terça-feira, 28 de julho de 2015
O malandro da vida não é o malandro da Umbanda - por Douglas Fersan
Quando falamos em malandragem logo pensamos em marginalidade, em alguém querendo tirar vantagens de forma desonestas sobre outras pessoas. No entanto, a malandragem a que nos referimos na Umbanda refere-se à esperteza e ao jogo de cintura com que encaramos e vida e driblamos os problemas.
Os malandros na Umbanda nos ensinam que não existe problema sem solução e mostrar-se mais forte e mais inteligente que eles é a saída para livrar-se do mal que nos causam.
A malandragem na Umbanda é a arte de conviver com os problemas da vida sem se deixar dominar pela tristeza. É saber espantar mal com o sorriso, com o canto e com o gingado.
Douglas Fersan
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sábado, 25 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 15 - Tenha paciência com os mais novos e respeito pelos mais velhos (Douglas Fersan)
15. Tenha paciência com os novos e respeito pelos mais velhos.
Nunca duvide do potencial de alguém. Muitas vezes, quando um médium jovem começa seu desenvolvimento num templo de Umbanda, outros costumam torcer o nariz e se esquecem que um dia já estiveram nessa condição. Todos um dia começaram... somos todos eternos aprendizes.
Por outro lado é comum (ainda mais em tempos de internet, que facilita o acesso a informações - nem sempre confiáveis) vermos o conhecimento dos mais velhos (e experientes) ser menosprezado ou colocado em dúvida. Não podemos esquecer que a maior faculdade de Umbanda é o terreiro e os maiores mestres são os pretos velhos, caboclos, exus... De nada valem cursos, faculdades, ter dado duas, três ou quatro obrigações aos orixás... Nada disso equivale à experiência, e isso só se adquire com o tempo, que nem todos têm paciência para respeitar.
Então nunca esqueça: todos são importantes dentro de um ritual de Umbanda. Jovens que desenvolverão sua potencialidade e os mais velhos, que transmitirão seu conhecimento. A vida é uma eterna escola.
Douglas Fersan
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quinta-feira, 23 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 14 - Fale menos e escute mais (Douglas Fersan).
14. Fale menos e escute mais.
Somos todos meros aprendizes e se estamos em um templo espiritualista é porque os espíritos que ali se manifestam sabem mais que nós. Os mais antigos na religião também, portanto é fundamental manter os ouvidos abertos aos ensinamentos e às experiências que eles podem nos transmitir.
Dizem os antigos que "quem fala demais dá bom dia a cavalo", ou seja, acaba falando besteira, perdendo a grande oportunidade de ficar calado. Quem fala demais fala o que não deve, fala dos outros, é maledicente, inconsequente e se torna desagradável. Quem fala demais é porque cuida demais do comportamento e da vida dos outros e, por consequência, deixa de fazer a sua parte.
Não deixe de falar o que é necessário, mas antes avalie se realmente aquilo é necessário, senão você acabará caindo em descrédito, pois é isso que fatalmente acontece com quem fala demais. E quem fala de um, fala de todos.
Os antigos também diziam que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca justamente para ouvirmos mais e falarmos menos. Sábios esses antigos...
Douglas Fersan
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quarta-feira, 22 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 13 - Não apresse os acontecimentos; tudo acontece no tempo certo (Douglas Fersan).
13. Não apresse os acontecimentos. Tudo acontece no tempo certo.
A maioria das pessoas que entra para a corrente de Umbanda é tomada por um certo fascínio, o que é perfeitamente compreensível, afinal ver a dança dos orixás, ouvir as entidades cantando seus pontos, o som dos atabaques é algo indescritível e só quem está dentro de um templo de Umbanda compreende.
Assim, os novatos na Umbanda ficam ávidos pelos acontecimentos. Querem a todo custo desenvolver a sua mediunidade, querem dar passagem aos seus guias, querem fazer obrigações, amacis, e tudo mais que faz parte do ritual.
Mas na Umbanda não existe curso supletivo. Tudo é fruto de caminhada passo a passo, sem atalhos. É preciso paciência e resignação para vivenciar cada passo da caminhada do desenvolvimento. Primeiro sentir apenas alguns arrepios, depois a vibração das entidades e todo o processo até que elas tenham firmeza para estar realmente em terra e realizar seus trabalhos.
De nada adianta querer fazer obrigações a esse ou aquele orixá. É preciso antes de tudo estar preparado para fazê-los, pois é uma questão de responsabilidade, conhecimento e firmeza.
