sábado, 30 de janeiro de 2016
Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 05 - Não se sinta superior.
. Não se sentir superior.
Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais. Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a onipresença da consciência em todos os seres e caminhos. Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para o fanatismo.
Antídotos: Equidade e moderação.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
As benzedeiras e eu - por Douglas Fersan
Morei no interior de São Paulo e naquela época era muito comum se ouvir falar em benzedeiras. Cada uma tinha sua técnica. Algumas usavam um simples galho de arruda, outras sussurravam suas preces (dava uma curiosidade para saber o que eles resmungavam tão baixinho), outras receitavam banhos... Quando criança fui levado a elas várias vezes, pois minha mãe acreditava tanto (ou mais) em seu poder quando na medicina convencional.
Contava a minha mãe que cheguei a ser curado de uma doença grave graças a um banho que uma dessas benzedeiras receitou.
Mas eu cresci... e naturalmente mudei. A rebeldia da juventude me fez negar várias coisas nas quais acreditava quando criança. Tornei-me rebelde, fui contra os valores que meus pais ensinaram, queria mudar o mundo. Era um típico adolescente rebelde.
E um dos principais traços da minha rebeldia era justamente ir contra qualquer forma de crença. Eu dizia (na verdade repetia frases de teóricos revolucionários e subversivos) que as religiões eram usadas para manipular o povo, que não traziam bem nenhum, que benzimentos eram nada mais que crendices de pessoas sem cultura... Afinal um dos meus maiores ídolos naquela época havia afirmado que "a religião era o ópio do povo".
Mas novamente o tempo passou. Dessa vez acho que não cresci, pois meu parcos 1,70 m eu atingi ainda aos 16 anos, mas acho que amadureci. E o amadurecimento espiritual quase sempre vem às custas de algum sofrimento ou necessidade.
E foi num momento de sofrimento que me falaram de uma senhora negra, uma médium de Umbanda, que atendia às pessoas num quartinho de sua humilde casa. Lembrei todo o meu passado - desde a infância, quando era levado pela minha mãe às benzedeiras, até o meu momento de quase ateísmo total. Procurar ajuda de uma médium seria quase uma afronta à intelectualidade que eu muito supostamente construíra.
Mas a necessidade era maior e lá fui eu.
Fui atendido pela boa velhinha (devia ter uns 90 anos). Seus olhos eram opacos, a catarata havia tomado conta deles. Pelos movimentos percebi que era quase cega.
Mesmo assim falou de todos os meus problemas. E falou das soluções também, de tudo que aconteceria. Saí de lá ainda em dúvida, impressionado por ela ter falado todos os problemas do presente, mas cético quanto ao futuro.
Mas em pouco tempo tudo se concretizou. Tudo que ela havia falado se resolveu e meus problemas desapareceram da exata maneira como ela havia falado.
Me senti no dever de voltar para agradecer, mas não resisti. Perguntei como uma pessoa praticamente cega conseguia enxergar tão longe e de forma tão clara.
Com um sorriso ela me respondeu: Minha fé é a minha luz, ela é que me faz enxergar e ela me basta.
A partir daí meu ceticismo sumiu. Concluí que o cego era eu.
Douglas Fersan
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Douglas Fersan
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 04 - Cuidado com o excesso de autoconfiança.
4. Não sentir excesso de autoconfiança.
Quem se crê autossuficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e, não raro, vê-se envolvido por eles. Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se. O excesso de certezas, muitas vezes, funda-se em um alicerce carente de verdades.
Antídoto: Desconfiar de si mesmo.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Os dez mandamentos do trabalho espiritual - Não se fixar em pessoas, mas nas suas mensagens.
Não se fixar em pessoas, mas nas suas mensagens. Você não monta uma casa em um túnel. Ele é só um meio para se chegar até ela. Assim também os mestres são fundamentais para nos “iniciar”, mas não para nos “continuar” e muito menos para nos “acabar”. A nossa realização terrena é missão de natureza personalíssima, ou seja, é indelegável, irrenunciável e, sequer, passível de ser partilhada, quanto mais entregue aos cuidados de outrem. Depender indefinidamente de um mestre terreno é optar por permanecer na infância da senda espiritual.
