domingo, 23 de setembro de 2018

Mediunidade na infância: como agir?




Uma pessoa é considerada médium quando se comunica de forma clara com os espíritos. A mediunidade pode ocorrer através de uma intuição, visão, fala, audição ou pela psicografia de textos ditados por espíritos. Não há idade específica para o princípio destas ocorrências. Mas, existem relatos de algumas pessoas sobre como acontece o início da mediunidade na infância.

OS PRIMEIROS SINAIS DE MEDIUNIDADE
As comunicações com espíritos tendem a aumentar assim que a criança começa a falar. Ver e ouvir costumam ser as primeiras interações dos pequenos, que podem acontecer ao mesmo tempo. Na maior parte dos casos, as crianças não têm medo daquela presença e não conseguem entender como os pais não veem o que eles estão enxergando. Como nesta fase eles ainda não entendem o conceito de morte, encaram com ingenuidade aquela companhia.

OS FANTASMAS DO BEM
As crianças que manifestam mediunidade costumam ter contatos positivos. Eles podem enxergar espíritos protetores e amigos de vidas anteriores. Por isso, é comum ver bebês rindo sem motivo. Também ocorre a visita de parentes desencarnados e de espíritos que assumem uma fisionomia infantil, para ter a amizade das crianças com facilidade.

MEMÓRIAS PASSADAS
Algumas pessoas que nascem com a mediunidade aflorada, conseguem ter lembranças de vidas passadas e em alguns casos até rejeitam a família atual. Segundo o filósofo francês, Léon Denis, que é seguidor da doutrina espírita, as crianças médiuns podem ser grandes mentes do futuro. Ele acredita que os espíritos podem manipular para que estas pessoas sejam verdadeiros gênios amanhã.

OS AMIGOS IMAGINÁRIOS
De acordo com pesquisas, três em cada dez crianças falam sobre um amigo invisível. Isso quer dizer que todas elas são médium? Não necessariamente. Segundo Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, não existe uma forma exata de constatar que uma criança possui mediunidade. O aconselhável é que os pais estejam sempre por perto e observem o comportamento dos filhos, proporcionando todo o apoio necessário.

ALGUMAS DICAS PARA OS PAIS
O primeiro conselho é encarar tudo com naturalidade. Crianças médiuns são saudáveis e não possuem sinais de depressão ou apatia. Veja um manual prático rápido abaixo:
– Tentem conversar com os filhos sobre o assunto sem demonstrar espanto. Esta é uma forma de conseguir mais informações a respeito das ocorrências;
– Nunca acuse a criança de estar mentindo. Isso pode fazer o pequeno negar sua mediunidade e acreditar que está com problemas psicológicos. Também não é interessante incentivar em excesso essa habilidade, para não a fazer se desinteressar pelo mundo físico;
– Procure apoio num centro espírita de confiança ou com um psicólogo. Apesar da Psicologia não acreditar na mediunidade, psicólogos consideram normal a presença de amigos imaginários na infância. Um acompanhamento pode ajudar seu filho a passar por isso sem problemas.










quinta-feira, 14 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda. 15: tenha paciência com os mais novos e respeito pelos mais velhos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

15. Tenha paciência com os novos e respeito pelos mais velhos.
Nunca duvide do potencial de alguém. Muitas vezes, quando um médium jovem começa seu desenvolvimento num templo de Umbanda, outros costumam torcer o nariz e se esquecem que um dia já estiveram nessa condição. Todos um dia começaram... somos todos eternos aprendizes.

Por outro lado é comum (ainda mais em tempos de internet, que facilita o acesso a informações - nem sempre confiáveis) vermos o conhecimento dos mais velhos (e experientes) ser menosprezado ou colocado em dúvida. Não podemos esquecer que a maior faculdade de Umbanda é o terreiro e os maiores mestres são os pretos velhos, caboclos, exus... De nada valem cursos, faculdades, ter dado duas, três ou quatro obrigações aos orixás... Nada disso equivale à experiência, e isso só se adquire com o tempo, que nem todos têm paciência para respeitar.

Então nunca esqueça: todos são importantes dentro de um ritual de Umbanda. Jovens que desenvolverão sua potencialidade e os mais velhos, que transmitirão seu conhecimento. A vida é uma eterna escola.

Douglas Fersan

quarta-feira, 13 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda: 14 - ouça mais e fale menos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

14. Fale menos e escute mais.
Somos todos meros aprendizes e se estamos em um templo espiritualista é porque os espíritos que ali se manifestam sabem mais que nós. Os mais antigos na religião também, portanto é fundamental manter os ouvidos abertos aos ensinamentos e às experiências que eles podem nos transmitir.

Dizem os antigos que "quem fala demais dá bom dia a cavalo", ou seja, acaba falando besteira, perdendo a grande oportunidade de ficar calado. Quem fala demais fala o que não deve, fala dos outros, é maledicente, inconsequente e se torna desagradável. Quem fala demais é porque cuida demais do comportamento e da vida dos outros e, por consequência, deixa de fazer a sua parte.

Não deixe de falar o que é necessário, mas antes avalie se realmente aquilo é necessário, senão você acabará caindo em descrédito, pois é isso que fatalmente acontece com quem fala demais. E quem fala de um, fala todos.

Os antigos também diziam que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca justamente para ouvirmos mais e falarmos menos. Sábios esses antigos...

Douglas Fersan

terça-feira, 12 de junho de 2018

15 dias de como se portar na Umbanda. 13: não apresse os acontecimentos - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

13. Não apresse os acontecimentos. Tudo acontece no tempo certo.
A maioria das pessoas que entra para a corrente de Umbanda é tomada por um certo fascínio, o que é perfeitamente compreensível, afinal ver a dança dos orixás, ouvir as entidades cantando seus pontos, o som dos atabaques é algo indescritível e só quem está dentro de um templo de Umbanda compreende.

Assim, os novatos na Umbanda ficam ávidos pelos acontecimentos. Querem a todo custo desenvolver a sua mediunidade, querem dar passagem aos seus guias, querem fazer obrigações, amacis, e tudo mais que faz parte do ritual.

Mas na Umbanda não existe curso supletivo. Tudo é fruto de caminhada passo a passo, sem atalhos. É preciso paciência e resignação para vivenciar cada passo da caminhada do desenvolvimento. Primeiro sentir apenas alguns arrepios, depois a vibração das entidades e todo o processo até que elas tenham firmeza para estar realmente em terra e realizar seus trabalhos.

De nada adianta querer fazer obrigações a esse ou aquele orixá. É preciso antes de tudo estar preparado para fazê-las, pois é uma questão de responsabilidade, conhecimento e firmeza.

Cai em grave erro o médium que força a situação e coloca a carroça na frente dos bois. Assim ele estará impedindo que a mediunidade realmente se manifeste e estará "furando a fila", impedindo que seus guias consigam realmente ter o controle da situação.

A Umbanda é uma escola e as conquistas vêm de degrau em degrau. E subir respeitosamente os degraus nos torna mais fortes, sábios, competentes e responsáveis.