Cai em grave erro o médium que força a situação e coloca a carroça na frente dos bois. Assim ele estará impedindo que a mediunidade realmente se manifeste e estará "furando a fila", impedindo que seus guias consigam realmente ter o controle da situação.
A Umbanda é uma escola e as conquistas vêm de degrau em degrau. E subir respeitosamente os degraus nos torna mais fortes, sábios, competentes e responsáveis.
Douglas Fersan
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segunda-feira, 20 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 12 - acate as regras do terreiro, elas são fruto de um trabalho construído (Douglas Fersan)
12. Acate as regras do terreiro. Elas são fruto de um trabalho construído.
Lembre-se que quando você chegou ao terreiro ele já existia e as regras que o regem também. Elas são fruto de um trabalho construído ao longo de anos, a partir das necessidades percebidas pelos dirigentes e pelas entidades da casa. Cada vertente umbandista (e existem várias) segue uma tradição, portanto não tente impor ou subverter uma tradição que é nova para você. Se em outro terreiro você praticava os rituais de uma forma diferente, lembre que você estava em OUTRO terreiro.
Você não é o dono da verdade e nem o juiz das situações. Muitas vezes não concorda com determinada regra ou forma de trabalho, mas ela foi instaurada a partir da observação atenta de quem já trabalhava na casa antes de você. Se não concorda ou não entende, procure o dirigente e pergunte, mas não tente ser o revolucionário tentando levantar bandeiras que irão subverter o que já existia antes e que provavelmente você não sabe a razão. Se essas regras e esses costumes existem é porque são necessários para o bom funcionamento dos trabalhos.
E mais importante ainda: JAMAIS USE O NOME DAS SUAS ENTIDADES para dizer que essa ou aquela regra está errada. Errado está você ao não compreender que quando suas entidades aceitaram trabalhar naquela casa, automaticamente elas já aceitaram as regras que haviam lá. Ao usar o nome das entidades para dizer o que você não teve coragem de dizer à paisana, você cai num duplo erro: o da insubordinação e o da mistificação. Então, se tiver que falar, fale por você, diga que VOCÊ não concorda, mas tenha fundamentos, argumentos sólidos e não esqueça que as regras já existiam quando você chegou lá e ao entrar, automaticamente você as aceitou.
Douglas Fersan
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domingo, 19 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 11 - Use menos o "eu" e mais o "nós" (Douglas Fersan).
11. Use menos o "Eu" e use mais o "NÓS".
Não se iluda. Sozinho você não abre uma gira de Umbanda. Sozinho você não dá passes, sozinho você não tem mironga e nem axé.
Sabe por que não? Porque sozinho você é apenas o médium, o instrumento, a ferramenta. Além dos seus irmãos encarnados, que fortalecem e fazem funcionar uma gira de Umbanda, você precisa dos orixás e dos seus guias (mentores), e sem eles você não é nada. Você não é um mago, um super-médium e nem nada disso.
Você é importante dentro dos trabalhos. Mas não é único e nem insubstituível, então pare de alimentar seu ego com falsas crenças num potencial ou num super-poder que provavelmente você não tem. Você terá sim, muita força para ajudar as pessoas, mas desde que tenha todos os seus irmãos fortalecendo a corrente, os guardiões dando a devida proteção, os orixás emanando as radiações necessárias e as entidades para falar através do seu aparelho. Senão, você será só o aparelho... desligado. Só isso.
Então pare de falar que fulano foi ao terreiro por causa do "seu" baiano ou do "seu" caboclo ou do "seu" preto velho. Eles não são seus. Você que é um mero instrumento para a prática da caridade. E só será um instrumento eficiente se estiver de coração e espírito puro e estar puro inclui lavar-se do ego também.
Então, se quer ser um bom trabalhador de Umbanda, pare com o estrelismo. Não precisamos disso. Deixe seu ego em casa, de preferência trancado num baú a sete chave e passe a usar o "NÓS" no lugar do "EU". Afinal, já diziam os antigos, que uma andorinha só não faz verão... imagina uma gira de Umbanda então.
Douglas Fersan
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quinta-feira, 16 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 10 - Cuide da linguagem usada e dos assuntos abordados dentro do templo (Douglas Fersan)
10. Cuide da linguagem usada e dos assuntos abordados dentro do templo.
O templo de Umbanda é nossa igreja, e assim sendo, merece todo nosso respeito. Não é um ambiente qualquer, não é um ambiente mundo e não deve ser profanado com palavras e assuntos inadequados.
