terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Nem tudo que brilha é ouro - Douglas Fersan


Cuidado, nem tudo que brilha é ouro.

Todos somos vítimas do deslumbramento. E nem sempre ele atinge os mais fracos. Muitas vezes aqueles que se acham ou se dizem preparados espiritualmente são vítimas de oportunistas. Quantas e quantas vezes as casas de Umbanda são visitadas por pessoas que acabam usando seu carisma, seu poder de envolvimento para tentar dominar o espaço e impor suas vontades. Mas mesmo que os mais preparados da casa se deixem iludir, afinal não são perfeitos e estão sujeitos a engodos, a espiritualidade age e a verdade aparece, mostrando que nem tudo que brilha é ouro.

Mas existe o outro lado também:

Quando chegamos a um terreiro de Umbanda geralmente fazemos isso por estarmos com algum problema financeiro, de saúde, afetivo ou espiritual. E ali encontramos a ajuda que precisamos (pelo menos é o que se espera) e isso pode nos tornar cegos. Todo lugar tem suas qualidades e defeitos, mas por estarmos gratos e até deslumbrados, temos a tendência a não observar as arestas que devem ser aparadas. Com o tempo os olhos vão se abrindo e percebemos que nem tudo são flores. O que devemos fazer diante disso? Sair da casa falando mal e falando de seus defeitos?
Se você fizer isso estará renegando todos os benefícios que conseguiu ali. Ao perceber defeitos, procure o dirigente da casa ou seus auxiliares diretos para explicar o que você viu e que deve ser consertado. E não se esqueça de apresentar sugestões e se dispor também a doar seu tempo e seu trabalho para ajudar a consertar, pois falar por falar também não resolve nada.
Pois é... nem tudo que brilha é ouro. Abra os olhos sempre e abra a boca só quando for necessário e quando tiver propostas e disposição para ajudar.

Douglas Fersan

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