domingo, 10 de setembro de 2017

Causos de Umbanda: história de um preto-velho




“Um certo dia, ele atendeu de uma senhora que lhe veio consultar sobre um tumor nos seios, diagnosticado por uma mamografia.

Passes daqui, trabalhos dali, enfim, uma consulta normal…vela, erva, água…

Disse o preto:

– É mizim fia… Tá feito…mas num deixa de procurá o Homi de branco, dispois vem contá pro nego…nego vai ficá no toco esperando zunce vortá…

E saiu a consulente.

Numa próxima gira, estava lá o preto no toco e chegou a sua consulente, já na segunda parte do trabalho.

– Podi entrá mi zim fia, tava le esperano….

– É meu Velho, fui no médico sim… ele disse que o tumor sumiu, vai ver foi engano, o que a mamografia mostrou foi uma sombra de um queloide, que eu já tinha de cirurgia anterior. mas vim lhe agradecer, pois sei que o Senhor me curou..

Diga, meu Pai, o que o Senhor quer de presente, quero lhe agradecer…

Em nossa casa, as entidades as vezes ganham presentes, charutos, bebidas, mas não que peçam, porque as pessoas trazem em agradecimento mesmo, como deve ser em todo lugar.

Mas naquele dia o preto pediu…

– Me traga um bolo de chocolate, mi zi fia, suncê pode faze isso…?? Mais tem qui ser na próxima gira… eu num vô tá aqui, mas fala com o caboclo chefe que ele manda mi chamá….

Todos estranharam, e eu mais ainda, passei a semana pensando naquele pedido, eu que amo bolo de chocolate, pensava comigo, Meu Velho… porque um bolo, Meu Pai… Até os filhos da casa acharam estranho e houve uma brincadeira ou outra… do tipo achando que iam comer o bolo….Alguém arriscou dizer que era a comemoração pela cura da mulher… Enfim… esperei ansiosa… Afinal… confio neles.

Em verdade torci para a mulher nem aparecer com aquele bolo…

Mas ela apareceu, e sentou na primeira fila, como tal bolo, todo confeitado de confetes coloridos.

Chegou o preto, com autorização do chefe do terreiro, que é Seu Serra Negra….

– Trouxe meu bolo, mi zim fia…

– Trouxe meu velho…

Então o preto levantou e disse que na assistência tinha uma menina, de cor morena, que estava fazendo aniversario, 14 anos, e chamou-a.

Disse à menina:

– Mi zim fia, esse é presente que sunce pediu ao seu anjo da guarda, ele não pode vir, mandou o nego te entregar…

A criança marejou os olhos e saiu com o bolo na mão, sentar ao lado da mãe, que chorava muito na assistência. Em 14 anos, nunca havia ganhado um bolo de chocolate….Nunca mais voltou, nunca mais vimos. E nunca esquecemos esta história.”

Autor desconhecido

domingo, 6 de agosto de 2017

Exus mirins





Exus Mirins
Os Exus Mirins são seres de uma dimensão à Esquerda da nossa. Alguns deles se apresentam com características infantis, mas os que se manifestam nos Trabalhos Religiosos de Umbanda já trazem da sua Dimensão um nível de evolução diferenciado.
Exu, Pombagira e Exu Mirim formam o triângulo de forças à Esquerda da Umbanda. Exu Mirim NÃO é filho de Exu e de Pombagira. Todos são arquétipos adotados pela Umbanda para englobar numa só Linha de Trabalhos Espirituais os seres das Dimensões da Vida à nossa Esquerda, pois estamos ligados mentalmente a eles por meio de cordões energéticos.
O desequilíbrio com os Seres da Esquerda, englobados no arquétipo Exu Mirim, gera uma alteração comportamental e consciencial de caráter, de humor e emocional tão intensa que a pessoa começa a regredir e fecha-se em si mesma. Tendo Exu Mirim (à Esquerda) e os Erês (à Direita) em equilíbrio conosco, isto faz com que sejamos alegres, dispostos, de bom humor, falantes e sonhadores. Os Exus Mirins são portadores de poderes excepcionais que, doutrinados de forma correta, muito nos auxiliam. Eles também nos auxiliam amparando os seres equilibrados e merecedores do amparo da Lei, desembaraçando entraves e dificuldades dos seus caminhos, para que os seus projetos bons, saudáveis e justos se concretizem.
Os Exus Mirins cortam intenções e atuações negativas que prejudiquem o equilíbrio da vida, a paz e a harmonia entre os seres; desembaraçam situações complicadas; promovem limpeza energética profunda e cortam magias negativas, principalmente as projeções mentais negativas.


Regência principal: À Esquerda da nossa Dimensão
Campo de atuação: Regeneração e harmonia
Cores: Bicolor Vermelho e Preto

domingo, 30 de julho de 2017

Não reclame - por Douglas Fersan


Não reclame.
Se você passa o tempo a pensar, desejar e fazer o mal, não reclame se as coisas não dão certo em sua vida. Você é fruto do que faz e pratica, a lei da ação e reação é incontestável.


Não reclame.
Se você passa o tempo nutrindo o ódio, não espere que a sua vida seja repleta de flores, mesmo que o alvo da sua pobreza de espírito nem se dê conta ou se preocupe com você e seus pensamentos.


Não reclame.
Se as trevas cercam a sua existência é sinal que você ainda não aprendeu a semeou ou a viver na luz. Então desfrute da companhia dos seres que seu pensamento atrai, ainda que você os queira emanar para seus desafetos.


Não reclame.
Seja abnegado, conviva com os monstros que você cria e alimenta. Eles são seus bichinhos de estimação que passam o dia e a noite perambulando em sua existência.


Não reclame.
Assuma sua involução.


Douglas Fersan.




quarta-feira, 26 de julho de 2017

São flores, Nanã...