Douglas Fersan

segunda-feira, 11 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda: 12 - Acate as regras do terreiro - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

12. Acate as regras do terreiro. Elas são fruto de um trabalho construído.
Lembre-se que quando você chegou ao terreiro ele já existia e as regras que o regem também. Elas são fruto de um trabalho construído ao longo de anos, a partir das necessidades percebidas pelos dirigentes e pelas entidades da casa. Cada vertente umbandista (e existem várias) segue uma tradição, portanto não tente impor ou subverter uma tradição que é nova para você. Se em outro terreiro você praticava os rituais de uma forma diferente, lembre que você estava em OUTRO terreiro.

Você não é o dono da verdade e nem o juiz das situações. Muitas vezes não concorda com determinada regra ou forma de trabalho, mas ela foi instaurada a partir da observação atenta de quem já trabalhava na casa antes de você. Se não concorda ou não entende, procure o dirigente e pergunte, mas não tente ser o revolucionário tentando levantar bandeiras que irão subverter o que já existia antes e que provavelmente você não sabe a razão. Se essas regras e esses costumes existem é porque são necessários para o bom funcionamento dos trabalho.

E mais importante ainda: JAMAIS USE O NOME DAS SUAS ENTIDADES para dizer que essa ou aquela regra está errada. Errado está você ao não compreender que quando suas entidades aceitaram trabalhar naquela casa, automaticamente elas já aceitaram as regras que haviam lá. Ao usar o nome das entidades para dizer o que você não teve coragem de dizer à paisana, você cai num duplo erro: o da insubordinação e o da mistificação. Então, se tiver que falar, fale por você, diga que VOCÊ não concorda, mas tenha fundamentos, argumentos sólidos e não esqueça que as regras já existiam quando você chegou lá e ao entrar, automaticamente você as aceitou.

Douglas Fersan

domingo, 10 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 11: Use menos o "eu" e mais o "nós" - por Douglas Fersan




11. Use menos o "Eu" e use mais o "NÓS".
Não se iluda. Sozinho você não abre uma gira de Umbanda. Sozinho você não dá passes, sozinho você não tem mironga e nem axé.


Sabe por que não? Porque sozinho você é apenas o médium, o instrumento, a ferramenta. Além dos seus irmãos encarnados, que fortalecem e fazem funcionar uma gira de Umbanda, você precisa dos orixás e dos seus guias (mentores), e sem eles você não é nada. Você não é um mago, um super-médium e nem nada disso.

Você é importante dentro dos trabalhos. Mas não é único e nem insubstituível, então pare de alimentar seu ego com falsas crenças num potencial ou num super-poder que provavelmente você não tem. Você terá sim, muita força para ajudar as pessoas, mas desde que tenha todos os seus irmãos fortalecendo a corrente, os guardiões dando a devida proteção, os orixás emanando as radiações necessárias e as entidades para falar através do seu aparelho. Senão, você será só o aparelho... desligado. Só isso.

Então pare de falar que fulano foi ao terreiro por causa do "seu" baiano ou do "seu" caboclo ou do "seu" preto velho. Eles não são seus. Você que é um mero instrumento para a prática da caridade. E só será um instrumento eficiente se estiver de coração e espírito puro e estar puro inclui lavar-se do ego também.

Então, se quer ser um bom trabalhador de Umbanda, pare com o estrelismo. Não precisamos disso. Deixe seu ego em casa, de preferência trancado num baú a sete chave e passe a usar o "NÓS" no lugar do "EU". Afinal, já diziam os antigos, que uma andorinha só não faz verão... imagina uma gira de Umbanda então.

Douglas Fersan

sábado, 9 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 10: cuide da linguagem e dos assuntos abordados no templo - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:


10. Cuide da linguagem usada e dos assuntos abordados dentro do templo.
O templo de Umbanda é nossa igreja, e assim sendo, merece todo nosso respeito. Não é um ambiente qualquer, não é um ambiente mundano e não deve ser profanado com palavras e assuntos inadequados.


Entendemos perfeitamente que além de ser a nossa igreja, é também o local onde encontramos nossos amigos, muitos dos quais só os vemos ali e só ali temos a oportunidade de conversar. No entanto, o respeito ao sagrado deve ser maior... sempre.


A palavra tem poder, isso é fato aceito por praticamente todas as correntes espiritualistas. Portanto, palavras de baixo calão não contribuirão em nada para o bom andamento dos trabalhos espirituais. Ao contrário disso, servirão para dispersar a atenção e até mesmo os seres iluminados que se fazem presentes e primam pelo ambiente respeitoso.


Pior ainda é quando além de palavras chulas, os assuntos abordados são de mau gosto ou má intenção. Fofocas, comentários maliciosos, abordagens deselegantes, piadas de mau gosto, maledicência... nada disso combina com o ambiente espiritualista e com certeza dão forças àqueles que querem encontrar uma fragilidade para quebrar a corrente.


Portanto, cuide de seus atos e pensamentos, mas cuide também de suas palavras. Elas possuem mais poder do que você imagina e portando-se de maneira adequada, você estará contribuindo com os trabalhos mais do que imagina.


Douglas Fersan

15 dicas de como se portar na Umbanda - 09: seja você mesmo - por Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

09. Não imite as atitudes de seus irmãos-de-fé e de suas entidades. Seja você mesmo.
É muito comum, principalmente aos iniciantes na Umbanda, admirar um ou outro médium e suas entidades. É comum (e compreensível) também o desejo de ser como eles, afinal bons exemplos devem ser seguidos. No entanto, se olharmos nossas mãos, veremos que os dedos são todos diferentes, embora igualmente úteis e necessários.

Se um determinado médium, ao incorporar seu caboclo, usa um penacho na cabeça, não significa que você deve fazer o mesmo. Se ele faz isso (em se tratando de um médium sério), é porque aquele penacho possui algum fundamento e é, portanto, uma ferramenta de trabalho dele. Se você, em sua admiração e deslumbre, fizer o mesmo ao incorporar seu caboclo, certamente o fará sem utilidade alguma, pois provavelmente seu caboclo não precisa de um instrumento de trabalho igual ao do outro.

Ou pior: provavelmente (e isso é mais frequente), você estará tomando a frente da entidade. Pois pediu um apetrecho de trabalho desnecessário, por pura vaidade e se é que havia um caboclo com você, ele se afastará.

O mesmo ocorre com postura. Não é porque um exu, ao se manifestar, solta uma gargalhada, que todos devem fazer o mesmo, transformado uma gira que deveria ser séria, em uma disputa de gargalhadas, como se a entidade mais barulhenta fosse a mais habilitada e competente.

Mais habilitado e competente é o médium que se entrega sobriamente aos seus trabalhos, sem necessidade de espetáculos e sem querer imitar ninguém - nem encarnados ou desencarnados. É aquele que deixa que a entidade tome conta da situação e guarda sua vaidade no íntimo do seu ser, entendendo que a entidade possui a sua personalidade e suas admirações pessoas e sua vaidade jamais devem interferir na manifestação dos espíritos que se manifestam para praticar a caridade.

Agindo assim, com sobriedade, você estará contribuindo para que suas entidades ganhem força e credibilidade. Para que sejam elas mesmas e que você comece a construir sua identidade espiritual, afinal assim como na vida material, no mundo espiritual também existe a personalidade e a individualidade, que devem ser respeitados.

