quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sàngó - novo livro de Douglas Fersan


Luz e trevas, partes complementares do Universo.

À maioria dos olhos humanos é difícil perceber a presença de Deus em todos os cantos no Universo, especialmente nos mais obscuros. É justamente nas regiões mais trevosas que agem os soldados guardiões, responsáveis pela proteção do mundo espiritual e material.

Através dessa história, passada entre a Europa, o Brasil-colônia e escravocrata, e o mundo espiritual, é possível entender como age o princípio da Justiça Divina e da dualidade.

Viajando por esses três mundos, um jovem cigano envolve-se em uma trama de crime e mistério, que o leva a conhecer a fúria das paixões, a cultura negra, o culto aos orixás e, mais tarde, a compreender o trabalho dos guardiões espirituais, conhecidos como Exus. 

Justiça Divina e aplicação da Lei Universal: dois princípios que podem andar juntos e atuar sobre os seres encarnados e desencarnados. "Sàngó" não é apenas a história de um jovem aventureiro. É um livro que fala sobre a filosofia espiritualista nas entrelinhas, enquanto conta uma história envolvente.

Nenhum mistério resiste à fragilidade da luz. Não há luz sem trevas.

Adquira o livro no link https://clubedeautores.com.br/book/164580--Sango#.U4c-yHJdVu4

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Deus, obrigado por nunca desistir de mim - por Douglas Fersan

Escrevi esse texto/oração num momento de adversidade, pois mesmo diante das fraquezas do corpo (que responde à nossa falta de cuidados), percebi o quanto a vida me oferece de bom. Escrevi para lembrar que jamais devo perder a fé.


Se o sol não raiar, Deus, obrigado pela chuva
Se a chuva não cair, obrigado pelas nuvens,
pela esperança da solução que chegará.
Se o meu corpo doer, obrigado pela dor
que me avisa que ele pede cuidados.
Se eu me sentir triste, obrigado pelo sorriso dos meus filhos
que enche de alegria qualquer ambiente.
E se o mundo lá fora parece enlouquecer,
obrigado Senhor, pela harmonia do meu lar,
pelo amor da minha amada, pela solidariedade dos meus amigos
pelas mensagens de fé e manifestações de apreço.
Se eu adoecer, obrigado pelas preces
daqueles que mesmo distantes não me esquecem.
Obrigado Deus, por mais um dia
e apesar de alguns pesares,
obrigado por tudo, pois tudo tem sido belo.

Douglas Fersan
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domingo, 18 de maio de 2014

Conselho Nacional de Justiça deve investigar juiz que negou status de religião à Umbanda e ao Candomblé - por Douglas Fersan


Lideranças do movimento negro, representantes das religiões afro-brasileiras e parlamentares pedirão ao CNJ que investigue o juiz Eugênio Rosa de Araújo, que em decisão no mínimo polêmica, considerou, no 28 de abril de 2014, que os cultos de origem africana "não possuem traços necessários de religião" Segundo o magistrado, a Umbanda, o Candomblé e outros cultos de origem afro não têm um texto sagrado (como o alcorão ou a bíblia), não têm um líder que as unifique (estrutura hierárquica) e nem um deus a ser venerado.

Apoiado nesses argumentos, o juiz negou o pedido do Ministério Público Federal de retirar do Youtube os vídeos em que pastores de igrejas neo-pentecostais fazem insultos à Umbanda e ao Candomblé.

Diante disso nos deparamos com alguns questionamentos:
1. Religião é algo de foro íntimo. Cabe a um juiz decidir se uma crença e um sentimento merece receber o nome de religião?
2. Mesmo que tal absurdo procedesse e Umbanda e Candomblé não fossem mesmo considerados religião, ainda assim seus opositores têm o direito de proferir ofensas públicas a essas crenças?

O deputado Edson Santos, do PT (ex-ministro da Igualdade Racial) entendeu a decisão como um estímulo ao preconceito contra as religiões afro-brasileiras e defendeu que o juiz seja alvo de uma representação no CNJ.

Segundo o babalaô Ivanir dos Santos, a decisão do juiz foi baseado numa posição pessoal, não esclarecida e que incentiva o preconceito, indo na contramão do que pedia o MPF.

Na opinião do procurador Jaime Mitropoulos, negar a retirada dos vídeos (em que a Umbanda e o Candomblé são demonizados) já é lamentável, mas querer ditar o que é ou não é religião é um absurdo.

O juiz Eugênio Rosa de Araújo não se manifestou sobre a decisão.

Nós, umbandistas, candomblecistas e seguidores das religiões de matiz africana devemos ficar cada vez mais atentos. Lutemos para que se faça valer a Constituição Federal, que garante um Estado laico e que não caminhemos de volta à Idade Média, quando as consideradas bruxas eram queimadas em praça pública.

Douglas Fersan
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