Na tradição africana, a Orixá Nanã é reverenciada como Nàná Burúkú (ou Buruquê) e representa o ponto de contato da terra com as águas. É uma Divindade Suprema que fez parte da Criação: é a responsável pelo elemento barro, que emprestou a Oxalá para que este moldasse o primeiro homem e todos os seres viventes da Terra. Com a junção de água e terra surgiu o barro.
Com o Sopro Divino, o barro representa movimento. O movimento adquire estrutura. Do movimento e da estrutura surgiu a Criação, o Homem.
No Candomblé, por exemplo, afirma-se que Nanã é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado pela mitologia Iorubá, há séculos, quando o povo Nagô conquistou o Daomé (atual República do Benin), assimilando sua cultura e incorporando algumas Divindades dos povos dominados.

Nesse processo de encontro de culturas, Nanã (mito Jêje) assume a figura de mãe dos filhos do Daomé, enquanto Oxalá permanece como pai, também, dos daomeanos (embora não fizesse parte da sua mitologia primitiva). Os mitos daomeanos eram mais antigos que os Nagôs, pois vinham de uma cultura que se mostra anterior à descoberta do fogo. Então, tentou-se acertar essa cronologia colocando-se Nanã e o nascimento de seus filhos como sendo fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá. Neste contexto, Nanã é a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluayê) e Oxumarê.

Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza, em si, morte, fecundidade e riqueza. É associada à fecundidade e à prosperidade porque a Ela se pedem filhos; lembrando-se que nas antigas sociedades tribais ter muitos filhos era sinônimo de riqueza (capacidade de sustentá-los) e também de se perpetuar o nome daquele clã.
Para os Jêje, da região do antigo Daomé, seu nome significa “mãe, mãezinha”. Nessa região, Nanã é considerada a Divindade suprema. Talvez por isso, frequentemente é descrita como um Orixá masculino.

A vida está cercada de mistérios que, ao longo da História, atormentam o ser humano. A morte desperta no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nessse momento Nanã se fez compreender: porque é na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram Seus mistérios. Nos primórdios da História, os mortos eram enterrados em posição fetal; o que remetia a uma idéia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nanã. Pois Nanã é o princípio, o meio e o fim; é o nascimento, a vida e a morte; é a origem e o poder.

Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a Terra. Nanã é água parada, água da vida e da morte.
Considerada a mais velha Divindade do panteão africano, Nanã está associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. Ela e Obaluayê foram os únicos Orixás que não reconheceram a soberania de Ogum como dono dos metais, justamente por serem mais antigos que ele. Segundo pesquisas de Pierre Verger, há indícios de que Nanã e Obaluayê eram cultuados desde antes da Idade do Ferro; e esta é a razão de não se utilizar instrumentos de ferro nas suas oferendas. Na África antiga, acreditava-se que entre o mundo dos vivos e o dos mortos existe uma passagem, cuja regente é Nanã, Senhora da Morte, geradora de Iku (a Morte).

Desde suas origens na África, Nanã é reverenciada como o grande Orixá que tem o domínio sobre as enchentes e as chuvas, bem como sobre o lodo produzido por essas águas. Ela também é a mãe e avó, a protetora dos homens e dos idosos, a padroeira da família.

Fonte: http://umbandaeucurto.com/

terça-feira, 4 de julho de 2017

Nanã empresta o barro para Oxalá criar o homem - por Douglas Fersan




Dizem que quando Oxalá criou os homens, tentou usar o ar como matéria-prima mas o vento soprou, tentou usar o fogo, mas ele apagou, tentou usar a água, mas ela escorreu entre seus dedos. Então, Nanã lhe emprestou a lama, com a qual foi moldado o homem, e Olorum o soprou dando-lhe vida. Em troca Nanã pediu que o corpo dos homens lhe fossem devolvidos quando morressem. Assim, quando os homens deixam a vida carnal, seus corpos são enterrados e Nanã os acolhe, como se voltassem à sua origem. Nanã nos acolhe e embala em seus braços, nos preparando para uma nova existência.

Douglas Fersan

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Diálogo entre um sábio e um preto velho - Ronaldo Figueira

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar. Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar.

O filósofo respondeu:
Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas
pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente.

Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.
Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. ”Téchne” e “Logos” também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida. Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela humilde entidade possuía. Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência?

Este, respondeu:

Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Ass im como vós, na Terra. Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.

E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro,
semeador das raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.
Que cada um formule a sua moral da história.
Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão alinhados com os propósitos de simplicidade.
Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber.


Autor: Ronaldo Figueira http://9misticos.worpress.com

domingo, 18 de junho de 2017

Banquete de Kiumba - por Douglas Fersan

Sete velas pretas, sete velas vermelhas... – conferiu mais uma vez e lembrou feliz, ao ver que uma tinha se partido ao meio, que comprou uma vela a mais de cada cor, justamente para evitar que um contratempo atrapalhasse o trabalho.
           
            Um carro passou e ela se virou, dando as costas à estrada.  Não queria que ninguém a visse ali, na encruzilhada fazendo uma macumbinha.  Estava bastante convicta do que queria, mas não custava nada evitar ser vista, afinal o que diriam os conhecidos se fosse flagrada com aquela parafernália toda, despachando um “trabalho” na encruzilhada?

            Conferiu a lista mais uma vez: as velas, as bebidas, os charutos, os cigarros...  havia outras coisas também – geralmente mal vistas pelas pessoas, como uma galinha morta, uma língua de boi, um coração...  estava tudo ali.  Não havia esquecido também os pedidos escritos num pedaço de papel.  Já que ia à encruzilhada, resolveu pedir tudo que ansiava.  Pediu que aquela vizinha intrometida se mudasse para bem longe, que a falsa amiga mordesse e língua e se desse mal no trabalho, que aquela sirigaita que lançava olhares insinuantes ao seu namorado quebrasse as duas pernas e, obviamente, que ele, o namorado, ficasse sempre ao seu lado, submisso e escravo do seu amor, cego para outras mulheres e prisioneiro de seus caprichos.  Certamente os exus as pombogiras a ajudariam e ele seria sua propriedade exclusiva.