Douglas Fersan

quinta-feira, 7 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 8: Trate bem a assistência. - por Douglas Fersan

15 dicas de como se portar na Umbanda:

08. Trate bem a assistência. Um dia você esteve lá.
É fundamental lembrar que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz pela dor. Raros são os que o fazem por amor ou por curiosidade acadêmica (pesquisa), ou mesmo atendendo a um simples convite para conhecer o local.

O consulente chega ao templo, na maior parte das vezes, machucado, fragilizado, assustado e inseguro. Diante desse quadro psicológico é fundamental receber bem as pessoas, desde a sua entrada no recinto, cumprimentando-as com um singelo "boa noite", até o momento do atendimento e maiores orientações.

Somos o espelho daquilo que praticamos. Se nos portarmos com civilidade e gentileza, passaremos uma imagem positiva da nossa religião. Na mesma proporção em que, se agirmos de maneira grosseira, passaremos uma imagem negativa. O que vão pensar de nossa religião depende de nós mais do que imaginamos.

E não se trata apenas de transmitir uma imagem positiva da Umbanda. Trata-se, acima de qualquer coisa, de um ato de civilidade, solidariedade e amor fraterno. Como se sente um doente que procura um médico e no lugar do remédio recebe o desprezo, como infelizmente sabemos que tanto acontece em nosso país?

Não esqueçamos, então, que a Umbanda é o hospital para muitos, que não encontram o remédio para males do corpo e da alma. E como dizia o profeta: gentileza gera gentileza.

Douglas Fersan

quarta-feira, 6 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda. 07: controle seus olhos e seus desejos dentro do templo - por Douglas Fersan



7. Controle seus olhares e seus desejos dentro do templo.
O templo de Umbanda é um solo sagrado, é a nossa igreja, um recanto de harmonia, respeito e fé, onde não deve existir espaço para olhares maliciosos e desejos não condizentes com o local.

Pessoas bonitas sempre existirão e apreciar o belo não é pecado, mas em sua devida hora e lugar, e principalmente com respeito. Admirar não equivale exatamente a desejar, mas infelizmente nem sempre é isso que acontece.

Dentro de um templo de Umbanda todos devem se portar como irmãos. E entre irmãos não existem olhares maliciosos e desejos de cunho sexual. Pensamentos libidinosos são armas eficientes nas mãos daqueles que de tudo fazem para quebrar a harmonia de uma casa e os elos da corrente de fé e espiritual que a protegem. Por outro lado é importante que cada um se preserve também, a fim de evitar que esses olhares sejam despertados nos irmãos/irmãs de fé. Roupas decentes e adequadas devem ser usadas no trabalho, afinal sendo o templo de Umbanda a nossa igreja, não é lugar também para o uso de roupas provocativas.

Não se trata de puritanismo ou conservadorismo, e sim de bom senso diante do comportamento esperado pelos praticantes de uma religião dentro do solo que para eles deve ser tratado como sagrado.

Douglas Fersan

terça-feira, 5 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 06: evite comentários desnecessário - por Douglas Fersan

15 dicas de como se portar na Umbanda:
06. Jamais faça comentários desnecessários.
Não existe ferramenta mais eficaz para derrubar um terreiro de Umbanda do que a fofoca. As forças contrárias à luz e à evolução dos encarnados parecem perceber isso e fomentam esse tipo de comportamento, portanto vigiar as próprias palavras é mais do que uma opção, é um dever de cada filho-de-fé.
Se você viu ou ouviu algo que não considera correto ou incomodou, procure o dirigente da casa e peça para que ele o coloque face a face com a pessoa que causou o transtorno para que o caso seja esclarecido amigavelmente (um bom dirigente tenta sempre conciliar, evitando agravar os desentendimentos).
Se as suas palavras, os seus comentários sobre o que você pensa, viu ou ouviu não vão acrescentar nada, guarde-os para você. Isso é um exercício de reforma íntima e com o tempo perceberá que você mesmo está sendo beneficiado com essa ação.
Nunca esqueça o valor das suas palavras deve ser maior que o valor do seu silêncio.

Douglas Fersan

segunda-feira, 4 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda: 5: tenha o mesmo respeito por todas as entidades - por Douglas Fersan


05. Tenha o mesmo respeito por todas as entidades.
Não é porque um médium está na Umbanda há mais tempo ou porque você tem mais afinidade com ele, que as suas entidades são melhores ou merecem um tratamento diferenciado. Você pode ter e tem direito às suas afinidades, mas o respeito deve ser igual a todos, independente das suas preferências e independente da função que o médium ocupa no templo. Se a Espiritualidade maior permitiu àquela entidade vir em terra para trabalhar é porque ela está pronta para isso e merece nosso respeito, que na escala evolutiva estamos degraus abaixo. Quando um médium, usando o pretexto do cargo que ocupa no terreiro, exige que suas entidades recebam um tratamento diferenciado, é sinal de quem naquele momento quem está falando é o seu ego aflorado, e não a própria entidade. E quem cai nesse engodo de servir a essas vontades mesquinhas torna-se uma marionete nas mãos dessas pessoas despreparadas.
Tratar a todos de forma respeitosa mostra sua capacidade de altruísmo e superação frente às suas vontades pessoais, que devem ficar do lado de fora do terreiro.

Douglas Fersan

domingo, 3 de junho de 2018




04. Trate a todos como você gostaria de ser tratado.
Nunca esqueça que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz pela dor. Receber as pessoas com educação, carinho e amor fraterno é dever de cada membro da corrente. Trate-os como você gostaria de ser tratado ao entrar pela primeira vez em um lugar que ainda não conhece: com respeito e hospitalidade. Não importa se você é o dirigente, médium, cambone ou a pessoa que anota o nome dos consulentes. Todos são importantes para o bom funcionamento dos trabalhos espirituais e ninguém possui um posição hierárquica superior, possuem apenas funções diferentes. Perante a espiritualidade somos todos seres humanos encarnados usados como instrumentos para a prática da caridade. Não trate com desdém os problemas de quem procura ajuda, não os trate como estranhos, e sim como um irmão que nada mais pede do que solidariedade. E da sua boa educação dependerá a impressão que ele terá sobre toda a religião, pois a tendência do leigo é generalizar aquilo que ainda não conhece. Ou seja, você é responsável pela imagem que os outras fazem sobre a nossa religião.


Douglas Fersan

sábado, 2 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na umbanda: 03 - não se ache insubstituível - por Douglas Fersan



03. Não se julgue insubstituível.
Você é um médium, ou seja, um intermediário, uma ferramenta. Não deixe que seu ego supere as suas qualidades. Insubstituíveis dentro de um templo de Umbanda é Deus, seus guardiões e orixás. Nós, meros mortais, médiuns agimos apenas como instrumentos para que esses seres mais evoluídos realizem o seu trabalho. Não deixamos de ter o nosso mérito por conta disso, mas esse mérito não pode se tornar vaidade a ponto de nos acharmos superiores aos demais trabalhadores da casa. Muitas vezes aquele médium que está quietinho em um canto, em prece apenas, está realizando um trabalho extremamente eficiente e nem e nem os demais se dão conta disso. Portanto, não deixo que se ego fale mais algo que o valor de sua mediunidade. Dentro de um templo somos todos irmãos e como tais temos nossos valores, qualidades e defeitos. E a espiritualidade, sábia como é, saberá substituir um médium corrompido pela vaidade por alguém que ainda tenha o coração puro e livre desse vício.