Antídotos: Responsabilidade e discernimento.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 02 - Não despertar os poderes antes da consciência.
2. Não despertar os poderes antes da consciência.
Os poderes estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente. Buscar o poder antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam à consciência, os poderes devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.
Antídoto: Equanimidade.
Os dez mandamentos do trabalho espiritual: 01 - Não se desconectar da matéria.
Os Dez Mandamentos do Trabalho Espiritual:
1. Não se desconectar da matéria. O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa. A matéria é tão importante quanto o espírito; ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.
Antídoto: Equilíbrio.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Oxalá é Jesus? - Marcio Beluchi
OXALÁ É JESUS ?
A imagem de Jesus Cristo é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse.
Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.
Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Deus é um só (Oxóssi e São Sebastião) - Douglas Fersan
Deus é um só...
São Sebastião foi um mártir cristão. Soldado do Império Romano, tratava os cristãos com piedade, o que levou o imperador Diocleciano a condená-lo à morte, no ano 286. Amarrado a uma árvore, foi alvejado com várias flechas e seu corpo jogado em um rio. Entretanto, sobreviveu a todas as torturas e retornou a Roma.
É sincretizado com o orixá Oxóssi, o caçador de uma flecha só, o provedor piedoso, senhor das matas e protetor dos desvalidos.
Seja no Império Romano, seja em Ketu, na África, a misericórdia divina sempre estará presente. Nos cultos de Umbanda, sincretizado ou não, rendemos hoje, 20 de janeiro, nossas homenagens a Oxóssi e São Sebastião.
Douglas Fersan
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Saudade - Douglas Fersan
Hoje eu senti saudade...
Saudade de um tempo em que as maiores dores eram os joelhos ralados e as maiores preocupações eram as notas baixas em matemática, o que poderiam fazer com que eu não ganhasse um bom presente de natal.
Saudade de um tempo em que as maiores dores eram os joelhos ralados e as maiores preocupações eram as notas baixas em matemática, o que poderiam fazer com que eu não ganhasse um bom presente de natal.
Senti saudade das árvores que eu escalava, não para pegar frutas, mas para me sentir nas alturas. Era uma forma de poder estar acima do solo e das cabeças dos outros, enxergando onde outros não enxergavam.
Senti saudade dos sonhos, que pareciam tão distantes: voar, comer um pote inteiro de sorvete, ter uma bola de capotão só para ser o dono do jogo e decidir quem ia participar da brincadeira ou não.
Hoje as saudades são outras.
Saudades das pessoas que Deus já chamou: meus pais, tios, amigos - alguns que foram tão cedo que se não fosse a fé, eu não saberia como explicar a vida (ou o fim dela) sem me revoltar.
Saudades das pessoas que Deus já chamou: meus pais, tios, amigos - alguns que foram tão cedo que se não fosse a fé, eu não saberia como explicar a vida (ou o fim dela) sem me revoltar.
Saudades das antigas preocupações, pois hoje as notas que preocupam não são as de matemáticas. São as notas promissórias que estão para vencer, são as notas que saem no jornal falando de extremistas (de todos os lados e credos) dispostos a explodir a si mesmos e aos demais por razões que parecem não ter razão alguma.
Tenho saudades das árvores. Não para escalar, já não tenho idade para isso, mas pelo menos para que façam uma sombra nesses dias de calor intenso. Parece que nem todos tinham esse carinho por elas. Acho que os donos do dinheiro e do poder não tiveram a mesma oportunidade que eu tive, de subir em árvores, pois hoje as derrubam sem o menor pudor, não se importando se seus filhos e netos terão árvores para escalar. Ou mesmo se terão a sombra de uma árvore... ou mais ainda, se terão ar para respirar.