            _Sim, os exus e pombogiras me ajudarão – pensou novamente, convicta de que os estava pagando muito bem com tudo que aquilo que despejava sobre o chão da encruzilhada.

            Por um momento observou novamente todo aquele material e pensou no quanto gastou com aquilo.  Além do que aquela amiga “macumbeira” havia indicado, comprou outras coisas por conta própria, pois assim acreditava que reforçaria o trabalho. Rosas e cravos vermelhos certamente seriam bem aceitos pelos espíritos, além de um perfume (barato, é verdade) e um alguidar com farofa amarela, tudo colocado sobre uma toalha vermelha.  Se eles a ajudariam com a receitinha dada pela amiga, imagine então com tudo aquilo que acrescentou...  Vendo tudo aquilo, achou que sua oferenda estava acima dos padrões financeiros usados nas macumbas que se vê por aí e adicionou alguns pedidos à sua lista.  Pediu um aumento salarial, a desventura de outro desafeto, além de reforçar o pedido – quase uma exigência – para que o namorado ficasse a seus pés.

            Escondeu-se mais uma vez de outro carro que passava e colocou tudo aquilo sobre o chão.  Colocou de qualquer jeito, nem se deu ao trabalho de abrir as garrafas de bebidas – não comprou das mais baratas, fez questão de lembrar.  Foi aí que recordou que sua amiga “macumbeira” havia dito que os espíritos não conseguem abrir garrafas e nem acender cigarros ou charutos.  Tratou de realizar essa tarefa meio a contragosto e resolveu ajeitar os materiais sobre a toalha. 

            _Até que ficou bonito – disse baixinho.

            Em seguida bateu palmas próximo às velas, conforme a amiga havia ensinado, e chamou pelo nome dos exus e das pombogiras.  Não poupou ninguém: Exu Pimenta, Tranca-Ruas, Exu Veludo, Exu da Meia-Noite, Marabô, Morcego, Maria Mulambo, Maria Padilha, Dama da Noite, Sete Saias...  nomes famosos que permeiam o universo da Umbanda e da Quimbanda.

            Terminado o confuso ritual, deu três passinhos para trás, se virou de costas e tomou seu rumo, certa de que seria atendida em seus pedidos o mais breve possível.  Assim que saiu, um grupo de kiumbas, espíritos zombeteiros e trevosos da pior espécie, se aproximaram daquela bagunça que emporcalhava a via pública e passaram a se divertir com aquele banquete que lhes foi deixado.  Assim que terminasse sua festa, iriam atrás daquela tola menina, a fim de confundir seus pensamentos, dando-lhe falsas impressões de sucesso e esperanças, e em seguida paranoias e sensação de fracasso, que iriam confundir-lhe as ideias, causando medo, insônia, insegurança e toda uma gama de fatores que a fariam ouvir novamente conselhos de pessoas mal informadas, mal esclarecidas e até mal intencionadas como essa amiga “macumbeira”, e iria novamente a uma encruzilhada servir esses kiumbas obsessores vez após vez, até se tornar escrava de sua própria loucura.

            Um pouco distante, os verdadeiros exus e pombogiras, incansáveis trabalhadores do Astral, observavam tristes àquela cena.  Os (verdadeiros) exus da Meia-Noite, Pimenta, Marabô, Morcego, Tranca-Ruas, acompanhados das Senhoras Sete Saias, Maria Mulambo, Maria Padilha e Dama da Noite não interferiram de imediato, pois algumas criaturas não ouvem bons conselhos, não aprendem pelo caminho mais fácil, precisam trilhar o caminho da dor para que o conhecimento sobre a moral espiritual seja compreendida.  Sabiam que aquela pobre coitada teria que sofrer para deixar de ser egoísta.  Teria que sentir os efeitos do mundo espiritual para aprender a respeitá-lo.  Eles sabiam que, após toda aquela bagunça que ela chamava de “trabalho” e de “despacho”, seria perseguida pelos kiumbas e que isso sim a faria procurar um lugar sério, onde eles seriam afastados dela e enfim ela se tornaria também uma trabalhadora da espiritualidade na terra, auxiliando outras pessoas para que não cometessem o mesmo erro.  Ou então, se insistisse na sua teimosia e egoísmo em querer manipular as coisas e as pessoas com a ajuda de espíritos, acabaria se decepcionando por não atingir seus objetivos escusos e se afastaria definitivamente daquilo que ela erroneamente acreditava ser Umbanda.  Não passando pela peneira da Umbanda talvez se convertesse a uma religião da moda e passasse a se autointitular “ex-mãe-de-encosto”...

Douglas Fersan
Julho de 2

quarta-feira, 3 de maio de 2017

A Mansão dos Mortos - novo livro de Douglas Fersan


Acabou de ser lançado: A Mansão dos Mortos, de Douglas Fersan. Através do link https://www.clubedeautores.com.br/…/233656--A_Mansao_dos_Mo… é possível visualizar as primeiras páginas dessa história que tem Judas seu personagem principal. Dividido entre o arrependimento e a culpa, Judas Scariotes se torna um guerreiro e guardião, viajando por vários períodos da história - desde a época de Cristo, passando pela Idade Média e as fogueiras da inquisição, influenciando o iluminismo até chegar ao século XX. Mas se você tem preconceitos e não tem a mente aberta para novas ideias, é melhor não ler esse livro.

domingo, 5 de março de 2017

Ser sacerdote não é se impor - Jeff Santana



Cada um dentro de um terreiro de Umbanda sabe de suas responsabilidades desde de um guia espiritual até os assistentes.