Douglas Fersan

sexta-feira, 1 de junho de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - 02: não faça falsas promessas - Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

02. Não prometa o que não poderá cumprir.
Lembre-se que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz por desespero e dor. Falsas promessas não ajudarão essa pessoa. Se não consegue ver uma solução para os problemas dessa pessoa, ofereça seu ombro amigo, ofereça a sua solidariedade e o amor fraterno, mas não crie falsas esperanças que poderão causar ainda mais sofrimento no futuro. Na Umbanda trabalhamos com a honestidade e a verdade. Falsas promessas nada fazem do que causar mais transtornos a quem precisa de ajuda e alimentar o orgulho mesquinho de quem as faz, acreditando que assim irá arrebanhar adeptos. E na Umbanda não precisamos de adeptos, precisamos de amor fraterno.

Douglas Fersan

quinta-feira, 31 de maio de 2018

15 dicas de como se portar na Umbanda - Dica 01: seja dedicado. - Douglas Fersan


15 dicas de como se portar na Umbanda:

01. Realize suas tarefas com amor, dedicação e boa vontade sempre. Não existe trabalho que não seja digno dentro da Umbanda. Acender uma vela, buscar uma bebida, limpar o banheiro para que a assistência seja bem atendida só torna mais nobre quem realiza essa trabalho. Mas lembre-se de fazê-lo com boa vontade, sem achar que o trabalho do outro é mais importante ou valorizado que o seu. Faça com amor, pois com amor retornará e tenha boa vontade ao realizá-lo, pois a gratidão é o maior tesouro que conquistamos quando trabalhamos com a espiritualidade.

Douglas Fersan

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Sobre Nanã e Omolu - fonte: Magia do Axé




ADEUS, MEU AMADO FILHO! E Nanã abandonou o pequeno Omolu coberto das chagas da varíola que cobriam todo o corpo do bebê. Yemanjá que penteava seus cabelos com as sereias nas pedras nota ao longe um choro de criança, e após ter certeza que não se tratava nas ondas no quebra-mar ela e sua falange vai investigar perto da areia.

Embalado em um balaio estava ele. Os caranguejos devoravam suas feridas abertas e expostas, causando mais sofrimento na criança. A rainha do mar então pega o pequeno Obaluaê em seus braços e decide criá-lo, como seu. Mas não podia levá-lo para seu palácio nas profundezas, apesar de ser um Orixá ainda era pequeno demais.

Ela então o leva para as grutas sob a tutela das sereias. Mas outro problema surgiu: O que dar a criança para comer? Ele era um recém nascido, não podia comer peixe. Então ela estoura a pipoca na areia da praia e a molha na água do mar, amolecendo-a, e alimenta-o até que consiga se alimentar da sua comida.

Omolu cresceu e se tornou um glorioso rei, poderoso feiticeiro e temido caçador. Ele sabia que não era fruto de sua mãe adotiva, já sabia da existência de Nanã. Ela então promove o encontro dos dois que se recebem mutuamente. Ele perdoa Nanã e até hoje é ela que em seu Olubajé o traz e quando se vai o leva. 

Forte essa imagem que ele me mostrou, né? Bom, os motivos que Nanã teve para o que fez não sabemos. Mas o importante é que não somos NINGUÉM para julgar. O mais lindo dessa história é o amor, seja de Yemanjá pelo filho ou o perdão de Omolu.
Nesse dia das mães salvem todas as mães. E não importa o erro que elas possam cometer... é por AMOR. Odociaba! Saluba e Atotô!

Fonte: Magia do Axé

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sete dicas para ser um bom médium: tenha uma conduta exemplar.


Sete dicas para ser um bom médium.
Segunda dica: tenha uma conduta exemplar. Lembre-se que as pessoas vêem em você o que a sua religião é. Se você tiver uma boa conduta, passará uma boa impressão da religião.

Sete Dicas para ser um bom médium: primeira dica: seja uma boa pessoa.


Sete dicas para ser um bom médium: a cada dia divulgaremos uma dica. Primeira dica: para ser uma boa pessoa você não precisa ser um bom médium, mas para ser um bom médium você precisa ser uma boa pessoa. Vigia sua conduta 24 horas por dia.

domingo, 4 de março de 2018

Demanda contra irmãos, acontece, acredite - Douglas Fersan


Acredite, acontece.
O solo sagrado, santo, carregado de axé muitas vezes é maculado pela falta de compreensão por parte daqueles que o pisam.
O solo de orixá é o local onde seus filhos deveriam se tratar como irmãos.
Mas acredite, isso nem sempre acontece.
Em frente a um congá as palavras faladas devem ser sempre de conforto, amor e caridade, jamais de intrigas ou julgamentos.
Mas infelizmente isso nem sempre acontece.
Uma casa de axé é o local onde deve ser treinada a tolerância e o perdão, é onde cada filho-de-fé deve aprender a lidar com as diferenças e as imperfeições do seu irmão. Mas outras coisas acontecem...
infelizmente existem aqueles que ao primeiro sinal de desconforto esquecem tudo que seus orixás ensinaram e passam a demandar (e demandar não implica apenas em "fazer macumba" - desejar a queda e o mal do seu irmão e da casa que lhe abriga também é uma grave demanda).
Mas as casas realmente calcadas na fé e no compromisso com as leis maiores têm seus guardiões que estão atentos a tudo. E se tem coisa que eles não admitem é irmãos conspirando e demandando contra seus próprios irmãos. É o equivalente a uma blasfêmia, a cuspir no prato em que comeu.
Se perceber uma falha no seu irmão, mostre o caminho correto a ele. Se não resolver, faça uma prece que a espiritualidade lhe traga luz e sabedoria.
Mas jamais faça acontecer aquilo que é inadmissível que aconteça dentro de uma casa de luz... não busque consequências nefastas para si.

Douglas Fersan

quinta-feira, 1 de março de 2018

Pais de santo miojo: cuidado. - Douglas Fersan

Pai de santo miojo - cuidado com eles.

Sacerdócio na Umbanda é coisa séria.
Não se faz sacerdote pagando cursinhos duvidosos a pessoas duvidosas, estilo supletivo.
Sacerdócio é coisa séria, é missão espiritual, e não alimento para o ego. Muitos querem ser sacerdotes de Umbanda, mas quantos possuem o preparo, a ética e o caráter - além do desígnio espiritual - para realmente o serem?

Principalmente após o advento das redes sociais, surgiram diversos oportunistas sem o menor prepara vendendo cursos para "formar" pais ou mães de santo, sem se preocupar se seus "alunos" possuem realmente a maturidade ética e o desígnio espiritual para isso. E, por outro lado, egos inflados se afinizam a esses oportunistas, afinal ser um simples médium, um simples filho de santo ou de orixá é muito pouco para eles. Precisam brilhar, afinal se acham o supra sumo da espiritualidade, e não seres que, como todos nós encarnados, ainda têm muito a aprender. E saem se intitulando sacerdotes. Pobres daqueles que caírem em suas mãos buscando ajuda, pois mal saberão diferir um alguidar de uma moringa de barro.

