Me questionaram sobre como é que faço para lidar com as diferentes pessoas dentro de um Templo e as formas de trato com o outro e se realmente eu me relaciono com todos igualmente.
Respondi que não, não é possível agir igualmente com todos.
Após a expressão de susto pela sinceridade, o interlocutor ficou meio sem palavras e arriscou: - Mas então existe predileção da sua parte. Tem aqueles mais queridos e os menos queridos.
Respondi que não, seria uma estupidez da minha parte. Realmente são todos igualmente queridos e acolhidos.
Ainda mais confuso, ele balbuciou: - Mas então... não compreendo...
- É simples, sou um reflexo, se por um lado aquelas pessoas enxergam em mim alguém para se associar, seguir ou acompanhar, então de alguma maneira reflito aquilo que querem ou precisam no campo da Fé.
Mas já no convívio interno não há como ser diferente, de modo que:
Aquele que me reconhece como um Pai Espiritual, eu o abençoo como um filho de fé;
Aquele que me reconhece como um irmão, eu o acolho como irmão;
Aquele que me reconhece como um professor, eu o instruo como aluno;
Aquele que não me reconhece, eu simplesmente o desconheço.
É simples, na relação humana, nós damos o que recebemos, este é o espírito do convívio social, humano, espiritual. RECIPROCIDADE.
O contrário disso, pode ser doloroso para alguma das partes e desonesto na maioria das vezes.
Pai Rodrigo Queiroz
Dirigente ICA - Instituto Cultural Aruanda.
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