Agora aquele que não gosta de seguir doutrina e regras que não para em casa alguma e sai aos quatros ventos falando que nenhum terreiro de Umbanda presta atenção :

Devemos ter muito cuidado com este tipo de médium e pessoas pois existe alguns filhos e adeptos da religião que acham que a casa que tem que se adaptar aos seus costumes não ele se adaptar a casa. A realidade e uma só quem não tem humildade para abaixar as orelhas e aprender se doutrinar , se educar nunca nenhum terreiro de Umbanda vai prestar nunca vai permanecer em religião ou terreiro Algum.

Jeff Santana.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Quer agradar um filho-de-santo?



Quer agradar um filho de santo?
Basta seguir estas instruções:
• Deixe sempre ele visitar todos os lugares que quiser e quando quiser.
• Deixe-o comprar todos os paramentos e bugigangas que ele quiser para os seus guias.
• Nunca o repreenda, seja sempre um zelador bonzinho que não exige nada.
• Nunca peça para que ele ajude com as despesas do terreiro.
• Não cobre colaborações de espécie alguma para melhorias do terreiro, pois á casa é sua e não dele (assim eles pensam).
• Não peça a ele para lavar louças ou o banheiro, pois não são faxineiros e estão ali só para aprender os ensinamentos da casa e darem uma de sabichões nas rodas de amigos.
• Deixe que ele beba até cair, pois ele não é garçom para dar a devida atenção aos seus convidados em festividades.
• Não diga a ele que ele não pode ir embora à hora que ele deseja.
• Deixe-o chegar a hora que ele quiser no dia de gira sem cobranças ou justificativas.
• Entenda os seus vícios e as recaídas aos seus vícios, pois chegar drogado ou bêbado para os trabalhos não tem problemas, o importante é ele estar em dia com suas mensalidades. 
• Deixe-o fazer fofocas e intrigas dentro da sua casa como se a mesma não tivesse um líder. 
• Contorne as burradas que ele faz, aceite suas desculpas esfarrapadas...
• Finja não ouvir suas reclamações e descontentamentos.
• Carregue ele no colo e não permita jamais que caia ou que sofra.
• Coopere com os achismos dele jamais lhe contrariando.
• Permita com que ele possa extravasar todos os seus fetiches e vaidades dentro do terreiro.


Quer estragar tudo isso?
Tente colocar doutrina e cabrestos... 
Aí você passa a não prestar mais e esse filho que jurava lhe amar vai procurar outra casa para fazer o mesmo!

Acesse nosso site:

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O vaso de sete ervas - Douglas Fersan


É muito comum, especialmente entre os espiritualistas, cultivar um vaso de sete ervas (espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode, manjericão, alecrim, guiné, pimenta e arruda) a fim de obter proteção espiritual. O poder das ervas nesse campo é inegável, no entanto de nada adianta ter o seu vaso de sete ervas se você cultivar em seu espírito sete sentimentos e hábitos:

1. Rancor
2. Maledicência/mentira/fofoca
3. Inveja
4. Arrogância/falta de humildade/vaidade
5. Descrença/falta de fé
6. Maldade/falta de compaixão
7. Hipocricia/falsidade

Se cultivar esses sentimentos em sua alma, as ervas do seu vaso secarão - e não adiantará dizer que isso aconteceu porque alguém lhe desejou mal (ninguém pode nos fazer maior mal do que nós mesmos). Paralelo a isso corre o risco de secar a sua espiritualidade também. Cultive ervas, mas cultive também o que há de melhor em si.

Douglas Fersan

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Exu de Raiz x Exu Nutella - por Douglas Fersan

Descontraindo e entrando na brincadeira (que às vezes diz algumas verdades):

Exu de raiz:
1. Aconselha e ajuda quem o procura;
2. trabalha na simplicidade;
3. diz que trabalha dentro da Lei Maior;
4. dá gargalhadas para descarregar o seu cavalo e o ambiente;
5. fuma e bebe para defumar e limpar o seu cavalo;
6. pede em troca apenas a fidelidade de seus protegidos.

Exu Nutella:
1. Ameaça e tenta extorquir quem o procura;
2. usa fantasias, adereços mil, parece mais uma árvore de natal ambulante;
3. diz que veio do inferno, que "é assim" com o diabo, promete coisas impossíveis sempre pedindo algo em troca, diz que tem chifre, rabo e pés de bode;
4. dá gargalhadas estrondosas (e ridículas) para que a assistência pense que ele é o mais poderoso exu de todos os tempos;
5. fuma e bebe para satisfazer o vício do seu cavalo, que fica completamente bêbado quando o exu nutella vai embora;
6. pede presentes caríssimos e até valores em dinheiro para proteger quem o procura.

Creio que todos já presenciaram os dois tipos de manifestação. Qual vocês preferem e em qual vocês realmente acreditam?

Douglas Fersan


domingo, 5 de fevereiro de 2017

As dificuldades de se manter um terreiro de Umbanda - por Roberley Meirelles

As dificuldades de se manter um terreiro de Umbanda.

Muitas pessoas acreditam que abrir um terreiro de umbanda é coisa simples é somente arranjar umas meias dúzias de imagens, colocar sobre uma mesa, ou prateleiras, acender velas, cantar, bater palma e deixar os guias descer em terra.

Não é bem assim, o buraco é mais embaixo.

Além dos assentamentos e preparação do chão, do congá, das imagens, enfim de todos os detalhes que engloba um terreiro, temos outras dificuldades que a pessoa no afã de querer um status não se apercebe.