Sacerdócio na Umbanda e em qualquer religião é coisa séria. Não é brincadeira nem teatrinho. Requer desígnio espiritual, muita maturidade, dedicação e estudo, adquirido principalmente aos pés das entidades.

Sacerdócio não é miojo que fica pronto em 3 minutos.
Umbanda é coisa séria para gente séria.


Douglas Fersan

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Quem são os obsessores? - Autor desconhecido.



Muitas pessoas religiosas acreditam em espíritos malignos, demônios e obsessores.
Essas seriam entidades espirituais que podem nos prejudicar e sugar nossas energias.
No entanto, muitas vezes nós mesmos somos os obsessores das outras pessoas.
Somos os obsessores quando desejamos fazer prevalecer nossas idéias e impor nossas verdades a outrem.
Somos os obsessores quando criticamos, julgamos ou condenamos o outro sem pleno conhecimento de causa.
Somos os obsessores quando temos ciúme e queremos obter a posse do outro.
Somos os obsessores quando batemos o pé e forçamos o outro a seguir a nossa vontade.
Somos os obsessores quando exigimos que o outro faça por nós algo que nos cabe fazer.
Somos os obsessores quando desejamos vencer uma discussão, instituir nossas verdades e firmar nosso ponto de vista.
Somos os obsessores quando burlamos o livre arbítrio alheio e o fazemos trilhar o caminho que nós julgamos correto.
Somos os obsessores quando tentamos ajudar sem nos preocupar no que é melhor para o outro, mas sim seguindo apenas o que nós acreditamos ser o melhor.
Somos os obsessores quando desejamos comprar o afeto das pessoas com presentes, regalias, benesses e mimos, esperando sempre algo em troca.
Somos os obsessores quando não permitimos que o outro cresça, se desenvolva, para não se tornar melhor do que nós.
Somos os obsessores quando fazemos tudo pelo outro e não permitimos que ele faça, erre e aprenda sozinho.
Somos os obsessores quando vomitamos um longo falatório desordenado e fútil acreditando que o outro tem obrigação de nos ouvir.
Somos os obsessores quando não damos espaço para o outro, o prendemos, o sufocamos, podamos seus movimentos, cobramos, oprimimos, sem permitir sua independência.
Somos os obsessores quando acreditamos que o outro deve corresponder aos nossos padrões, nossos modelos, nossa religião, nossos costumes, nossas crenças e nosso ideal de ser.
Somos os obsessores quando geramos milhares de conflitos, discórdias e desunião, quando criamos confusão, intrigas, fofocas e distorcemos a realidade para prejudicar o outro.
Somos os obsessores quando dissemos uma coisa ao outro e fazemos outra, enganando, omitindo e dissimulando.
Somos os obsessores quando vivemos reclamando e acreditamos que o outro tem obrigação de aguentar nossas lamúrias.
Somos os obsessores quando elogiamos para manipular, louvamos para enganar, enchemos o ego do outro para confundi-lo a fazer o que queremos.
Somos os obsessores quando fazemos do outro a nossa vida e depois ficamos magoados quando ele se afasta deixando um buraco em nosso peito, um vazio existencial e uma profunda infelicidade.
Procure a vida em ti mesmo. Não seja mais um obsessor do outro.
Não dependa de ninguém para ser feliz. Não fique sugando as pessoas.
Não acredite que o obsessor é sempre o outro…
Há sempre algo de obsessor em nós mesmos.

Autor desconhecido.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018




Prece para afastar as forças negativas - Lar de Preto Velho

Senhor meu Deus, meu valoroso guardião, meu anjo protetor,
afasta de mim as bocas amargas, as energias que elas me enviam, os espíritos das sombras.
Me cubram com seu manto e seu olhos atentos. Com sua espada e seu escudo me protejam daqueles que vivem na ausência de Deus.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Prece aos erês;



Salve a força das crianças, força pura, verdadeira, que reluz no azul do céu e na rosa das flores. Tragam à Terra a paz e a esperança, zelem por nossas crianças,

Peçam a Oxalá, com sua imensa pureza que meus pedidos com clareza e verdade sejam atendidos, Doces crianças representantes de Cosme e Damião, que a sua santa proteção nos sirva de consolo e apoio nas horas difíceis e intercedam por nós junto ao Pai do amor supremo.

Agradeço desde já a vocês, crianças,

Obrigado!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Quem com porcos se mistura... - Douglas Fersan



Diziam os antigos que quem com porcos se mistura, farelo come. Deus me livre! Prefiro morrer de fome.
Essa máxima se aplica muito bem ao mundo religioso. Seja numa casa espírita, umbandista,
evangélica, católica...

Sempre existirão aqueles que por fé, caráter e honestidade, trilham o caminho do bem e seguem fielmente a filosofia que a sua religião prega. Da mesma forma existem os oportunistas, que entram nessas casas agindo como verdadeiros políticos, disputando status, poder, prestígio, sabe-se lá com quais intenções.

Felizmente não duram muito tempo. Mentiras não se sustentam, ainda mais em solo sagrado.
No entanto, esses seres ardilosos geralmente são sedutores. Possuem a lábia dos políticos, a saliva doce como mel e uma psicologia capaz de persuadir aqueles de mente mais fraca.
E nesse momento pratica-se a lei do livre arbítrio.

Os oportunistas não demoram a ser desmascarados e partem, mas não admitem cair sozinhos. Sempre - e isso é regra - tentam difamar a casa que os serviu. E pior ainda, levam consigo aqueles que por possuir inteligência menos privilegiada, caem em sua conversa.

Para a casa a qual deixaram, acredite: sua ausência será um alívio (tanto a ausência dos oportunistas quanto a dos que os seguem, afinal uma casa espiritualista precisa de espíritos fortes e preparados, não de pessoas que sucumbem às chamadas picuinhas). Que partam e sejam felizes.
Que sua nova opção lhe faça felizes. E provavelmente fará, afinal irão se deliciar do mesmo banquete de farelos com os quais se juntaram. E não podemos esquecer também que existe a lei da afinidade: os iguais se atraem no que tange o mundo espiritual.

A verdade é que temos que agradecer a Deus e aos oportunistas quando levam consigo que nunca foram sérias, honestas e fiéis com a casa que frequentaram.
Obrigado, oportunistas, cuidem bem de seus novos seguidores. Ah, mas é desnecessário pedir isso. Vocês saberão cuidar muito bem deles. Afinal são mestres em manipular pessoas e dada a inteligência pouco privilegiada de alguns, o sucesso será fatal. Que bom para vocês (e para quem permanece fiel à sua casa, melhor ainda).

No banquete sejam fartos e generosos. Haja farelo.
PS: esse texto não é uma indireta. É uma DIRETA para todos que agem assim.
Mais uma vez obrigado.

Douglas Fersan

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A história de Iemanjá


Na mitologia yorubá (ioruba), Iemanjá, cujo nome tem significado de mãe dos filhos-peixe, é filha de Olokun, soberano dos mares, que deu a ela, quando criança, uma poção que a ajudasse a fugir de todos os perigos.

A deusa cresceu e se casou com Oduduá, com quem teve 10 filhos orixás (por isso seu nome significa também mãe de todos orixás). O ato de amamentar seus herdeiros fez com que seus seios ficassem enormes, e isso deixou ela com vergonha.