Tenho saudade dos meus desejos de poder, pois hoje não o quero mais. Não quero ser detentor do poder, mas quero que os donos dele sejam humanos e justos ao escolher o papel que cada um vai desempenhar no jogo da vida.
Só não tenho saudade dos meus sonhos, pois não perdi a fé - aliás, com o tempo ela só se fortaleceu. E enquanto tiver fé, irei sonhar e ensinarei outros, mais jovens, a sonhar também, para que quando chegarem à minha idade não desistam passivamente dos seus sonhos e nem tenham saudade deles, pois lutarão bravamente para que sejam realizados. Quem tem fé tem sonhos. Quem sonha não morre jamais, pois planta nos mais jovens a semente que florescerá para todo o sempre, impedindo que o nosso planeta azul se torne um planeta de concreto.
Douglas Fersan
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Calunga Grande: o mar na visão de um povo escravizado - por Douglas Fersan
A Calunga grande
O termo "calunga" é de origem bantu e tradicionalmente faz referência à morada dos mortos, ou mais comumente, ao cemitério. Assim, sempre que nos referimos à calunga, estamos nos referindo ao campo santo, o cemitério, o local os despojos carnais são depositados. No entanto, essa palavra assumiu uma outra dimensão.
Ao serem capturados (ou ao ver seus irmãos sendo feitos cativos) e colocados em navios negreiros, os africanos passaram a ver o mar como um grande cemitério, já que a viagem rumo à escravidão representava uma espécie de morte em vida. Era como se o mar levasse embora tudo que lhes era precioso: os costumes, a crença, a dignidade, o convívio com os entes queridos e, principalmente, a liberdade. Dessa forma, o mar passou a ser encarado como uma grande calunga, ou seja, como um grande cemitério.
Assim surgem dois novos verbetes no vocabulário do negro – e que viriam integrar o dialeto das religiões com matiz africana: a calunga grande (o mar) e a calunga pequena (o cemitério propriamente dito).
Há um aparente paradoxo na utilização desse termo para se referir ao mar, afinal não é ele um dos reinos dos orixás? Não seria o mar a origem da vida? Então como relacioná-lo à morte?
Não esqueçamos que a morte (iku em yorubá) não representa o fim, e sim uma transformação. Não esqueçamos também que Omolu, o orixá da cura, mas também da morte (no sentido de transformação, não de fim), e Iemanjá, a rainha do mar, o princípio e a origem da vida, da maternidade, da concepção.
O que parece ser um paradoxo é, na verdade, a explicação para essa questão. Ao mesmo tempo em que o mar representava a morte aos cativos, representava também um renascimento no Brasil. Não que esse renascimento fosse algo agradável, longe de defender a escravidão, mas era um renascimento no sentido de levar a sua cultura, as suas crenças, os seus orixás a terras tão distantes. Era como se a o pai Omolu determinasse o fim em terras africanas e Iemanjá um recomeço em novas terras, permitindo assim que os povos americanos tivessem a oportunidade de conhecer as divindades pelo ponto de vista africano, e não do europeu, tradicionalmente cristão/católico. Concluímos que aqueles negros cativos, bravos heróis, deram a sua liberdade e a sua vida para nos agraciar com a crença e o conhecimento sobre os divinos orixás, inkisses e voduns. Graças a eles e à sua heroica resistência hoje temos a oportunidade de cultuar essas entidades, sem a viseira das religiões tradicionais da Europa.
Assim sendo, o mar, chamado de calunga grande, que representou em tempos idos um gigantesco cemitério, é para nós um reino sagrado, que nos trouxe essa oportunidade. A quem cultua as divindades do panteão africano não basta reverenciar seus reinos sagrados, é preciso conhecer os seus fundamentos e história. Ao colocar os pés na água do mar, não esqueça de saudar os divinos orixás, a vida e aos nossos ancestrais cativos, a quem devemos tanto.
