quarta-feira, 16 de março de 2016

Almas ficam onde se encantam - Douglas Fersan




Não são poucas as vezes que nós, umbandistas, somos procurados por pessoas interessadas em realizar magias para o amor, ou melhor, as populares "amarrações".


A Umbanda não se nega a ajudar as pessoas a encontrar a sorte no amor, a felicidade que tanto buscamos para a realização de uma vida plena, ao lado de alguém que se ama. Pedir ajuda para ser feliz no amor não é errado e nem pecado, assim como também não é errado ajudar alguém a encontrar essa felicidade.


Entretanto não faltam aqueles oportunistas, mercadores da fé, que não hesitam em realizar esses trabalhos de amarração, extorquindo verdadeiras fortunas daqueles que os procuram. Ambos estão errados. O que suja o nome da Umbanda ao realizar esses trabalhos e aqueles que pagam por isso, pois ferem algo que há de mais sagrado: o livre arbítrio.


Caminhos de sucessivas infelicidades se traçam para ambos, pois a lei do retorno é fatal. Quem paga para satisfazer um capricho pessoal, muitas vezes egoísta e quem recebe para violar as leis divinas um dia responderão por isso. Esquecem que a espiritualidade está à nossa disposição, mas para a prática da caridade, da solidariedade e do bem. Burlar esse princípio certamente acarretará em danos moras e espirituais futuros.


Não caia nessa armadilha, num primeiro momento o "feitiço" pode funcionar, mas a lei divina com certeza é mais eficiente. Almas não foram criadas para serem amarradas. Elas ficam onde se encantam.






Douglas Fersan

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