Cansada do casamento, Iemanjá resolveu abandonar Oduduá e ir atrás da felicidade. Nesta jornada apaixonou-se pelo rei Okerê. Porém, para ficar com ele, a Rainha do Mar exigiu uma condição: que seus seios enormes jamais fossem motivo de chacota, ele concordou imediatamente.

Os contos revelam que um dia Okerê bebeu muito e começou a zombar dos seios de Iemanjá. Ela ficou arrasada e fugiu. O rei tentou perseguíi-la para desculpar-se, mas já era tarde. A Rainha do Mar usou a poção que ganhou de seu pai para escapar, transformando-se em um rio que encontrava o mar.

Desesperado e com medo de perder a esposa, Okerê transformou-se em uma montanha, ele queria impedir o curso do rio, antes que este chegasse ao mar. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô e ele, com um raio, partiu a montanha ao meio, permitindo que a água seguisse o seu caminho. Desta forma Iemanjá encontrou o oceano e tornou-se a “Rainha do Mar”.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Portão de ferro, cadeado é de madeira - Douglas Fersan


Entendendo os pontos de Umbanda:

"Portão de ferro, cadeado é de madeira".

Ora, de que adiantaria um portão ser de ferro, reforçado e seguro, se o cadeado fosse de madeira, podendo se deteriorar rapidamente com o tempo e até ser rompido pela ação de malfeitores?

Pois é... Justamente nessa aparente contradição é que reside a força dos nossos guardiões. O portão e o cadeado pode ser de madeira, de plástico ou até de papel. Se a casa tiver um bom vigilante, um "agente de segurança" fortalecido, firme e capacitado, ninguém passará por ele.

Justamente por perceber a fragilidade em que nos encontramos diante dos ataques espirituais é que reconhecemos que um cadeado de madeira não seria suficiente para guardar uma casa. Por isso em seguida clamamos: "Exu toma conta, Exu presta conta; seu Exu olha a nossa porteira".

Essa é uma das tantas metáforas que fazem parte do universo dos pontos de Umbanda. E que nos mostra a força dos nossos protetores quando são devidamente firmados e assentados dentro de uma casa espiritualista.

Douglas Fersan

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Minha tesourinha... - Douglas Fersan




"Oh minha tesoura grande, oh minha tesourinha. O que ele faz com a grande faço com a pequenininha".
Esse é um ponto de Umbanda bem antigo e tradicional, destinado a quebrar demandas e feitiços. Simples, singelo, mas que em poucas palavras diz tudo.

Quem se dedica a fazer o mal não costuma ter limites. Começa com um comentário maldoso, uma pequena fofoca, depois aumenta para uma sabotagem, uma armação, uma puxada de tapete... e no meio espiritual, costumam apelar para feitiços.
Aí os limites quase desaparecem. Gastam tempo e dinheiro elabora os piores feitiços, sacrificando animais, invadindo vidas, tentando ceifar a felicidade alheia. Não medem esforços nem dinheiro para seus objetivos escusos. Sabem, mas esquecem que a lei do retorno existe.


Se é para fazer o mal e ver a vida de seus desafetos cair em desgraça, movem mundos e gastam fundos. Fazem feitiços espalhafatosos (na maioria das vezes sem fundamento algum). Gastam rios de dinheiro e o precioso tempo que poderiam usar para estudar e se aprimorar enquanto espíritos encarnados ou até para ajudar alguém.

Pois bem. Depois de feito todo o feitiço, acreditam que são os super-heróis às avessas. Ficam se gabando do mal que fizeram, como se fosse bonito ter a alma perdida.

Mal sabem, ignorantes que são, que basta a fé e o auxílio de nossas entidades para quebrar tudo que o que fizeram, perdendo seu tempo e dinheiro. Basta o estalar de dedos de um preto velho para que todo o mal vá embora. Afinal, por mais que fiquem se gabando pelo mal que praticam, não chegam nem próximos às unhas dos dedos os pés do pretos velhos que com sua sabedoria destroem e afastam toda negatividade que os tolos se empenharam tanto em criar.

Falando da metáfora do ponto: com a sua pequena tesourinha, o bem destrói todo arsenal bélico que os tolos usam para fazer o mal. Salve a fé, salve o bem, salve os pretos velhos.

Douglas Fersan

domingo, 21 de janeiro de 2018

Lenda da Cabocla Jurema, por Frank Oliveira


A Lenda da Cabocla Jurema:

O sol girou uma vez mais ao redor da Terra e quando os raios da manhã tocaram a sua testa, a cabocla gritou:

- Sou Jurema!!!

E pulou do galho mais alto da árvore gigante e pareceu voar por entre os pássaros e outros seres alados da floresta; mergulhando no rio profundo, de onde emergiu, nadando com os botos que entendiam o seu canto:

"Cabocla
Seu penacho é verde
Seu penacho é verde
É da cor do mar

É a cor da Cabocla Jurema
É a cor da Cabocla Jurema
É a cor da Cabocla Jurema
Jurema"

Cabocla, filha valente de Tupinambá. Adotada pelo mundo, foi encontrada aos pés do arbusto da planta encantada que lhe deu o nome, e cresceu forte, bonita, com a formosura da noite e a firmeza do dia. Corajosa, a cabocla tornou-se a primeira guerreira mulher da tribo, pois a sua força e agilidade no manejo das armas e na ciência da mata, se tornara uma lenda por todo o continente; onde contadores de estórias, aos pés da fogueira, falavam da índia da pena dourada, que era a própria Mãe Divina encarnada.

Nada causava medo na cabocla, até o dia em que ela encontrou o seu maior adversário: o amor. Jurema se apaixonou por um caboclo chamado Huascar, de uma tribo inimiga chamada Filhos do Sol, e que fora preso numa batalha.

Os dias se passaram e o amor aumentava, pois o pior de amar não é amar sozinho e sim ser amado em retorno, pois exige do amado, uma ação em prol do amor.

Pelo olhar, o caboclo Huascar dizia:

"Oh doce Cabocla
meu doce de cambucá
minha flor cheirosa de alfazema
tem pena deste caboclo
o que eu te peço é tão pouco
minha linda cabocla Jurema
tem pena desse sofredor
que o mal destino condenou
me liberta dessa algema
me tira desse dilema
minha linda cabocla Jurema"

Jurema que aprendera a resistir ao canto do boto, ao veneno da cascavel e da armadeira, já resistira bravamente a centenas de emboscadas e que sentia o cheiro à distância de ciladas, não conseguiu resistir ao amor que fluia do seu peito por aquele guerreiro. Observando o caboclo preso, ela viu nos olhos dele, as mil vidas que eles passaram juntos, viu seus filhos, o amor que os unia além da carne e percebeu que não foi por acaso, que ele fora o único caboclo capturado vivo, e decidiu libertá-lo, mesmo sabendo que seria expulsa da sua tribo.

Na fuga, seu próprio povo a perseguiu, e em meio a chuva de flechas voando na direção do caboclo fugitivo, foi Jurema que caiu, salvando o seu amado e recebendo a ponta da morte que era pra ele, no seu próprio peito.