O inicio de um terreiro aqui na terra, tem a sua contra parte no astral, afinal se uma casa trabalha com espíritos, e esses irmãos que começam a dedicar e amparar a corrente vão iniciar um processo de cura, os irmãos de baixas vibrações espirituais, obrigatoriamente terão que ser socorridos inicialmente para algum local concordam?

Este local será justamente a parte invisível que nós seres humanos não enxergamos, e ela estará muito, mas muito perto de nós, deverá ser um local de transito rápido, onde os espíritos receberão os primeiros socorros e após as triagens serão transferidos para hospitais, creches, sanatórios ou escolas no astral.

Para quem leu um pouco da obra de Francisco Candido Xavier, o que escrevi não é novidade alguma, para aqueles que infelizmente acreditam que somente existe o trabalho e acabou um dia terão uma grata surpresa.

Justamente por causa dessas energias que não é aconselhável o trabalho em nossa moradia, ou a incorporação fora do terreiro ao qual somos ligados, mas isto já foi falado, debatido e ensinado aqui mesmo em nossa pagina.

As dificuldades matérias muitas vezes são superiores a essas espirituais detalhadas acima, para se manter um terreiro logicamente necessita-se de um local, tem que ter um local que ao menos apresente um pouco de conforto aos médiuns e também as pessoas que buscam socorros.

Para ter um local apropriado, muitas vezes tem que pagar aluguel, IPTU, Seguro contra incêndio.

Precisa-se de ter banheiros, isto nos leva a entender que necessariamente ira se usar, papel, sabão ou sabonete, tolha, ou papel toalha, desinfetante.

Ninguém trabalha no escuro, obrigatoriamente tem que ter energia elétrica.

Então somente para começar os trabalhos em um local apropriado temos aluguel, água, luz, IPTU, seguro.

Ninguém trabalha sem ao menos um vela no Congá ou na tronqueira, porém sabemos que não usamos somente uma, são algumas para cada trabalho.

Compreende o quanto é difícil manter um terreiro, o que muitos chefes de congas fazem para manter a porta aberta, criticar nossa, muitos criticam por você passar uma rifa de R$ 2,00, muitas pessoas alegam que não podem contribuir com essa imensa quantia, mas querem água mineral, e tem que ser gelada, afinal quente ninguém merece.

Não é fácil manter um terreiro aberto, não é barato manter um terreiro aberto, se fossemos levar somente pelo lado material creio que muitos irmãos já teriam encerrados as suas atividades a muito tempo.

Eu fico triste quando fico sabendo do encerramento das atividades de um terreiro de umbanda, como soube esta semana de dois terreiros.

Isto é o que a gente sabe, mas quantos terreiros não fecham as suas partes devido a falta de estrutura ou a união do seu grupo mediúnico.

Sou solidário a esses chefes de congas que como ultimo recurso escolhem encerrar as suas atividades e aguardar o amparo dos orixás para recomeçar.

Temos que ser solidários, pois sabemos e vivemos esta triste realidade, contamos moedas muitas vezes para completar o pagamento de todos os nossos encargos.

Sabe meus amigos é muito fácil a pessoa ir ao terreiro e pedir a exu um favor, olha já vi eles ajudarem a tanta gente e conto nos dedos de uma mão a pessoa que um dia lembrou em trazer uma garrafa de marafó para ofertar na tronqueira.

Por causa disso me solidarizo com todos os Bábàs e Yás que preferem encerrar suas atividades.

É triste, mas é a pura realidade.

Isto ocorre no meu, no seu, enfim em todos os terreiros de Umbanda.

Roberley Meirelles

As dificuldades de se manter um terreiro de Umbanda.
Muitas pessoas acreditam que abrir um terreiro de umbanda é coisa simples é somente arranjar umas meias dúzias de imagens, colocar sobre uma mesa, ou prateleiras, acender velas, cantar, bater palma e deixar os guias descer em terra.
Não é bem assim, o buraco é mais embaixo.
Além dos assentamentos e preparação do chão, do congá, das imagens, enfim de todos os detalhes que engloba um terreiro, temos outras dificuldades que a pessoa no afã de querer um status não se apercebe.
O inicio de um terreiro aqui na terra, tem a sua contra parte no astral, afinal se uma casa trabalha com espíritos, e esses irmãos que começam a dedicar e amparar a corrente vão iniciar um processo de cura, os irmãos de baixas vibrações espirituais, obrigatoriamente terão que ser socorridos inicialmente para algum local concordam?
Este local será justamente a parte invisível que nós seres humanos não enxergamos, e ela estará muito, mas muito perto de nós, deverá ser um local de transito rápido, onde os espíritos receberão os primeiros socorros e após as triagens serão transferidos para hospitais, creches, sanatórios ou escolas no astral.
Para quem leu um pouco da obra de Francisco Candido Xavier, o que escrevi não é novidade alguma, para aqueles que infelizmente acreditam que somente existe o trabalho e acabou um dia terão uma grata surpresa.
Justamente por causa dessas energias que não é aconselhável o trabalho em nossa moradia, ou a incorporação fora do terreiro ao qual somos ligados, mas isto já foi falado, debatido e ensinado aqui mesmo em nossa pagina.
As dificuldades matérias muitas vezes são superiores a essas espirituais detalhadas acima, para se manter um terreiro logicamente necessita-se de um local, tem que ter um local que ao menos apresente um pouco de conforto aos médiuns e também as pessoas que buscam socorros.
Para ter um local apropriado, muitas vezes tem que pagar aluguel, IPTU, Seguro contra incêndio.
Precisa-se de ter banheiros, isto nos leva a entender que necessariamente ira se usar, papel, sabão ou sabonete, tolha, ou papel toalha, desinfetante.
Ninguém trabalha no escuro, obrigatoriamente tem que ter energia elétrica.
Então somente para começar os trabalhos em um local apropriado temos aluguel, água, luz, IPTU, seguro.
Ninguém trabalha sem ao menos um vela no Congá ou na tronqueira, porém sabemos que não usamos somente uma, são algumas para cada trabalho.
Compreende o quanto é difícil manter um terreiro, o que muitos chefes de congas fazem para manter a porta aberta, criticar nossa, muitos criticam por você passar uma rifa de R$ 2,00, muitas pessoas alegam que não podem contribuir com essa imensa quantia, mas querem água mineral, e tem que ser gelada, afinal quente ninguém merece.
Não é fácil manter um terreiro aberto, não é barato manter um terreiro aberto, se fossemos levar somente pelo lado material creio que muitos irmãos já teriam encerrados as suas atividades a muito tempo.
Eu fico triste quando fico sabendo do encerramento das atividades de um terreiro de umbanda, como soube esta semana de dois terreiros.
Isto é o que a gente sabe, mas quantos terreiros não fecham as suas partes devido a falta de estrutura ou a união do seu grupo mediúnico.
Sou solidário a esses chefes de congas que como ultimo recurso escolhem encerrar as suas atividades e aguardar o amparo dos orixás para recomeçar.
Temos que ser solidários, pois sabemos e vivemos esta triste realidade, contamos moedas muitas vezes para completar o pagamento de todos os nossos encargos.
Sabe meus amigos é muito fácil a pessoa ir ao terreiro e pedir a exu um favor, olha já vi eles ajudarem a tanta gente e conto nos dedos de uma mão a pessoa que um dia lembrou em trazer uma garrafa de marafó para ofertar na tronqueira.
Por causa disso me solidarizo com todos os Bábàs e Yás que preferem encerrar suas atividades.
É triste, mas é a pura realidade.
Isto ocorre no meu, no seu, enfim em todos os terreiros de Umbanda.
Roberley Meirelles
Conheça nossa casa:
https://www.facebook.com/groups/espiritismoseumbanda/
T.U Nossa Casa Nosso Terreiro