Douglas Fersan
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O termo "calunga" é de origem bantu e tradicionalmente faz referência à morada dos mortos, ou mais comumente, ao cemitério. Assim, sempre que nos referimos à calunga, estamos nos referindo ao campo santo, o cemitério, o local os despojos carnais são depositados. No entanto, essa palavra assumiu uma outra dimensão.
Ao serem capturados (ou ao ver seus irmãos sendo feitos cativos) e colocados em navios negreiros, os africanos passaram a ver o mar como um grande cemitério, já que a viagem rumo à escravidão representava uma espécie de morte em vida. Era como se o mar levasse embora tudo que lhes era precioso: os costumes, a crença, a dignidade, o convívio com os entes queridos e, principalmente, a liberdade. Dessa forma, o mar passou a ser encarado como uma grande calunga, ou seja, como um grande cemitério.
Assim surgem dois novos verbetes no vocabulário do negro – e que viriam integrar o dialeto das religiões com matiz africana: a calunga grande (o mar) e a calunga pequena (o cemitério propriamente dito).
Há um aparente paradoxo na utilização desse termo para se referir ao mar, afinal não é ele um dos reinos dos orixás? Não seria o mar a origem da vida? Então como relacioná-lo à morte?
Não esqueçamos que a morte (iku em yorubá) não representa o fim, e sim uma transformação. Não esqueçamos também que Omolu, o orixá da cura, mas também da morte (no sentido de transformação, não de fim), e Iemanjá, a rainha do mar, o princípio e a origem da vida, da maternidade, da concepção.
O que parece ser um paradoxo é, na verdade, a explicação para essa questão. Ao mesmo tempo em que o mar representava a morte aos cativos, representava também um renascimento no Brasil. Não que esse renascimento fosse algo agradável, longe de defender a escravidão, mas era um renascimento no sentido de levar a sua cultura, as suas crenças, os seus orixás a terras tão distantes. Era como se a o pai Omolu determinasse o fim em terras africanas e Iemanjá um recomeço em novas terras, permitindo assim que os povos americanos tivessem a oportunidade de conhecer as divindades pelo ponto de vista africano, e não do europeu, tradicionalmente cristão/católico. Concluímos que aqueles negros cativos, bravos heróis, deram a sua liberdade e a sua vida para nos agraciar com a crença e o conhecimento sobre os divinos orixás, inkisses e voduns. Graças a eles e à sua heroica resistência hoje temos a oportunidade de cultuar essas entidades, sem a viseira das religiões tradicionais da Europa.
Assim sendo, o mar, chamado de calunga grande, que representou em tempos idos um gigantesco cemitério, é para nós um reino sagrado, que nos trouxe essa oportunidade. A quem cultua as divindades do panteão africano não basta reverenciar seus reinos sagrados, é preciso conhecer os seus fundamentos e história. Ao colocar os pés na água do mar, não esqueça de saudar os divinos orixás, a vida e aos nossos ancestrais cativos, a quem devemos tanto.
Douglas Fersan
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sábado, 9 de janeiro de 2016
Mandinga de preto velho - por Douglas Fersan
O silêncio e a discrição dos pretos velhos falam mais que a magia espalhafatosa, pirotécnica e circense que se propaga por aí. Enquanto algumas (supostas) entidades gritam, gargalham, fazem demonstrações de força desnecessárias, os pretos velhos sentam em seus banquinhos, pitam seu cachimbo, riscam silenciosamente seus pontos e falam tudo que lhes é perguntado de maneira sutil e franca. Quando se dispõe a ajudar alguém, vão direto à solução do problema, não pedem nada em troca, não fazem espetáculos, no máximo pedem para que lhes acendam um cachimbo ou sirvam um café. Essa é a verdadeira essência da Umbanda e a manifestação da espiritualidade no seu mais elevado grau de luz e sabedoria.
Douglas Fersan
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Metamorfosear-se é preciso - por Douglas Fersan
Metamorfosear-se é preciso.
