Já não tinha fé, esperança e nem mesmo desejo de voltar para a terra e para os seus. Estava desiludido com tudo, preferia a solidão do mar.
Certa noite, o marinheiro que já não acreditava em mais nada, estava na proa de seu barco olhando as estrelas e se lembrou que seu avô, um velho marinheiro também, contava que a Rainha do Mar não desamparava ninguém, sempre enviava alguém para consolar o coração daqueles que já haviam perdido a fé na vida e no amor. Foi quando o marinheiro ouviu um canto... um doce e belo, afinado como o mais perfeito dos instrumentos musicais. Procurou de onde vinha aquele canto até que viu uma bela sereia rodeando seu barco. Ele não teve dúvidas: lançou-se ao mar e beijou a linda sereia.
Todos contam que o barco voltou vazio ao cais. Mas poucos sabem que o marinheiro reencontrou sua felicidade com a sereia no fundo do mar.
Douglas Fersan
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