Entendemos perfeitamente que além de ser a nossa igreja, é também o local onde encontramos nossos amigos, muitos dos quais só os vemos ali e só ali temos a oportunidade de conversar. No entanto, o respeito ao sagrado deve ser maior... sempre.
A palavra tem poder, isso é fato aceito por praticamente todas as correntes espiritualistas. Portanto, palavras de baixo calão não contribuirão em nada para o bom andamento dos trabalhos espirituais. Ao contrário disso, servirão para dispersar a atenção e até mesmo os seres iluminados que se fazem presentes e primam pelo ambiente respeitoso.
Pior ainda é quando além de palavras chulas, os assuntos abordados são de mau gosto ou má intenção. Fofocas, comentários maliciosos, abordagens deselegantes, piadas de mau gosto, maledicência... nada disso combina com o ambiente espiritualista e com certeza dão forças àqueles que querem encontrar uma fragilidade para quebrar a corrente.
Portanto, cuide de seus atos e pensamentos, mas cuide também de suas palavras. Elas possuem mais poder do que você imagina e portando-se de maneira adequada, você estará contribuindo com os trabalhos mais do que imagina.
Douglas Fersan
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O templo de Umbanda é nossa igreja, e assim sendo, merece todo nosso respeito. Não é um ambiente qualquer, não é um ambiente mundo e não deve ser profanado com palavras e assuntos inadequados.
Entendemos perfeitamente que além de ser a nossa igreja, é também o local onde encontramos nossos amigos, muitos dos quais só os vemos ali e só ali temos a oportunidade de conversar. No entanto, o respeito ao sagrado deve ser maior... sempre.
A palavra tem poder, isso é fato aceito por praticamente todas as correntes espiritualistas. Portanto, palavras de baixo calão não contribuirão em nada para o bom andamento dos trabalhos espirituais. Ao contrário disso, servirão para dispersar a atenção e até mesmo os seres iluminados que se fazem presentes e primam pelo ambiente respeitoso.
Pior ainda é quando além de palavras chulas, os assuntos abordados são de mau gosto ou má intenção. Fofocas, comentários maliciosos, abordagens deselegantes, piadas de mau gosto, maledicência... nada disso combina com o ambiente espiritualista e com certeza dão forças àqueles que querem encontrar uma fragilidade para quebrar a corrente.
Portanto, cuide de seus atos e pensamentos, mas cuide também de suas palavras. Elas possuem mais poder do que você imagina e portando-se de maneira adequada, você estará contribuindo com os trabalhos mais do que imagina.
Douglas Fersan
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quarta-feira, 15 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 09 - Não imite as atitudes de seus irmãos-de-fé e suas entidades; seja você mesmo (Douglas Fersan)
09. Não imite as atitudes de seus irmãos-de-fé e de suas entidades. Seja você mesmo.
É muito comum, principalmente aos iniciantes na Umbanda, admirar um ou outro médium e suas entidades. É comum (e compreensível) também o desejo de ser como eles, afinal bons exemplos devem ser seguidos. No entanto, se olharmos nossas mãos, veremos que os dedos são todos diferentes, embora igualmente úteis e necessários.
Se um determinado médium, ao incorporar seu caboclo, usa um penacho na cabeça, não significa que você deve fazer o mesmo. Se ele faz isso (em se tratando de um médium sério), é porque aquele penacho possui algum fundamento e é, portanto, uma ferramenta de trabalho dele. Se você, em sua admiração e deslumbre, fizer o mesmo ao incorporar seu caboclo, certamente o fará sem utilidade alguma, pois provavelmente seu caboclo não precisa de um instrumento de trabalho igual ao do outro.
Ou pior: provavelmente (e isso é mais frequente), você estará tomando a frente da entidade. Pois pediu um apetrecho de trabalho desnecessário, por pura vaidade e se é que havia um caboclo com você, ele se afastará.
O mesmo ocorre com postura. Não é porque um exu, ao se manifestar, solta uma gargalhada, que todos devem fazer o mesmo, transformado uma gira que deveria ser séria, em uma disputa de gargalhadas, como se a entidade mais barulhenta fosse a mais habilitada e competente.
Mais habilitado e competente é o médium que se entrega sobriamente aos seus trabalhos, sem necessidade de espetáculos e sem querer imitar ninguém - nem encarnados ou desencarnados. É aquele que deixa que a entidade tome conta da situação e guarda sua vaidade no íntimo do seu ser, entendendo que a entidade possui a sua personalidade e suas admirações pessoais e sua vaidade jamais devem interferir na manifestação dos espíritos que se manifestam para praticar a caridade.
