sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fanatismo: um mal que atinge todas as religiões - por Douglas Fersan


Há quem pense que o fanatismo religioso é uma característica apenas das igrejas pentecostais ou de muçulmanos fundamentalistas.  Mero engano, mero senso comum - além de preconceito, é claro.

O fanatismo está presente em todas as religiões, pois é um sentimento humano e não uma prerrogativa litúrgica.  As religiões não ensinam os fiéis a serem fanáticos, nem exigem isso deles, mas a fraqueza de suas opiniões, bem como a suscetibilidade para absorver ideias alheias, os faz vítimas fáceis da manipulação mental e, principalmente, da auto-sugestão.

Como já disse antes, fanatismo existe em todas as religiões. E na Umbanda não é diferente.  Há quem diga que a Umbanda é uma religião que prima pela racionalidade e que, portanto, isso não deveria acontecer.  Mais uma vez o engano. Religiões não primam pela racionalidade, primam pela fé e essa pode facilmente ser corrompida.

Quantos irmão da Umbanda, que se julgam conhecedores de todos os mistérios não são, na realidade, fanáticos que a tudo atribuem ação dos espíritos?

A muitos basta pegar um resfriado para achar que foi vítima de demanda.

Basta um copo cair e quebrar para achar que Exu Mirim está fazendo traquinagem.

Outros sonham com um gato preto e correm telefonar para o seu pai-de-santo para que ele interprete o sonho, como se o bichano fosse realmente sinal de mau agouro, e não vítima potencial da crendice popular. Tenho pena dos pais-de-santo nessas horas...

E ainda se diz dono de uma fé imensa.  Ao contrário disso, se tivesse tanta certeza assim em sua fé, não se acharia vítima fácil de demandas, espíritos, energias pesadas.  Teria consciência de que na vida estamos todos sujeitos a momentos bons e ruins, bem como existe a lei do merecimento e os espíritos, na maioria das vezes, tem muito mais o que fazer do que se divertir às nossas custas.

É preciso ter fé, e é preciso que ela seja forte e inabalável, mas tanto quanto isso é preciso que ela não seja alienante, canso contrário ela fara de você um ser irracional, intransigente, chato, desagradável e vítima de si mesmo.

Tenha fé, mas seja racional.

Douglas Fersan
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quinta-feira, 2 de maio de 2013

O aprendizado é eterno - por Douglas Fersan



Importante lição para todos os filhos-de-fé: paciência e resignação.

Muitas vezes os filhos mais novos encontram-se diante de alguns dilemas: questionam se estão no caminho correto, por ter consciência de seus atos durante a incorporação acham não estão se desenvolvendo corretamente, às vezes percebem que outros filhos, mais novos, apresentam um desenvolvimento mais rápido...

A resposta para todas essas questões é sempre a mesma: paciência e resignação.

Cada um tem seu tempo.  Somos indivíduos unos (perdoem a redundância), portanto cada qual apresenta um desenvolvimento diferente em tempo diferente.  Guardar lembranças, ter mediunidade consciente, a entidade demorar a falar ou riscar ponto, tudo é uma questão de aprendizado, de doutrinar a si mesmo, de estabelecer sintonias.  Nada disso significa que novo médium está no caminho errado, ao contrário disso.  Errado seria colocar o carro na frente dos bois - ou melhor: colocar-se à frente das entidades e aí sim, fazer tudo errado.

Dentro de uma casa de Umbanda todos, desde o pai-de-santo até o consulente, estão em constante aprendizado, subindo um degrau por vez na longa caminhada da evolução.

Salve todos os novos médiuns, os novos filhos de fé, que persistem nas provações que o aprendizado impõe.  Serão bons médiuns no futuro, na gratificante tarefa de prestar a caridade.

Douglas Fersan
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