domingo, 8 de março de 2015

Antes do verbo era o útero (homenagem às mulheres) - por Douglas Fersan


Antes do verbo era o útero, a fonte da vida, o colo sagrado.
Era a mãe, a esposa, a companheira, o alicerce do lar da família.
Antes de qualquer suspiro era a mulher, guerreira, forte, vitoriosa, que nada tem de frágil nem de submissa.
Era e sempre foi a mulher, senhora do lar, esteio de nossas vidas, guardiã de nossa paz, senhora de nosso conforto, de nossa tranquilidade.

Quando não havia nada, havia a mulher, derradeira guardiã,implacável, objetiva, centrada, zelosa. Ela que se passava por sexo frágil, mas sempre dona dos destinos e norteadora da vida dos filhos, do marido, das estradas, das águas e dos ventos.

Contestadora, às vezes subversiva, mas sempre mulher.
Útero do mundo, mãe de todas as vidas e observadora perspicaz de nossos passos, tão infantis e tão perdidos sem ela.

Mulher, como como te agradecer?
Como quitar a eterna dívida que nós homens temos contigo?
Te homenagear um dia por ano não é o bastante. O mínimo que podemos fazer é te reconhecer como deusa de nossos destinos em todos os minutos de nossa existência.

Essa é a nossa singela, porém ineficaz homenagem nesse dia... embora todos os dias sejam teus.

Douglas Fersan.
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