As dificuldades de se manter um terreiro de Umbanda.
Muitas pessoas acreditam que abrir um terreiro de umbanda é coisa simples é somente arranjar umas meias dúzias de imagens, colocar sobre uma mesa, ou prateleiras, acender velas, cantar, bater palma e deixar os guias descer em terra.
Não é bem assim, o buraco é mais embaixo.
Além dos assentamentos e preparação do chão, do congá, das imagens, enfim de todos os detalhes que engloba um terreiro, temos outras dificuldades que a pessoa no afã de querer um status não se apercebe.
O inicio de um terreiro aqui na terra, tem a sua contra parte no astral, afinal se uma casa trabalha com espíritos, e esses irmãos que começam a dedicar e amparar a corrente vão iniciar um processo de cura, os irmãos de baixas vibrações espirituais, obrigatoriamente terão que ser socorridos inicialmente para algum local concordam?
Este local será justamente a parte invisível que nós seres humanos não enxergamos, e ela estará muito, mas muito perto de nós, deverá ser um local de transito rápido, onde os espíritos receberão os primeiros socorros e após as triagens serão transferidos para hospitais, creches, sanatórios ou escolas no astral.
Para quem leu um pouco da obra de Francisco Candido Xavier, o que escrevi não é novidade alguma, para aqueles que infelizmente acreditam que somente existe o trabalho e acabou um dia terão uma grata surpresa.
Justamente por causa dessas energias que não é aconselhável o trabalho em nossa moradia, ou a incorporação fora do terreiro ao qual somos ligados, mas isto já foi falado, debatido e ensinado aqui mesmo em nossa pagina.
As dificuldades matérias muitas vezes são superiores a essas espirituais detalhadas acima, para se manter um terreiro logicamente necessita-se de um local, tem que ter um local que ao menos apresente um pouco de conforto aos médiuns e também as pessoas que buscam socorros.
Para ter um local apropriado, muitas vezes tem que pagar aluguel, IPTU, Seguro contra incêndio.
Precisa-se de ter banheiros, isto nos leva a entender que necessariamente ira se usar, papel, sabão ou sabonete, tolha, ou papel toalha, desinfetante.
Ninguém trabalha no escuro, obrigatoriamente tem que ter energia elétrica.
Então somente para começar os trabalhos em um local apropriado temos aluguel, água, luz, IPTU, seguro.
Ninguém trabalha sem ao menos um vela no Congá ou na tronqueira, porém sabemos que não usamos somente uma, são algumas para cada trabalho.
Compreende o quanto é difícil manter um terreiro, o que muitos chefes de congas fazem para manter a porta aberta, criticar nossa, muitos criticam por você passar uma rifa de R$ 2,00, muitas pessoas alegam que não podem contribuir com essa imensa quantia, mas querem água mineral, e tem que ser gelada, afinal quente ninguém merece.
Não é fácil manter um terreiro aberto, não é barato manter um terreiro aberto, se fossemos levar somente pelo lado material creio que muitos irmãos já teriam encerrados as suas atividades a muito tempo.
Eu fico triste quando fico sabendo do encerramento das atividades de um terreiro de umbanda, como soube esta semana de dois terreiros.
Isto é o que a gente sabe, mas quantos terreiros não fecham as suas partes devido a falta de estrutura ou a união do seu grupo mediúnico.
Sou solidário a esses chefes de congas que como ultimo recurso escolhem encerrar as suas atividades e aguardar o amparo dos orixás para recomeçar.
Temos que ser solidários, pois sabemos e vivemos esta triste realidade, contamos moedas muitas vezes para completar o pagamento de todos os nossos encargos.
Sabe meus amigos é muito fácil a pessoa ir ao terreiro e pedir a exu um favor, olha já vi eles ajudarem a tanta gente e conto nos dedos de uma mão a pessoa que um dia lembrou em trazer uma garrafa de marafó para ofertar na tronqueira.
Por causa disso me solidarizo com todos os Bábàs e Yás que preferem encerrar suas atividades.
É triste, mas é a pura realidade.
Isto ocorre no meu, no seu, enfim em todos os terreiros de Umbanda.
Roberley Meirelles
Conheça nossa casa:
https://www.facebook.com/groups/espiritismoseumbanda/
T.U Nossa Casa Nosso Terreiro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Prece do perdão



Eu me liberto do ódio por meio do perdão e do amor. Entendo que o sofrimento, quando não pode ser evitado, está aqui para me fazer avançar em direção à glória.

