sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Metamorfosear-se é preciso - por Douglas Fersan


Metamorfosear-se é preciso.
Vestimos branco, adentramos um templo de Umbanda, saudamos a tronqueira, o congá, cumprimentamos os irmãos-de-fé. Procuramos fazer o melhor que podemos e entregar o que de melhor possuímos em termos morais e espirituais. Enfim, fazemos nossa parte, praticamos a caridade, como manda a nossa religião. Dedicamos um tempo a auxiliar os aflitos que nos procuram.

E quanto a nós, será que dedicamos um tempo a nos ajudar?
Não se trata aqui de ajudar no sentido de resolver os problemas do dia-a-dia, sejam financeiros, amorosos, de trabalho... Será que ajudamos a nossa própria caminhada?
Será que lembramos de refletir os próprios atos e de promover a nossa evolução.

Todos os dias vivemos uma situação ou outra, algumas benignas, outras adversas, das quais podemos tirar uma lição. A vida é dinâmica e está constantemente a nos mostrar situações com as quais podemos refletir a própria existência. Uma existência sem aprendizado é uma existência vã. É preciso transformar-se um pouco a cada dia, é preciso ser melhor a cada dia.

Somos lagartas feias e rastejantes que recebem a imensa oportunidade de entrar no casulo da vida e ali promovermos a própria metamorfose. Mas ela só ocorrerá se tivermos uma pré-disposição para que ela aconteça. De nada vale frequentar templos religiosos se não temos a disposição de mudar. Mesmo que pratiquemos a caridade, não atingiremos o objetivo da vida se não estivermos dispostos a mudar para melhor.

Que continuemos frequentando cada um o seu templo religioso, mas antes disso, que estejamos dispostos a seguir a estrada da evolução, que nos levará adiante, pois se a vida é dinâmica nós não podemos ser estáticos.

Douglas Fersan
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