Conta a lenda, que o caboclo Huascar voltou a Terra do Sol e fundou um império nas montanhas andinas e mandou erguer um templo chamado Matchu Pitchu em homenagem a Jurema, onde, só as mulheres da tribo habitariam e lá aprenderiam a ser guerreiras como a mulher que salvara a sua vida. E no lugar onde a Jurema caiu, nasceu uma planta robusta e muito resistente que dá flor o ano inteiro, cujo formato exótico e o tom amarelo-alaranjado intenso chamou atenção de todas as tribos, pois tudo dessa planta poderia ser utilizado, desde as sementes, até as flores e o caule; e porque as flores dessa planta estão sempre viradas para o astro maior; ela ficou conhecida como girassol.

Texto de Frank Oliveira.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Salve o rei das matas.



Na Umbanda, Oxóssi é um dos principais Orixás, responsável por uma Linha que abrange caboclos e caboclas no sentido estrito (índios que usam cocares) relacionadas a conselhos sobre cura física ou espiritual. Às vezes é personificado na figura do Caboclo, isto é, do índio, ostentando um cocar e portando arco e flecha. Sua cor é o verde.

Oxóssi ou Odé manifesta-se, no plano físico, através da fauna e flora do planeta. É o pulmão do universo. Além de exercer domínio sobre todos os elementos da floresta, manipula os valores medicinais e mágicos das plantas, das quais se utiliza para efetuar limpeza vibratória, material e espiritual, dos que dele se socorrem. Domina a força vital cósmica existente na seiva das plantas, aproveitando-se de suas emanações fluídicas para banhos e defumações destinados a descarregar as energias nocivas e equilibrar as forças energéticas do homem.

Oxossi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso, na África é também cultuado como Odé, que significa caçador. É tradicionalmente associado à Lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para a caça.

Comparece no plano emocional dos humanos com acentuada característica de afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca liberalidade. Seus "filhos de cabeça" dão ótimos artistas, seja qual for o segmento da arte escolhido, em virtude da latente sensibilidade e inteligência. No plano mental, descortinam inventos, sistemas e estilos engenhosos, admiráveis, de quase impossível enquadramento lógico ou sensata previsão de solução ou acabamento do problema, fruto de sua capacidade intuitiva.

Geralmente, os filhos de Oxóssi asseguram que não existe protetor mais constante.

Os festejos dedicados a Oxóssi são muito concorridos por diversos motivos entre os quais destacamos o início do ano religioso, a própria comemoração em que há uma natural e contagiante alegria, com o Templo enfeitado onde se destaca a cor verde, o chão do terreiro coberto de folhas, e galhos de árvores presos à parede recendendo um perfume silvestre. Na mesa, vários cestos ou alguidares cheios de frutas diversas - que serão distribuídas generosamente aos participantes e assistentes.

As entidades que pertencem à sua falange apresentam-se como caboclos e caboclas. Possuem uma manifestação altiva e emitem vibrações fortes e firmes.

Sincretismo: São Sebastião

Sua Guia (Fio de Conta): Suas guias são feitas geralmente com contas verdes e brancas, e em alguns casos, dentes de animais.

Sua Bebida: Vinho tinto, garapas e sumo de ervas em geral.

Sua Comida: Frutas não cítricas, milho, raízes, feijão fradinho torrado.

Suas ervas: Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba, sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo, são gonçalinho, Louro, cabelo de milho, eucalipto, manjericão, samambai.

Velas: Verde, branca

Símbolo: Arco e flecha

Data da comemoração: 20 de janeiro

Dia da Semana: Quinta-feira

Saudação: Oxóssi ê meu pai!; ou Okê Arô! - de OKÊ (monte) e AROU (título honroso dado aos caçadores). Significa: "Salve o Grande Caçador!"

Ponto de Força Vibracional: matas.

Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida.

É o Caçador das Almas da Umbanda e como caçador procura arrebanhar Almas desgarradas para futuramente formar um só rebanho. É o Senhor da Doutrina, aquele que atinge o coração e a inteligência das Almas envoltas em suas vibrações.

Em caráter hierático, Oxossi lembra-nos o MÉDICO, DOUTRINADOR E PASTOR DAS ALMAS. Cura chagas, ensinando a substituição do ódio pelo amor, da luta pela trégua, da insubmissão pela submissão às Leis Divinas.

É o CAÇADOR DAS ALMAS, o orientador, aquela que mostra o caminho a ser seguido pela humanidade. Modificando inteligências e consciências, atuando na mente e no coração. Essa é a função hierática ou kármica de Oxossi.

Estes protetores atuam manipulando as ervas sagradas, liberando as mazelas que se assentam no corpo astral e mesmo as que se assentam no corpo físico, através das doenças. Liberam as energias mentais pesadas e grosseiras, ativando o intelecto de muitos Filhos de Fé. São mestres na Arte da Magia Vegetal, manipulando quantitativa e qualitativamente o prana acumulado nas ervas, quer sejam elas administradas em chás, banhos ou defumações.

Assim trabalha a Linha de Oxossi, incrementando o bem-estar astral e físico, livrando muitos Filhos de Fé do Desanimo e da Doença.

Seu filho tem um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão. Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, é muito apegado as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume o problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos , as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu. Não é ciumento e muito menos rancoroso. Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios. Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.

O filho de Oxóssi é talvez o mais equilibrado. Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas próprias dificuldades.

Oxóssi é o senhor absoluto das florestas, prados e cerrados, matas e campos, onde floresce e reverdece a natureza fecunda, pulmões plenos de terra que tem a virtude de trazer o alimento vital, produto que é da seara: oxigênio puro do ar, além de todos os gases do cosmo.

Okê Caboclo, Okê Arô Oxóssi!

Fonte: http://umbandaestudo.blogspot.com.br/

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Bajuladores: uma erva daninha nos templos de Umbanda - Douglas Fersan



Uma realidade muito comum - mais do que imaginamos - nos terreiros de Umbanda e casas de axé em geral - é ambiguidade de comportamento de algumas pessoas.

Exitem aqueles que são fiéis e gratos, mesmo que os problemas da vida o impeçam de continuar frequentando a casa, honrando sempre aqueles que um dia os receberam de braços abertos.

Mas, infelizmente e comumente, existem aqueles que chegam travestidos de bons samaritanos. Entram para a casa, inicialmente de forma muito respeitosa. Recebem o carinho e a acolhida de todos. Mas a luz do sol e a verdade não se esconde para sempre. Logo se revelam bajuladores, e isso já é a demonstração de um traço duvidoso do caráter. Depois de conquistar um determinado espaço, de bajuladores se tornam manipuladores e fica evidente que seu comportamento não condiz com a casa que os recebeu. E os próprios orixás se encarregam de dar um rumo a essas pessoas.

Porém eles saem difamando e denegrindo a imagem daqueles que até há pouco tempo eles faziam questão de exaltar as qualidades. Tolos aqueles que caem nessa conversa superficial, infantil, maldosa, ingrata e burra.

A resposta para a pergunta a seguir é bem simples: falta caráter para quem sempre manteve a mesma postura ou para quem passou a maldizer aqueles a quem bem pouco tempo bajulavam?
Tire suas próprias conclusões.

Douglas Fersan

sábado, 13 de janeiro de 2018


Cuidado: seu inferno é pessoal e intransferível.

