No imaginário popular, quando se fala em Umbanda, muitos imediatamente pensam em práticas como amarração. Sem conhecer a Umbanda e a filosofia de respeito e amor que a norteia, imaginam que é comum entre os umbandistas usar os conhecimentos que adquirem e as energias que manipulam para obter e vender serviços como esse.
A verdade é que a Umbanda trabalha dentro dos princípios da Lei de Deus e, sendo que o próprio Criador respeita o livre arbítrio e suas criaturas, seríamos nós tão arrogantes a ponto de trabalhar para interferir nesse livre arbítrio?
E mais, sendo conhecedores da inevitável lei do retorno, seríamos tão pouco inteligentes a ponto de estabelecer essa dívida e ligações que mais tarde nos seriam cobradas?
Não se trata aqui de negar a existência da prática. Ela existe sim, e muita gente se aproveita disso para obter favores pessoas, extorquir verdadeiras fortunas daqueles que as procuram desesperadas. Essas pessoas usam o nome dos santos orixás para vender seu "produto", usam o nome da sagrada Umbanda, quando na verdade estão trabalhando com energias negativas, densas para atingir o campo energético daqueles que se encontram mais fracos e assim manipular sua vontade e sua vida. Mas que fique bem claro: isso não é Umbanda e esses aproveitadores não são umbandistas.
Nós, umbandistas, não somos perfeitos, cometemos erros comuns, como qualquer ser humano comete no dia a dia, mas não usamos o nome da nossa sagrada religião para praticar o mal, obter vantagens pessoais e extorquir os leigos. Quem age assim não pode e não deve usar o rótulo de umbandista. Como diz o velho jargão, Umbanda é coisa séria para gente séria.
Douglas Fersan