segunda-feira, 7 de maio de 2018

Sobre Nanã e Omolu - fonte: Magia do Axé




ADEUS, MEU AMADO FILHO! E Nanã abandonou o pequeno Omolu coberto das chagas da varíola que cobriam todo o corpo do bebê. Yemanjá que penteava seus cabelos com as sereias nas pedras nota ao longe um choro de criança, e após ter certeza que não se tratava nas ondas no quebra-mar ela e sua falange vai investigar perto da areia.

Embalado em um balaio estava ele. Os caranguejos devoravam suas feridas abertas e expostas, causando mais sofrimento na criança. A rainha do mar então pega o pequeno Obaluaê em seus braços e decide criá-lo, como seu. Mas não podia levá-lo para seu palácio nas profundezas, apesar de ser um Orixá ainda era pequeno demais.

Ela então o leva para as grutas sob a tutela das sereias. Mas outro problema surgiu: O que dar a criança para comer? Ele era um recém nascido, não podia comer peixe. Então ela estoura a pipoca na areia da praia e a molha na água do mar, amolecendo-a, e alimenta-o até que consiga se alimentar da sua comida.

Omolu cresceu e se tornou um glorioso rei, poderoso feiticeiro e temido caçador. Ele sabia que não era fruto de sua mãe adotiva, já sabia da existência de Nanã. Ela então promove o encontro dos dois que se recebem mutuamente. Ele perdoa Nanã e até hoje é ela que em seu Olubajé o traz e quando se vai o leva. 

Forte essa imagem que ele me mostrou, né? Bom, os motivos que Nanã teve para o que fez não sabemos. Mas o importante é que não somos NINGUÉM para julgar. O mais lindo dessa história é o amor, seja de Yemanjá pelo filho ou o perdão de Omolu.
Nesse dia das mães salvem todas as mães. E não importa o erro que elas possam cometer... é por AMOR. Odociaba! Saluba e Atotô!

Fonte: Magia do Axé

Um comentário:

Luiz de Miranda disse...


Este ato de abandonar o próprio filho, é para muitos pesquisadores e historiadores um ato político; onde Nanã simulando um abandono e sabendo da bondade de Iemanjá, resolve deixar seu filho à beira mar, para que Iemanjá cuide, e assim, fazer com que as duas Nações: Jeje e Yorubá se unam sem brigas ou guerras.