As lágrimas que me fizeram verter, eu perdoo.
As dores e as decepções, eu perdoo.
As traições e mentiras, eu perdoo.
As calúnias e as intrigas, eu perdoo.
O ódio e a perseguição, eu perdoo.
Os golpes que me feriram, eu perdoo.
Os sonhos destruídos, eu perdoo.
As esperanças mortas, eu perdoo.
O desamor e o ciúme, eu perdoo.
A indiferença e a má vontade, eu perdoo.
A injustiça em nome da justiça, eu perdoo.
A cólera e os maus-tratos, eu perdoo.
A negligência e o esquecimento, eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal, eu perdoo.

Eu perdoo também a mim mesmo.
Que os infortúnios do passado não sejam mais um peso em meu coração.
No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento.
No lugar da revolta, coloco a música que sai do meu violino.
No lugar da dor, coloco o esquecimento.
No lugar da vingança, coloco a vitória.

Serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor,
De doar mesmo que despossuído de tudo,
De trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos,
De estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono,
De secar lágrimas ainda que aos prantos,
De acreditar mesmo que desacreditado.

Assim seja. Assim será."

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Umbandista em extinção - por Robson Andreani





UMBANDISTA EM EXTINÇÃO


"Se você, ao entrar em um terreiro, pede licença e saúda os assentamentos e firmezas da casa;
*Se você, ao ficar diante de um Preto Velho se ajoelha e pede sua benção;
*Se você, ao se afastar de um guia ou do altar, sai de costas e permanece de frente para o altar;
*Se Você, ao conversar com uma entidade, se curva e abaixa o olhar em sinal de respeito;
*Se você, ao tomar um passe, agradece de coração a entidade que o atendeu;
*Se você, ao ganhar de um guia um gole de sua bebida, pega sempre o copo com as duas mãos;
*Se você, ao ser convocado para um trabalho difícil, não se envaidece e se prepara com amor;
*Se você, ao ser corrigido por seu Pai/Mãe de santo não se enfurece, mas entende que é para sua evolução;
*Se você, ao encontrar seu Pai/Mãe de santo, toma sua benção, seja onde for;
*Se você, ao cantar determinados pontos de umbanda ainda se emociona como no início;
*Se você, ao perceber um erro de alguém, não critica, mas procura orientar da forma adequada;
*Se você, ao não entender um ensinamento ou doutrina, questiona,pergunta,ao invés de fingir que entendeu;
*Se você, ao ouvir comentários desnecessários dentro do terreiro os ignora e não se envolve;
*Se você, ao faltar ao gira ou em algum trabalho, pede desculpas aos seus guias por sua falta;
*Se você, ao fim de um culto ou trabalho fica feliz e ansioso pelos próximos compromissos;
*Se você, ao invés de priorizar as amizades com irmãos de santo, prioriza a casa que o desenvolve;
*Se você, ao se sentir fraco, busca a ajuda de sua casa ao invés de se afastar dela;
*Se você, ao presenciar algum problema em sua casa, não se omite e toma as devidas providências,mostrando-se atuante;
*Se você, preocupa-se tanto com o seu próprio desenvolvimento quanto com o dos outros;
*Se você, tem respeito e amor verdadeiro por sua casa e entende o quão é difícil em vários momentos mantê-la...

PARABÉNS POR SUA POSTURA, MAS CUIDADO, VOCÊ É UM UMBANDISTA EM EXTINÇÃO..."

Por Robson Andreani


domingo, 22 de janeiro de 2017

No vale da sombra e da morte - por Douglas Fersan



Ainda que eu ande pelo vale das sombras e da morte terei meu guardião a me cuidar.

Essa afirmação refere-se claramente aos nossos guardiões Exus e Pombogiras, ou como são chamados mais comumente, ao povo da esquerda, e certamente pode soar como blasfêmia, já que é uma nítida referência ao Salmo 23:4, bíblico. Trata-se, na realidade de uma questão de interpretação.

Ao contrário do que se propaga (irresponsavelmente) por aí, os nossos guardiões "da esquerda" não são anjos decaídos subordinados aos demônios e suas leis. Os verdadeiros exus trabalham dentro da Lei Divina, sendo responsáveis inclusive pela sua aplicação. Portanto, não são cruéis, são justos, e assim sendo, estarão sempre prontos a cuidar daqueles que procuram caminhar na estrada da retidão.

Nos momentos e nos locais de sombras e escuridão serão eles a nos proteger, desde que sejamos merecedores. Portanto, a analogia com o texto bíblico não se trata de blasfêmia e sim da consciência de que Deus, sendo onipresente, tem seus trabalhadores espalhados em todos os cantos do Universo, inclusive no "vale das sombras e da morte". Ali, os merecedores serão protegidos pela capa e pela lança de exu, pois como trabalhadores do Astral, estarão atentos para que aqueles que se esforçam para cumprir os princípios morais das leis divinas não sejam vítimas dos seres das sombras.

Douglas Fersan

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quando se brinca com as sombras... - por Douglas Fersan



Quando um médium procura um templo espiritualista (independente de sua denominação) e segue todas as regras e cuidados que seus mentores ensinam, ele se torna um trabalhador da luz, uma ferramenta da Mão Divina para a prática da caridade. Essa seriedade lhe concede a segurança necessária para realizar o seu trabalho espiritual sem medo dos ataques nefastos dos seres das sombras, pois estará sempre formando um escudo moral em torno de si.