Vestimos branco, adentramos um templo de Umbanda, saudamos a tronqueira, o congá, cumprimentamos os irmãos-de-fé. Procuramos fazer o melhor que podemos e entregar o que de melhor possuímos em termos morais e espirituais. Enfim, fazemos nossa parte, praticamos a caridade, como manda a nossa religião. Dedicamos um tempo a auxiliar os aflitos que nos procuram.
E quanto a nós, será que dedicamos um tempo a nos ajudar?
Não se trata aqui de ajudar no sentido de resolver os problemas do dia-a-dia, sejam financeiros, amorosos, de trabalho... Será que ajudamos a nossa própria caminhada?
Será que lembramos de refletir os próprios atos e de promover a nossa evolução.
Todos os dias vivemos uma situação ou outra, algumas benignas, outras adversas, das quais podemos tirar uma lição. A vida é dinâmica e está constantemente a nos mostrar situações com as quais podemos refletir a própria existência. Uma existência sem aprendizado é uma existência vã. É preciso transformar-se um pouco a cada dia, é preciso ser melhor a cada dia.
Somos lagartas feias e rastejantes que recebem a imensa oportunidade de entrar no casulo da vida e ali promovermos a própria metamorfose. Mas ela só ocorrerá se tivermos uma pré-disposição para que ela aconteça. De nada vale frequentar templos religiosos se não temos a disposição de mudar. Mesmo que pratiquemos a caridade, não atingiremos o objetivo da vida se não estivermos dispostos a mudar para melhor.
Que continuemos frequentando cada um o seu templo religioso, mas antes disso, que estejamos dispostos a seguir a estrada da evolução, que nos levará adiante, pois se a vida é dinâmica nós não podemos ser estáticos.
Douglas Fersan
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Plantas que afastam a negatividade do seu lar.
Quatro plantas que ajudam a afastar as energias negativas do seu lar.
As ervas são bastante utilizadas em vários aspetos de sua vida, desde a medicina à culinária, passando pela indústria de cosméticos. As ervas são conhecidas por suas características terapêuticas, mas também por seu aroma ou pelo sabor que dão aos pratos.
Mas as propriedades das ervas não se esgotam aqui. Algumas ervas têm também capacidade de afastar energias ruins, proteger contra mau-olhado ou mesmo invejas. Vamos agora apresentar a você uma lista de ervas capazes de favorecer você e afastar as energias ruins.
Vamos ajudar você a proteger sua casa usando ervas
1. Comigo ninguém pode:
Esta é uma erva que ajuda a combater as energias ruins de qualquer ambiente. Como é cultivada em vaso, pode ser também um elemento de decoração, anulando os efeitos negativos das energias. No entanto, não deve ser utilizada em casas que tenham crianças ou animais pois é tóxica.
2. Arruda:
Esta é a rainha das ervas para afastar más energias. Se quiser proteger seu lar e sua família, tenha sempre em casa um vasinho de arruda.
3. Espada de S. Jorge:
Esta é uma das ervas mais conceituadas e tem propriedades garantidas de cortar energias negativas e mau-olhado. Coloque esta erva, plantada em um vaso, à porta de casa. Assim, você garante que todas as energias ruins ficam cá fora e nem chegam a entrar em seu lar.
4. Pimenta:
Quem diria que a pimenta é uma das armas contra as más energias? Pois é, se você tiver uma pimenteira em sua casa e esta estiver com más energias e males de inveja, a planta seca. Além de você conseguir ver se sua casa está carregada, a pimenteira garante também a estimulação da vitalidade.
ProntO para arriscar na utilização das ervas para purificação de ambientes? Acredite que estas propriedades das ervas irão ajudar você a ter uma vida mais tranquila e…limpa.
Fonte: http://www.wemystic.com.br/
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
07 de janeiro: dia da liberdade de culto.
Liberdade de culto é um direito garantido por lei.
