha e possa ser resolvido, o médium ou o Guia? A prática nossa é fora dos Templos dando bons exemplo,falando o mínimo de asneiras e aí sim, praticando a caridade da melhor forma que puder e não dentro do Templo onde quem pratica a caridade é o Guia e muitos sobem na caixinha de fósforos ,estufa o peito e diz: “Fui(ou vou) ao Templo prestar a caridade”.

Coitado do Guia! Rala décadas e décadas estudando, se preparando para poder incorporar e auxiliar quem pode (e merece) e justo seu médium sobe nas suas costas, se joga confetes e arrota “poder” sendo que na realidade não sabe nem o be-a-ba espiritual porque ou é um relapso, um aproveitador ou pessoa que (até de bom coração mas crente) resolveu seguir os conselhos de marmotas dando à eles o seu pescoço para estes colocarem a canga.

Nos Templos Umbandistas de fato, sérios e honestos, os Guias de A a Z , de Caboclos a Exus enaltecem o valor dos estudos, aconselham e induzem médiuns e consulentes ao hábito sadio da leitura edificante não impondo barreiras seletivas mas sempre com uso de lógica, coerência e discernimento.

Estão sempre solícitos a responder nossas perguntas e jamais se aborrecem por isso (mesmo que as perguntas girem em torno da infantilidade do tipo “sonhei com isso, o que é”).

Instruir é a maior missão dos verdadeiros Guias da Umbanda, resolver problemas é apenas uma das muitas consequências de sua missão. Enquanto nós temos uma visão da caridade que tende para o assistencialismo, a visão dos verdadeiros Guias da Umbanda tendem para a misericórdia, compaixão e solidariedade.

Falemos um sonoro NÃO a esta apologia à ignorância acerca da Espiritualidade.

Escrito por Centro Espiritualista de Umbanda Esperança