quarta-feira, 25 de março de 2015

Oração a Xangô


ORAÇÃO A XANGÔ

KAÔ KABIESILÉ XANGÔ
DEUS DO FOGO E DO TROVÃO.
SENHOR DO RAIO E DA JUSTIÇA DIVINA,
OLHE PARA MIM, PAI ,COM SEUS OLHOS JUSTOS E BENDITOS.
E NÃO PERMITA QUE MEUS INIMIGOS ME FAÇAM MAL,
NEM NO MEU CORPO, NEM  NA  ALMA.
QUE NENHUMA INJUSTIÇA ME ABALE.
SALVE  DEUS DO MACHADO SAGRADO,
PELO SEU OXÉ EU PEÇO TUA PROTEÇÃO
EM TODOS OS MEUS CAMINHOS.
FAÇA-ME FORTE COMO AS ROCHAS QUE GOVERNA.
PURO DE ALMA E DE CORAÇÃO,
DEPOSITO EM SUAS MÃOS A MINHA CONFIANÇA!
E SENDO ASSIM, SEI QUE COM SUA MAGNIDADE INTERCEDERÁ,
POR MIM!
ME PROTEJA, SENHOR DO FOGO E DA VIDA.
PARA QUE MEU SER SEJA A PRÓPRIA VIDA DE SEU AMOR E DE JUSTIÇA.
QUE ASSIM SEJA!

domingo, 22 de março de 2015

Lar de Preto Velho - um ponto de luz - por Douglas Fersan


Meu cantinho de paz, minha segunda casa, onde encontro minha segunda família que cresce a cada dia. É onde me liberto dos problemas, das preocupações, onde consigo, ainda que de forma tão pequena, ser útil a alguns. É muito bom fazer parte de uma casa de luz, abençoada com o axé dos orixás. Salve cada trabalhador encarnado e desencarnado do Lar de Preto Velho​, nosso ponto de ligação com o divino Deus, chamem de Jeová, Zambi, Olorum ou Alá.  O nome pouco importa, o que vale é a sua luz, a sua energia.

Como todo ponto de luz em um planeta de expiação, por diversas vezes já tentaram nos derrubar. Não foram poucas as tentativas de nos caluniar, de mentir...  Não foram poucos os esforços para nos desunir e nos enfraquecer.  Mas sendo uma casa regida por Xangô, não há injustiça que adentre o nosso solo sagrado.  Não há negatividade que passe despercebida pelos nossos guardiões, firmes, fortes e atentos em nossa tronqueira.  Aos que lutaram contra nossa luz, desejamos que saiam das sombras, aos que tentaram nos caluniar, rezamos para não mordam a língua. Aos que procuram nossa luz, humildemente explicamos que somos eternos aprendizes nessa estrada da vida e além da vida, na qual constantemente agregamos novos irmãos e amigos.
E fazemos questão de manter os laços com aqueles que nem sempre têm tempos para frequentar assiduamente os nossos trabalhos, que não os esquecem e nos visitam sempre que encontram uma oportunidade.

Salve todos os trabalhadores carnais e espirituais do Lar De Preto Velho​. Salve todos os que se mantêm firmes em seu propósito. Salve que que chegam e agregam.  Salve os que buscam consolo em nossos orixás. Salve os que nos caluniam, pois sabemos que as árvores que dão frutos são justamente as que mais levam pedradas.

Orgulho imenso de estar à frente dessa casa abençoada.
Que as forças dos orixás e das nossas entidades nunca nos desamparem
Que assim seja;
Douglas Fersan​
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quinta-feira, 19 de março de 2015

Os ciganos na Umbanda


Os ciganos são poeticamente denominados “Filhos do Vento”, pois seu povo possui cultura própria, rica e se encontra disperso por todo o mundo, em ampla liberdade. Profundos conhecedores dos caminhos, vêm recolhendo conhecimentos de todas as culturas e tradições por onde passam, tendo estado, em suas andanças, por diferentes países, enriquecendo a sua cultura. Vê-se assim a enorme gama de ensinamentos que  os ciganos colheram ao longo de suas vidas.
Em sua história, o povo cigano sempre despertou muita curiosidade por seus hábitos e costumes muito diferentes daqueles mantidos pelas populações dos lugares pelos quais passavam. A Igreja da época, durante muito tempo, condenou as práticas que consideravam sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos, fazendo com que eles sofressem discriminação e perseguição. Com o tempo, a curiosidade deu lugar ao preconceito e à animosidade. Foram rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vadios. Em alguns locais chegaram a ser mantidos como escravos, sendo tratados com bastante crueldade. Mesmo assim, este povo continuou sua marcha sempre em busca da liberdade.

Sabe-se que os espíritos ciganos gostam de festas, que gostam de ser recebidos em meio à fartura e aos seus companheiros de caminhada, o que confirma seu arquétipo próspero, alegre e familiar. Eles sempre dão o exemplo de que ao repartirem toda fartura, dão tudo que possuem em troca da liberdade. Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano, a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. São cheios de energia e grande dose de passionalidade.

Fonte:http://www.ceenc.com.br/2012/10/estudo-de-grupo-ceenc_17.html

quinta-feira, 12 de março de 2015

Não seja erva daninha, floresça - por Douglas Fersan


É comum na vida, no trabalho, na religião, nas relações interpessoais encontrarmos as pessoas envolvidas em disputas quase (ou totalmente) irracionais.