Respeite e exija ser respeitado. Essa conquista histórica não pode ser tratada como secundário, assim como não devemos "deixar pra lá" os atos de intolerância. Respeito à Umbanda e aos seus símbolos já!!!
Não pedimos tolerância, exigimos respeito. Somos parte de um processo histórico de construção da identidade da nossa nação. Nossas divindade confundem-se com a própria identidade do país, portanto somos elementos culturais ativos da nossa sociedade e como tal devemos ser tratados com o devido respeito. Da mesma forma que devemos respeitar os demais cultos religiosos, temos o dever de lutar pelo respeito à nossa crença.
Respeite e exija ser respeitado. Essa conquista histórica não pode ser tratada como secundário, assim como não devemos "deixar pra lá" os atos de intolerância. Respeito à Umbanda e aos seus símbolos já!!!
Não pedimos tolerância, exigimos respeito. Somos parte de um processo histórico de construção da identidade da nossa nação. Nossas divindade confundem-se com a própria identidade do país, portanto somos elementos culturais ativos da nossa sociedade e como tal devemos ser tratados com o devido respeito. Da mesma forma que devemos respeitar os demais cultos religiosos, temos o dever de lutar pelo respeito à nossa crença.
Douglas Fersan
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
A força do alecrim - por Douglas Fersan
Usado desde tempos imemoriáveis, o alecrim é uma poderosa fonte de equilíbrio e harmonia. Tanto que seu uso é quase obrigatório nos rituais de defumação na Umbanda, agindo diretamente contra larvas astrais e energias indesejadas. Ainda e forma de defumação, recomenda-se queimar seu caule em ambientes onde permaneçam pessoas doentes, trazendo assim benefícios para o seu tratamento.
É uma erva dos orixás Oxalá, Oxóssi, Ogum e Iemanjá. Os banhos com alecrim são indicados para recuperar e equilibrar as energias, tendo grande poder rejuvenescedor, por isso são recomendados para casos de depressão e problemas ligados ao emocional. Também é um poderoso estimulante, sendo indicado para pessoas que precisam recuperar ou adquirir coragem para enfrentar desafios.
Usada debaixo do travesseiro proporciona sono tranquilo e afasta pesadelos. No campo espiritual afasta energias, magia negra e ajuda a desenvolver a mediunidade.
Douglas Fersan
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Encantadas e Caboclas da Água
Encantadas e Caboclas da Água
Nessa Falange na Umbanda trabalham todas as Iabás (Senhoras dos Rios) agrupadas com os nomes de Janaínas, Caboclas ou Sereias. Sua missão é trabalhar diretamente com a força emotiva por meio dos sentimentos de maternidade, misericórdia e amor.
As Sereias são seres que nunca encarnaram e atuam como seres Encantados como os Elementais. São seres naturais. São regidas por Oxum, Nanã e especialmente por Iemanjá. As Ondinas, ou antigas Sereias, são mais velhas e são regidas por Nanã Buroquê. Já as Encantadas Elementais aquáticas são regidas por Oxum. Todas incorporam nos cantos de Iemanjá, mas podem-se cantar cantos de Oxum e Nanã durante suas manifestações, que elas respondem com suas danças rituais, mais rápidas nos cantos de Oxum e mais lentas nos cantos de Nanã. Elas tem um poder de limpeza, purificação e descarga de energias negativas muito grande. Não falam, só emitem um canto, que na verdade é a sonorização de um poderoso "mantra aquático", diluidor de energias, vibrações e formas-pensamento que se acumulam dentro dos centros ou nos campos vibratórios dos médiuns e dos assistentes.
São ótimas para anular magias negativas, afastar obsessores e espíritos desequilibrados ou vingativos. Também são poderosas se solicitadas para limpeza de lares e para harmonização de casais e famílias.
Também na vibração de Iemanjá, Trabalham as Caboclas da Água, sua incorporação nos médiuns é muito suave. Gostam de cantar, benzem os consulentes com água doce ou do mar. Gostam de flores e falam muito pouco. A vibração destas Caboclas deixa no terreiro uma sensação de leveza e suavidade.
