Provavelmente a tarefa mais difícil na estrada da evolução é a prática do desapego. Nos apegamos às coisas materiais - dinheiro, objetos - além das ilusões de poder e de status. Mas existe também o apego afetivo, que ocorre dos dois lados: de quem fica e de quem vai. Todos passamos por momentos em que temos que nos separar daqueles a quem amamos e isso nos causa sofrimento, e que fique claro, sofrer é um direito que temos. No entanto, como pessoas espiritualizadas não podemos deixar que o nosso sofrimento se torne um obstáculo prendendo aqueles que partiram. Ao fazer desse sentimento um obstáculo, criamos um elo que impede a paz e a evolução de nossos entes queridos que se foram e, sem perceber regredimos também.
Sem perceber criamos (eles e nós) um círculo assombroso de lamúrias e prisões afetivas, o qual não merecemos e não nos faz bem.
De onde estão, os que partiram sentem nossa angústia e não conseguem seguir em sua caminhada. Sofrer é um direito, amar é uma dádiva e libertar quem amamos é um ato de sabedoria.
Douglas Fersan
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