Já a prática espiritual irresponsável causa justamente o oposto. Quando se trata a espiritualidade como uma simples aventura, os mentores de luz certamente terão tarefas mais importantes para cuidar do que simplesmente observar brincadeiras tais como a do copo, do compasso, da tábua ouija ou a mistificação que muitos praticam inclusive dentro de casas religiosas.

Portanto, não esqueça: quando você trabalha para a luz, a luz lhe ampara. Quando brinca com as sobras, elas lhe observam.

Douglas Fersan

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Vivemos os problemas do mundo, mas nossa fé nos ampara - Douglas Fersan


O fato de sermos umbandistas não nos torna imunes de nada que acontece no mundo, sejam coisas positivas ou negativas. Estamos todos sujeitos a momentos de alegria e de dissabores, pois o fato de sermos - ou pelo menos devermos ser - espiritualizados não nos livra daquilo que acontece em sociedade, pois o espírito é luz, mas o corpo é do mundo e a sociedade nos influencia diretamente.

Estamos sempre sujeitos a fatos que podem nos causar dissabores, tristezas, traumas, rancores e desgostos. A violência é um problema social crônico e pode sim nos atingir. Manter a fé em Deus, em nossos orixás e guardiões pode nos ajudar a evitar essas situações, mas muitas vezes a densidade negativa que existe sobre o planeta é tão grande que acaba nos atingindo.

Como todo cidadão consciente, devemos - apesar de ser difícil - manter a calma nesses momentos e lembrar que o importante é a nossa existência nesse plano, pois se ainda aqui estamos encarnados, é porque temos muito o que cumprir e aprender ainda. Bens materiais se vão, assim como um dia vieram e podem voltar seja através da justiça ou de nosso trabalho. Mas lembremos sempre de agradecer ao fato de estarmos vivos e seguros após passar pelo trauma de uma violência social.

Nessa semana um filho de nossa casa passou por um momento assim. Felizmente manteve a calma e apesar de ter uma arma apontada para si, saiu ileso. Os bens materiais (automóvel e celular se foram), mas o mais o mais importante é que ele continua inteiro e saudável entre nós.

Talvez os críticos da nossa fé digam: "ora, mas onde estavam os orixás que não os protegeram?"
Os orixás estavam bem ali, fazendo com ele mantivesse a calma e impedindo que o marginal por nervosismo, maldade ou desprezo pela vida humana disparasse o gatilho. Os orixás trabalharam como nunca.

Da mesma forma que Deus estava presente quando tentaram matar o pastor Valdemiro Santiago. Muitos zombaram do fato dizendo que pelo fato dele ser pastor Deus deveria tê-lo livrado do criminoso. Essa "brincadeira" é no mínimo maledicente. Resguardados os juízos de valores, ele também está sujeito à violência do mundo, assim como qualquer pastor, pai-de-santo, rabino, padre, bezedeira, etc. Somos humanos encarnados que vivemos numa sociedade doente.

Mas como Deus é grande, Ogum é guerreiro, Xangô é justiça, os exus não nos desamparam e os malandros gostam de uma farra mas detestam a maldade, por um desses acasos, a polícia em uma de suas operações localizou o carro roubado. Que bom, mais uma prova de que os orixás estão trabalhando. Mas vale dizer novamente que apesar dos bens recuperados, o mais importante ainda é a integridade desse filho da nossa casa.

Abençoados sejam os orixás, os guardiões e os homens da lei que fizeram seu trabalho. Que fique o exemplo deixado por esse filho: por maior que seja o valor do seu bem material, sua vida e tudo que foi planejado para ela vale muito mais.

Obrigado aos nossos amigos espirituais por não nos desampararem mais uma vez.

Douglas Fersan.

A falange dos Caveiras - Pretah de Oyá





Eu tenho que admitir que dentro da linha de Exú a falange que tenho mais receio é a dos CAVEIRAS. ( e quantas vezes já ouvi isso)
Mas porque eles usam essa roupagem? Eles são caveiras? Moram no Inferno? São malígnos?


Então, para começar: Eles são MARAVILHOSOS! Não, não são do inferno, nem malígnos! Esse medo na maioria de nós se dá por dois motivos:

1) Somos criados dentro de um universo simbólico onde a caveira significa morte, perigo, veneno, mal, então associamos essas entidades à coisas medonhas que em absoluto não fazem parte da missão desses espíritos, que carregam um fardo enorme.

2) Sim, a energia deles causa esse receio, pois precisa ser assim. Os Exús da linha dos Caveiras lidam com o desencarne, com as pendengas que os espíritos deixam, encaminham as almas, capturam kiumbas, quebram feitiços, são agentes da lei mágica, protetores da Alta Magia ( apesar de serem associados com a baixa).

Eles estão diretamente ligados ao Orixá Omulú, pois é ele que cuida da transição desse mundo e do próximo. São seus auxiliares, seus trabalhadores, que cuidam dessa porteira espiritual, da transição e por isso caveiras. A caveira é o elemento mais íntimo do ser encarnado ao mesmo tempo que é o último resquício desse quando desencarna, ou seja, representa essa dualidade vida e morte.

Sinto decepcionar os que achavam que cultuávamos o motoqueiro fantasma, mas não, esses espíritos são trabalhadores árduos e MUITO SÉRIOS. Sua energia não deve ser invocada com tanta frequência quanto os demais por trabalharem dentro dessa esfera energética, muitas vezes indo à umbrais, lugares escuros e sombras para recuperação de almas.

Meu respeito e agradecimento
Salve sua banda! Salve os caveiras!

#PretahdeOyá ☞Créditos