domingo, 22 de junho de 2014

Será que toda casa tem axé? - por Douglas Fersan


Orixá é manifestação divina, é a presença de Deus em suas múltiplas faces na Terra. Assim, uma casa que cultua orixá se destina à prática do bem, da caridade, da solidariedade, da irmandade entre seus membros, da busca pelo crescimento espiritual.

E não se alcança o crescimento espiritual com atitudes escusas, duvidosas, egoístas e negativas. Deus e, portanto, os orixás não compactuam com isso. Se um templo foge desses preceitos, ele não tem orixá - pode ter kiumba, zombeteiro, trevosos, qualquer coisa, mas não tem orixá, não axé.

Se na sua casa realiza-se trabalhos de amarração ou separação de casais, o amor ali não prevalece, ali Oxum não sorri, ali Oxum chora. Ali não tem axé.

Se nessa casa não se prega a irmandade, o amor fraterno entre seus membros, Iemanjá não canta, ali Iemanjá lamenta.

Se os filhos da casa não se unem para socorrer um que porventura esteja em desespero e assim abrir seus caminhos, Ogum não vê motivos para lutar e guarda sua espada na bainha.

Se as bocas falam mentiras, se ali tentam prejudicar outros, Xangô aplica a justiça, pois ali falta não só o axé. Falta também ética.

E acima de tudo, se não amor, Oxalá educadamente se retira. Oxalá é a manifestação suprema do amor e da fé.

Então, antes de entrar numa casa lembre sempre: em casa que se cultua orixá, maldade não se cria.

Douglas Fersan
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