Por que você haveria de querer derrubar o sujeito que trabalha contigo?
Certamente porque a competência dele te incomoda ou ameaça a tua.
Você precisa então, de alguma forma, impedir que a semente dele germine...

Se o templo do seu irmão-de-fé está crescendo, ganhando o merecido reconhecimento, por que precisa ficar atacando e difamando o mesmo?
Certamente porque não possui a mesma luz e as suas próprias trevas te incomodam. Então, ao invés de tentar espalhar a sua sombra, deveria pensar em seguir o bom exemplo daquele a quem critica e deixar refletir em sua vida, em seu templo, ao menos um pouquinho da luz que ele irradia.

Quem sabe assim um dia você deixe de ser erva daninha para enfim se tornar flor.

Douglas Fersan
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quarta-feira, 11 de março de 2015

O médium e o martelo - por Douglas Fersan


Já diziam os mais velhos que a vaidade é o abismo de um médium.  E ainda hoje é tão comum ouvirmos supostos bons médiuns exaltando seus poderes.

Que poderes?

Médium não tem poder. Médium é uma ferramenta, tem o mesmo poder que um martelo.  Se o marceneiro não utilizar o martelo de forma adequada, jamais conseguirá fincar um prego na parede, por melhor que seja esse martelo.  A mesma coisa é um médium. Ele pode ser uma excelente ferramenta, mas se não tiver quem o manipule e instrua corretamente, ele jamais será eficiente.

Acontece que quando a vaidade do médium começa a falar alto, ele se torna martelo demais e trabalhador de menos. Em outras palavras, ele não deixa de ser uma ferramenta, pois sua mediunidade ainda existe, mas dificilmente um bom trabalhador espiritual, que prima pela humildade, vai querer fazer uso de uma ferramenta prepotente, que ponha a essência do seu trabalho a perder.

Então, vale sempre ao médium lembrar que ele é o instrumento. Se grandes feitos são realizados através de sua intermediação, o mérito é do astral, não dele.  O bom médium é aquele que reconhece que sem a espiritualidade é quem realiza coisas que ele não teria capacidade de fazer sem ela.

Douglas Fersan
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domingo, 8 de março de 2015

Antes do verbo era o útero (homenagem às mulheres) - por Douglas Fersan


Antes do verbo era o útero, a fonte da vida, o colo sagrado.
Era a mãe, a esposa, a companheira, o alicerce do lar da família.
Antes de qualquer suspiro era a mulher, guerreira, forte, vitoriosa, que nada tem de frágil nem de submissa.
Era e sempre foi a mulher, senhora do lar, esteio de nossas vidas, guardiã de nossa paz, senhora de nosso conforto, de nossa tranquilidade.

Quando não havia nada, havia a mulher, derradeira guardiã,implacável, objetiva, centrada, zelosa. Ela que se passava por sexo frágil, mas sempre dona dos destinos e norteadora da vida dos filhos, do marido, das estradas, das águas e dos ventos.

Contestadora, às vezes subversiva, mas sempre mulher.
Útero do mundo, mãe de todas as vidas e observadora perspicaz de nossos passos, tão infantis e tão perdidos sem ela.

Mulher, como como te agradecer?
Como quitar a eterna dívida que nós homens temos contigo?
Te homenagear um dia por ano não é o bastante. O mínimo que podemos fazer é te reconhecer como deusa de nossos destinos em todos os minutos de nossa existência.

Essa é a nossa singela, porém ineficaz homenagem nesse dia... embora todos os dias sejam teus.

Douglas Fersan.
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domingo, 1 de março de 2015

Quero a sabedoria de ser criança - Douglas Fersan



Quero a alegria das crianças, mas não quero qualquer alegria.
Quero a alegria das crianças que chegam batendo palminhas, pedindo guaraná, doces e balas.  A alegria ingênua e inocente de quem tudo observa atentamente e com franqueza diz a verdade nua e crua mas de maneira delicada, sem ofender, sem magoar, sem maldizer.

Não deve ser nada fácil ser criança.
Espíritos embrutecidos que somos, estamos a anos-luz de conseguir a proeza de sermos verdadeiros sem sermos cruéis, de sermos objetivos e sagazes sem sermos inconvenientes.

Não deve ser fácil ser criança...  atingir um estágio evolutivo tão grande que permita a espontaneidade levada ao extremo, sem medo ou vergonha do ridículo, da exposição, de se melecar com doces, brincar com o carrinho ou com a boneca.

Não deve ser fácil ser criança, afinal perdemos a pureza e nos distanciamos da nossa criança primeva a cada dia.  A cada problema, a cada dissabor nos endurecemos, nos embrutecemos, portanto é preciso muito discernimento e muita sabedoria para voltar à condição pura de uma criança, cuja pureza e simplicidade, por um paradoxo, é tão difícil de ser explicada.

Não quero que o meu adulto morra, quero apenas que ele aprenda a ser criança.  Que não tenha medo de ser feliz, de arriscar, de dizer o que pensa e sente, que não seja reprimido pelas convenções que outros adultos criaram.  Quero preservar a experiência que o adulto adquiriu, sem no entanto perder a criança que há dentro de mim.

Quero ter a humildade de aprender com as crianças, pois sábias e generosas como são, jamais negarão partilhar o aprendizado. Quero ter a paciência para ouvir e aprender, pois as crianças têm tanto a nos ensinar...

Salve todas as crianças.
Douglas Fersan
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