Agindo assim, com sobriedade, você estará contribuindo para que suas entidades ganhem força e credibilidade. Para que sejam elas mesmas e que você comece a construir sua identidade espiritual, afinal assim como na vida material, no mundo espiritual também existe a personalidade e a individualidade, que devem ser respeitados.
Douglas Fersan
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15 dicas de como se portar na Umbanda: 08 - Trate bem a assistência, um dia você esteve lá (Douglas Fersan)
08. Trate bem a assistência. Um dia você esteve lá.
É fundamental lembrar que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz pela dor. Raros são os que o fazem por amor ou por curiosidade acadêmica (pesquisa), ou mesmo atendendo a um simples convite para conhecer o local.
O consulente chega ao templo, na maior parte das vezes, machucado, fragilizado, assustado e inseguro. Diante desse quadro psicológico é fundamental receber bem as pessoas, desde a sua entrada no recinto, cumprimentando-as com um singelo "boa noite", até o momento do atendimento e maiores orientações.
Somos o espelho daquilo que praticamos. Se nos portarmos com civilidade e gentileza, passaremos uma imagem positiva da nossa religião. Na mesma proporção em que, se agirmos de maneira grosseira, passaremos uma imagem negativa. O que vão pensar de nossa religião depende de nós mais do que imaginamos.
E não se trata apenas de transmitir uma imagem positiva da Umbanda. Trata-se, acima de qualquer coisa, de um ato de civilidade, solidariedade e amor fraterno. Como se sente um doente que procura um médico e no lugar do remédio recebe o desprezo, como infelizmente sabemos que tanto acontece em nosso país?
Não esqueçamos, então, que a Umbanda é o hospital para muitos, que não encontram o remédio para males do corpo e da alma. E como dizia o profeta: gentileza gera gentileza.
Douglas Fersan
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segunda-feira, 13 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 07 - Controle seus olhares e seus desejos dentro do templo (Douglas Fersan)
07. Controle seus olhares e seus desejos dentro do templo.
O templo de Umbanda é um solo sagrado, é a nossa igreja, um recanto de harmonia, respeito e fé, onde não deve existir espaço para olhares maliciosos e desejos não condizentes com o local.
Pessoas bonitas sempre existirão e apreciar o belo não é pecado, mas em sua devida hora e lugar, e principalmente com respeito. Admirar não equivale exatamente a desejar, mas infelizmente nem sempre é isso que acontece.
Dentro de um templo de Umbanda todos devem se portar como irmãos. E entre irmãos não existem olhares maliciosos e desejos de cunho sexual. Pensamentos libidinosos são armas eficientes nas mãos daqueles que de tudo fazem para quebrar a harmonia de uma casa e os elos da corrente de fé e espiritual que a protegem. Por outro lado é importante que cada um se preserve também, a fim de evitar que esses olhares sejam despertados nos irmãos/irmãs de fé. Roupas decentes e adequadas devem ser usadas no trabalho, afinal sendo o templo de Umbanda a nossa igreja, não é lugar também para o uso de roupas provocativas.
Não se trata de puritanismo ou conservadorismo, e sim de bom senso diante do comportamento esperado pelos praticantes de uma religião dentro do solo que para eles deve ser tratado como sagrado.
Douglas Fersan
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sábado, 11 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 06: Jamais faça comentários desnecessários (Douglas Fersan)
06. Jamais faça comentários desnecessários.
Não existe ferramenta mais eficaz para derrubar um terreiro de Umbanda do que a fofoca. As forças contrárias à luz e à evolução dos encarnados parecem perceber isso e fomentam esse tipo de comportamento, portanto vigiar as próprias palavras é mais do que uma opção, é um dever de cada filho-de-fé.
Se você viu ou ouviu algo que não considera correto ou incomodou, procure o dirigente da casa e peça para que ele o coloque face a face com a pessoa que causou o transtorno para que o caso seja esclarecido amigavelmente (um bom dirigente tenta sempre conciliar, evitando agravar os desentendimentos).
Se as suas palavras, os seus comentários sobre o que você pensa, viu ou ouviu não vão acrescentar nada, guarde-os para você. Isso é um exercício de reforma íntima e com o tempo perceberá que você mesmo está sendo beneficiado com essa ação.
Nunca esqueça o valor das suas palavras deve ser maior que o valor do seu silêncio.