Fonte: Nossa Amada Umbanda
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
Unidos somos fortes - por Douglas Fersan
Fazer parte de um terreiro de Umbanda exige uma conduta condizente com a filosofia da religião. Em outras palavras, não basta entrar em uma gira com a mentalidade individualista, acreditando ser uma peça única dentro daquele grupo. Certamente cada um possui sua individualidade, seus valores particulares, convicções e até afinidades. Isso tudo é perfeitamente normal, já que somos humanos e essas características são inerentes à nossa natureza.
No entanto é preciso exercer o bom senso - sempre ele. É preciso tratar cada um do grupo como seu irmão-de-fé. Mas o que significa isso?
Significa que mesmo não havendo laços consanguíneos, cada membro da correte deve tratar ao outro como irmão. Será que isso é difícil?
Talvez num primeiro momento, sim, afinal quando adentramos um templo religioso buscamos, entre outras coisas, o crescimento espiritual e, nesse primeiro momento, é provável que esse crescimento ainda não tenha sido o bastante para exercer a irmandade de maneira plena. Mas com o passar do tempo é imprescindível que ela seja exercida, e mais: é dever do dirigente do terreiro que ensine, exemplifique e exija esse tratamento dos seus filhos-de-fé. Pequenas intrigas, maledicências, constituição de sub-grupos devem ser coibidos, pois são essas atitudes, inicialmente pequenas, que muitas vezes derrubam um terreiro. Deus, os orixás, as entidades de luz certamente não vão coadunam esse tipo de atitude.
Não se trata de exigir a perfeição, pois já foi citada a natureza humana, mas se trata sim de tentar chegar o mais próximo possível dela.
E em qual momento é possível saber se esse objetivo está sendo alcançado?
Será ao final do ano, quando realiza-se a confraternização do terreiro? Ou será na festa de Cosme e Damião, quando o terreiro fica lotado? Ou será ainda na festa de Iemanjá, quando todos se unem para ir à praia jogar flores à divina Rainha do Mar?
Todas as respostas acima estão erradas. É no momento de dor que descobrimos nossos verdadeiros amigos. E no caso em questão, é nesse momento que descobrimos se existe realmente uma irmandade ou apenas um aglomerado de pessoas vestidas de branco.
Seu terreiro se une quando um de seus membros passa por um momento de dificuldade? Os demais se mobilizam para ajudar a sanar seu problema ou ao menos dar uma palavra amiga?
Não? Então algo está errado. É preciso repensar algumas coisas urgentemente.
Muitos dirão que nada podem fazer, afinal cada um tem seus problemas cotidianos, suas obrigações, seu trabalho, os afazeres domésticos, suas dívidas. Mas se esquecem que estender a mão e praticar a caridade não significa apenas doar ou emprestar dinheiro ou coisa parecida. Muitas vezes a palavra amiga tem mais valor. Aquele tapa no ombro seguido da frase "você não está só". Um telefonema de solidariedade. Uma prece, uma vela para o anjo da guarda do companheiro de terreiro.
São pequenas atitudes que fortalecem os laços e, sendo esses cada vez mais apertados, fortalecemos também a espiritualidade que nos ampara. Nossos guias e orixás encontram em nossa solidariedade a energia positiva necessária para auxiliar aquele irmão desvalido. A união ainda faz a força. Quando nos unimos, nos fortalecemos, nossa queda se torna mais improvável. Lembre-se que a sua ajuda é sempre muito importante e ela não é necessariamente uma ajuda material, que vai lhe custar tanto. Às vezes os atos mais nobres não custam nada.
E ao entrar em um terreiro como membro da gira não se esqueça que aqueles que ali estão, passam a ser naquele momento seus irmãos. E como irmãos, um dia podem precisar de você, assim como um dia podem lhe estender a mão, pois você não está imune aos revezes da vida.
Douglas Fersan
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