PORTA DA FRENTE OU PORTA DOS
FUNDOS?
Por Fabiana Carvalho
Por Fabiana Carvalho
O movimento de entrada e saída de médiuns do templo é algo comum e
natural em todas as Casas Sagradas. Cada terreiro tem seus procedimentos e
regras para aceitar novos filhos. Em alguns, basta manifestar a vontade e o
sacerdote já deixa entrar na corrente mediúnica. Em outros, é preciso estagiar
num grupo prático de desenvolvimento em dias específicos. Ainda há aqueles em
que o aspirante a corpo mediúnico passa por um período preparatório mais longo,
que inclui a discussão de temas sobre mediunidade e (con)vivência dentro do
terreiro e exercícios práticos de incorporação.
Apesar dos procedimentos diferentes, na hora de buscar um novo terreiro, os motivos são basicamente os mesmos: descontrole mediúnico, vontade de desenvolver a mediunidade, ou dar continuidade ao trabalho espiritual já iniciado.
Não importa o que trouxe o médium à nova Casa, o comportamento dos iniciantes é sempre igual: alegria, contentamento, satisfação, gratidão e empolgação pela nova jornada que se inicia.
Porém, é importantíssimo que, antes de iniciar qualquer projeto em nossas vidas, saibamos terminar o anterior - as entradas são triunfais, mas e as saídas???
Como sacerdotisa, o que não quero para mim, não desejo para o outro. Quando alguém manifesta o desejo de participar do Templo, a primeira orientação é para se desligar do terreiro anterior que participava de forma direta, decente e respeitosa.
Na hora de entrar, tudo são flores; mas a convivência errada dentro do terreiro gera conflito, atrito, ciúme, briga, inveja, descontentamento, frustração e raiva... ocasionando saídas feias e desagradáveis!
Há uma ligação espiritual entre você e seu sacerdote, ele assumiu um compromisso perante os Pais e Mães Orixás de conduzir e amparar sua Coroa enquanto você pertencer à Casa dele. Dê uma satisfação formal sobre seu desligamento e desvincule-se energética e espiritualmente do Templo/sacerdote que já não satisfaz mais suas necessidades religiosas.
Ao desligar-se, tenha uma atitude ética: seja honesto e diga a verdade para seu sacerdote! Dê a oportunidade dele repensar a organização e estrutura Casa (e até mesmo seu próprio comportamento) se for procedente sua reclamação.
Não desapareça! Não mande recado por bilhete, e-mail, torpedo ou facebook, avisando que vai sair. Vá pessoalmente, pois foi pessoalmente, olho no olho, que você pediu para entrar.
E não tenha medo de possíveis demandas desse sacerdote - boa parte desse medo é infundado, pois dirigir um Templo ocupa muito tempo e energia de um líder espiritual para ele desgastar-se com alguém descontente com seu solo sagrado.
Mas claro que há, infelizmente, sacerdotes que enxergam a posse de sua "prole" e não permitem uma saída tranquila. Esse apego aos filhos da Casa (ou ao que eles podem proporcionar materialmente) é uma degeneração da liderança religiosa que devia entender e aceitar que esse movimento de saída é natural.
Para esses casos, tenha certeza que seu novo sacerdote irá lhe amparar e proteger espiritualmente.
O fundamental é você fazer a sua parte e sair limpo e de cabeça erguida pela porta da frente - que foi por onde você entrou!
Apesar dos procedimentos diferentes, na hora de buscar um novo terreiro, os motivos são basicamente os mesmos: descontrole mediúnico, vontade de desenvolver a mediunidade, ou dar continuidade ao trabalho espiritual já iniciado.
Não importa o que trouxe o médium à nova Casa, o comportamento dos iniciantes é sempre igual: alegria, contentamento, satisfação, gratidão e empolgação pela nova jornada que se inicia.
Porém, é importantíssimo que, antes de iniciar qualquer projeto em nossas vidas, saibamos terminar o anterior - as entradas são triunfais, mas e as saídas???
Como sacerdotisa, o que não quero para mim, não desejo para o outro. Quando alguém manifesta o desejo de participar do Templo, a primeira orientação é para se desligar do terreiro anterior que participava de forma direta, decente e respeitosa.
Na hora de entrar, tudo são flores; mas a convivência errada dentro do terreiro gera conflito, atrito, ciúme, briga, inveja, descontentamento, frustração e raiva... ocasionando saídas feias e desagradáveis!
Há uma ligação espiritual entre você e seu sacerdote, ele assumiu um compromisso perante os Pais e Mães Orixás de conduzir e amparar sua Coroa enquanto você pertencer à Casa dele. Dê uma satisfação formal sobre seu desligamento e desvincule-se energética e espiritualmente do Templo/sacerdote que já não satisfaz mais suas necessidades religiosas.
Ao desligar-se, tenha uma atitude ética: seja honesto e diga a verdade para seu sacerdote! Dê a oportunidade dele repensar a organização e estrutura Casa (e até mesmo seu próprio comportamento) se for procedente sua reclamação.
Não desapareça! Não mande recado por bilhete, e-mail, torpedo ou facebook, avisando que vai sair. Vá pessoalmente, pois foi pessoalmente, olho no olho, que você pediu para entrar.
E não tenha medo de possíveis demandas desse sacerdote - boa parte desse medo é infundado, pois dirigir um Templo ocupa muito tempo e energia de um líder espiritual para ele desgastar-se com alguém descontente com seu solo sagrado.
Mas claro que há, infelizmente, sacerdotes que enxergam a posse de sua "prole" e não permitem uma saída tranquila. Esse apego aos filhos da Casa (ou ao que eles podem proporcionar materialmente) é uma degeneração da liderança religiosa que devia entender e aceitar que esse movimento de saída é natural.
Para esses casos, tenha certeza que seu novo sacerdote irá lhe amparar e proteger espiritualmente.
O fundamental é você fazer a sua parte e sair limpo e de cabeça erguida pela porta da frente - que foi por onde você entrou!
Texto publicado no Jornal de Umbanda Sagrada - 168 - Veja todas as
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