Todos os dias a vida nos abre inúmeras oportunidades, boas e ruins, e pela lei do livre arbítrio cabe somente a nós qual escolher.

Como nos desenhos animados, existe o anjinho a nos aconselhar em um ouvido e o diabinho a nos tentar em outro. Ao longo do tempo vamos adquirindo maturidade para fazer a escolha certa ou a que mais nos convém. E a que mais nos convém nem sempre é a correta.

Essa maturidade nos faz optar pelo caminho correto, mas muitas vezes sentimentos mesquinhos nos levam a trilhar pelo caminho tortuoso, e assim vamos somatizando energias que mais tarde serão colocadas na balança da nossa consciência e assim criamos nosso paraíso ou inferno pessoal.

O inferno em questão não se trata de um local físico, de penas eterna e torturas lancinantes praticadas por um ser diabólico. O inferno é um estado psíquico, mental a que nos submetemos, pois em nosso subconsciente reside a centelha divina, a moral que pessoal que tudo vê e analisa.

Existem pessoas que cometem o mal deliberada e premeditadamente, mas existem também aquelas que fazem sem pensar, mas não se engane, o subconsciente está atento e sempre a aconselhar, como o anjinho que aconselha. Da mesma forma que os sentimentos e desejos pecaminosos são o diabinho a nos tentar. Mas no final das contas ocorre a somatização e ponderação pela própria consciência.
Assim acaba-se criando o seu paraíso ou inferno pessoal - ambos um estado psíquico.

E depois de feito, saiba que só a você pertence e não adianta querer justificar os erros ou jogá-los para outra pessoa. O inferno é pessoal e intransferível. Pense nisso.

Douglas Fersan

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Faça o bem ou fique em silêncio - Douglas Fersan


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Frase conhecida e verdadeira. Nossos pensamentos e palavras definem quem somos e aquilo que nos cerca. No entanto é preciso que as palavras e os pensamentos sejam condizentes com as atitudes. De nada valem discursos bonitos e poéticos proferidos aos quatro ventos, se as suas atitudes não condizem com eles.

Tudo no Universo é sintonia e se você não consegue estar em sintonia consigo mesmo, ao ter atitudes incompatíveis com o seu discurso, dificilmente o astral conseguirá harmonizar as energias que lhe cercam.

É muito válido falar palavras positivas, de fé, de caridade e amor. Muito mais válido é ter atitudes de fé, de caridade e de amor.

No final das contas, vale mais uma boca fechada e atitudes honestas do que discursos bonitos acompanhados de más ações.

Seja honesto consigo mesmo. É muito difícil se libertar das correntes que você mesmo cria. Muitas vezes o feitiço que outros fazem contra você são imensamente frágeis diante das sombras que você mesmo cria ao seu redor. 

Fale sobre o bem, mas acima de tudo, faça o bem. Se não puder, fique em silêncio.

Douglas Fersan

domingo, 7 de janeiro de 2018

Diga-me com quem tu andas - Douglas Fersan

Sem desmerecer as demais linhas de trabalho, os pretos velhos são provavelmente as entidades mais sábias dentro da seara umbandista. Estão sempre a nos aconselhar e, muitas vezes sutilmente, a nos mostrar os melhores caminhos a trilhar.

Pai João Benedito nos deu esse conselho: "Filhos, se aproximem dos bons e serão como eles. Mas se aproximarem dos maus saibam que serão piores que eles".

Não se trata de excluir pessoas ou se achar acima delas. Mas ao perceber que alguém possui algum desvio de caráter, é nossa obrigação enquanto religiosos abrir as portas a essa pessoa e tentar, através da nossa acolhida, do nosso exemplo, da nossa prática e da nossa paciência, colocá-los no caminho do bem. Se eles quiserem se juntar a nós, serão um de nós. 

Entretanto existe o livre arbítrio e quando na escola da vida alguém opta por permanecer no caminho da soberba, da falsidade, da maldade, da manipulação, da maledicência, se comportando como lobos em pele de cordeiro, nada podemos fazer a não ser deixar que sigam seu caminho. Porém, aí cabe a quem trilha o caminho do bem se afastar da energia que essas pessoas emanam a fim de não se contaminar e não se tornar tão ruim quanto eles. Ou pior que eles, pois quem opta por permanecer ao lado do mal, nada mais faz do que fortalecer essa negatividade.

Douglas Fersan

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Liberte-se do feitiço que não lhe pertence - Douglas Fersan


Temos que nos livrar do velho hábito de achar que tudo é feitiço ou que todo feitiço pode nos atingir. Ao pensar assim, damos força às energias trevosas e àqueles que as manipulam.
Na maior parte das vezes, o pseudo-feiticeiro mal sabe acender uma vela, mas se valorizamos o que foi feito, se passamos o tempo pensando no assunto, se ficamos desejando que o mal retorne a quem o praticou, se ficamos com medo dos efeitos desse feitiço, damos força a ele e ao pseudo-feiticeiro. Mais que isso, nos tornamos feiticeiros contra nós mesmos, pois ao vibrar esses pensamentos entramos em total sintonia com nossos desafetos e os fortalecemos.

E enfraquecidos, basta um mal querer, uma palavra de rancor ou uma praga proferido em momento de raiva para nos atingir.

Libertemo-nos. Não sejamos feiticeiros de nós mesmos e nem nos desgastemos com aquilo que não merece nosso tempo.

Douglas Fersan

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Nem tudo que brilha é ouro - Douglas Fersan


Cuidado, nem tudo que brilha é ouro.

Todos somos vítimas do deslumbramento. E nem sempre ele atinge os mais fracos. Muitas vezes aqueles que se acham ou se dizem preparados espiritualmente são vítimas de oportunistas. Quantas e quantas vezes as casas de Umbanda são visitadas por pessoas que acabam usando seu carisma, seu poder de envolvimento para tentar dominar o espaço e impor suas vontades. Mas mesmo que os mais preparados da casa se deixem iludir, afinal não são perfeitos e estão sujeitos a engodos, a espiritualidade age e a verdade aparece, mostrando que nem tudo que brilha é ouro.

Mas existe o outro lado também:

Quando chegamos a um terreiro de Umbanda geralmente fazemos isso por estarmos com algum problema financeiro, de saúde, afetivo ou espiritual. E ali encontramos a ajuda que precisamos (pelo menos é o que se espera) e isso pode nos tornar cegos. Todo lugar tem suas qualidades e defeitos, mas por estarmos gratos e até deslumbrados, temos a tendência a não observar as arestas que devem ser aparadas. Com o tempo os olhos vão se abrindo e percebemos que nem tudo são flores. O que devemos fazer diante disso? Sair da casa falando mal e falando de seus defeitos?
Se você fizer isso estará renegando todos os benefícios que conseguiu ali. Ao perceber defeitos, procure o dirigente da casa ou seus auxiliares diretos para explicar o que você viu e que deve ser consertado. E não se esqueça de apresentar sugestões e se dispor também a doar seu tempo e seu trabalho para ajudar a consertar, pois falar por falar também não resolve nada.
Pois é... nem tudo que brilha é ouro. Abra os olhos sempre e abra a boca só quando for necessário e quando tiver propostas e disposição para ajudar.

Douglas Fersan