Douglas Fersan
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segunda-feira, 6 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda - 05: Tenha o mesmo respeito por todas as entidades (Douglas Fersan)
05. Tenha o mesmo respeito por todas as entidades.
Não é porque um médium está na Umbanda há mais tempo ou porque você tem mais afinidade com ele, que as suas entidades são melhores ou merecem um tratamento diferenciado. Você pode ter e tem direito às suas afinidades, mas o respeito deve ser igual a todos, independente das suas preferências e independente da função que o médium ocupa no templo. Se a Espiritualidade maior permitiu àquela entidade vir em terra para trabalhar é porque ela está pronta para isso e merece nosso respeito, que na escala evolutiva estamos degraus abaixo. Quando um médium, usando o pretexto do cargo que ocupa no terreiro, exige que suas entidades recebam um tratamento diferenciado, é sinal de quem naquele momento quem está falando é o seu ego aflorado, e não a própria entidade. E quem cai nesse engodo de servir a essas vontades mesquinhas torna-se uma marionete nas mãos dessas pessoas despreparadas.
Tratar a todos de forma respeitosa mostra sua capacidade de altruísmo e superação frente às suas vontades pessoais, que devem ficar do lado de fora do terreiro.
Douglas Fersan
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domingo, 5 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda - 04: Trate a todos como você gostaria de ser tratado (Douglas Fersan)
04. Trate a todos como você gostaria de ser tratado.
Nunca esqueça que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz pela dor. Receber as pessoas com educação, carinho e amor fraterno é dever de cada membro da corrente. Trate-os como você gostaria de ser tratado ao entrar pela primeira vez em um lugar que ainda não conhece: com respeito e hospitalidade. Não importa se você é o dirigente, médium, cambone ou a pessoa que anota o nome dos consulentes. Todos são importantes para o bom funcionamento dos trabalhos espirituais e ninguém possui um posição hierárquica superior, possuem apenas funções diferentes. Perante a espiritualidade somos todos seres humanos encarnados usados como instrumentos para a prática da caridade. Não trate com desdém os problemas de quem procura ajuda, não os trate como estranhos, e sim como um irmão que nada mais pede do que solidariedade. E da sua boa educação dependerá a impressão que ele terá sobre toda a religião, pois a tendência do leigo é generalizar aquilo que ainda não conhece. Ou seja, você é responsável pela imagem que os outras fazem sobre a nossa religião.
Douglas Fersan
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sexta-feira, 3 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 03 - Nunca se julgue insubstituível - por Douglas Fersan
03. Não se julgue insubstituível.
Você é um médium, ou seja, um intermediário, uma ferramenta. Não deixe que seu ego supere as suas qualidades. Insubstituíveis dentro de um templo de Umbanda é Deus, seus guardiões e orixás. Nós, meros mortais, médiuns agimos apenas como instrumentos para que esses seres mais evoluídos realizem o seu trabalho. Não deixamos de ter o nosso mérito por conta disso, mas esse mérito não pode se tornar vaidade a ponto de nos acharmos superiores aos demais trabalhadores da casa. Muitas vezes aquele médium que está quietinho em um canto, em prece apenas, está realizando um trabalho extremamente eficiente e nem e nem os demais se dão conta disso. Portanto, não deixo que se ego fale mais algo que o valor de sua mediunidade. Dentro de um templo somos todos irmãos e como tais temos nossos valores, qualidades e defeitos. E a espiritualidade, sábia como é, saberá substituir um médium corrompido pela vaidade por alguém que ainda tenha o coração puro e livre desse vício.
Douglas Fersan
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quarta-feira, 1 de julho de 2015
15 dicas de como se portar na Umbanda: 02: Não prometa o que não poderá cumprir
02. Não prometa o que não poderá cumprir.
Lembre-se que quem procura um templo de Umbanda geralmente o faz por desespero e dor. Falsas promessas não ajudarão essa pessoa. Se não consegue ver uma solução para os problemas dessa pessoa, ofereça seu ombro amigo, ofereça a sua solidariedade e o amor fraterno, mas não crie falsas esperanças que poderão causar ainda mais sofrimento no futuro. Na Umbanda trabalhamos com a honestidade e a verdade. Falsas promessas nada fazem do que causar mais transtornos a quem precisa de ajuda e alimentar o orgulho mesquinho de quem as faz, acreditando que assim irá arrebanhar adeptos. E na Umbanda não precisamos de adeptos, precisamos de amor fraterno.
Douglas Fersan:
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